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Sim, eu tinha fugido. Fugi dos meus sentimentos por Grant, fugi dele. Fugi do Caleb, de tudo o que tinha acontecido.
Fugi principalmente do medo de perder o Grant. Vê-lo naquela situação me causou uma dor que nunca tinha sentido. Eu preferiria viver em outro continente o resto da vida do que perdê-lo.
Sim, estou assumindo meus sentimentos pelo Grant. E isso é assustador, diga-se de passagem.
Eu estava a mais de 6.400 km de distância do Caleb, mas por que sentia como se ele ainda estivesse por perto? Eu estava num café quando os notei pela primeira vez. Dois caras altos, loiros, que se misturavam facilmente com a multidão alemã, mas eu saberia identificá-los. E foi o que aconteceu na segunda vez que os vi. Estava jantando no The Terrace, um rooftop bar que fica em Munique. Eles estavam me seguindo, e eu sabia que isso era coisa do meu irmão.
Foi então que uma ideia me ocorreu. Peguei meu celular e mandei uma mensagem com diversas instruções e fiz uma gorda transferência bancária, de uma conta que não poderia ser rastreada até mim.
Obrigada pelos ensinamentos, Sam!
Se Caleb soubesse que o Sam me ensinou essas coisas, certamente decapitaria o pobre.
No dia seguinte eu tinha uma reunião muito importante com o editor-chefe da Look, uma das maiores revistas de moda da Europa. Ele queria firmar uma parceria com a Saibh, trazendo editorais de moda e entrevistas, além de promover desfiles exclusivos com a empresa da Angel.
Todo esse processo de negociação durou 8 horas. Assim que vi que tinha recebido uma mensagem que me fez sorrir. Caminhei até o banheiro e encontrei quem eu queria lá.
- Hailey! – a abracei. – Como você está?
- Muito bem Tabby, e você?
- Poderia estar melhor, mas aí você não estaria aqui. – Sorri e ela me acompanhou.
Hailey trabalhava na agência de viagens da Saibh, numa filial que ficava na Europa. Eu sabia que poderia confiar nela para o que eu precisava. E eu precisava sumir do mapa e sair do prédio sem ser vista.
Ela já tinha cuidado do meu destino, passaporte falso, dinheiro em espécie para que não usasse cartão. Eu já tinha estudado o prédio onde estava, e sabia como sairia dele sem ser vista pelos capangas do Cale.
Caleb achava que só ele era o esperto, mas eu também era.
Dez minutos depois eu estava caminhando tranquilamente por Munique, indo em direção à estação de trem. Iria para Copenhage, na Dinamarca. Enfim teria minhas férias.
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Eu tinha ficado fora do radar do Caleb por 20 dias. Não notei ninguém me seguindo, me protegendo ou qualquer coisa do tipo. Foram 20 dias sendo normal. Quando voltei para a Alemanha mandei mensagem para Hailey me encontrar no aeroporto. Estava na hora de voltar para minha realidade. Encarar Caleb, Grant, Pogue, Reid, Tyler e Sam.
