Capítulo 1

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Três da manhã, e a campainha soava alto pela casa.

Três da manhã, e Jaehyun acordava em um pulo, completamente abismado e assustado com a interrupção em plena madrugada.

Agarrou uma muda de roupas, carteira e celular; Para lhe interromperem nesse horário só poderia estar se deparando com um assalto, sequestro ou incêndio.

Com os itens "essenciais" embolados em seus braços, o coreano fazia manobras para poder alcançar a maçaneta, destrancar e abrir a porta. Suas orbes dilatadas e seu fôlego instável depararam-se com um rapaz de vestimentas pretas e inúmeros acessórios de prata, com os fios ruivos presos num rabo de cavalo.

"Homem muito bonito para anunciar assalto ou sequestro, seria então incêndio?" Jung não pronunciava-se, e perdeu-se nas hipóteses enquanto o fitava.

Entre os dedos indicador e do meio, com unhas pintadas de esmalte preto, a companhia ergueu uma carta amarelada e esboçou um sorriso igualmente amarelo ㅡ Ei, desculpa incomodar. Eu escutei a televisão e imaginei que pudesse estiver acordado.

O proprietário desviou sua atenção para o objeto, e suspirou com o rolar dos olhos ao perceber que, de fato, havia esquecido ligado na série que assistia antes de dormir. Jogou o amontoado de coisas em mãos contra a poltrona relativamente próxima, antes de voltar sua atenção ao ruivo.

ㅡ Eu acabei de chegar em casa, e tinha isso na minha porta - Continuou, antes de direcionar-lhe os dedos esticados ㅡ Eu acabei abrindo, mas tenho certeza que não é para mim, então deve ser seu.

Antes de pegar o pedaço de papel, o coreano franziu o cenho. Sorriu constrangido, segurando a carta ㅡ Ah, obrigado.

ㅡ Desculpa de novo! - Curvou-se, num pedido de desculpas. Jaehyun, gesticulando que estava tudo bem, veio a curvar-se igualmente, antes de fechar a porta.

Mais uma vez pausou para recuperar o fôlego. Seu coração ainda batia oscilado pelo susto. Mesmo que ainda estivesse em seus vinte e poucos anos, já não era mais um rapaz de festas e madrugadas. Definitivamente não, ao menos, em dias da semana desde que conseguiu seu atual - e estável - emprego.

Fazia sentido o rockeiro vizinho, agora, em sua mente. Sabia que não morava sozinho no andar há pelo menos um ano, mas nunca havia encontrado com a pessoa de idade próxima que estaria na porta a frente (era tudo o que sabia, segundo seu sindico). O garoto tinha traços físicos de um estrangeiro, provavelmente japonês, e cheirava fortemente à álcool - com certeza um imigrante que trabalhava em baladas.

Jogou-se contra o maior sofá da sala, que não estava tomado pelos seus pertences agressivamente jogados anteriormente, e num bufar, estendeu a carta na altura de seus olhos. Não esperava correspondência alguma que não fosse contas de luz, água e internet, e muito menos uma sem estar endereçada seja para ele ou para qualquer outro.

O rosto inclinou-se, vindo a unir as sobrancelhas, enquanto desdobrava o papel. Deparou-se com letras de tamanhos imprecisos, traços trêmulos e alguns desenhos coloridos adoráveis, mas que infelizmente o coreano não sabia dizer o que era um sequer. De forma involuntária, esboçou um sorriso amplo em seus finos lábios.

A carta ainda não lhe fazia sentido, levando em consideração que a única criança que conhecia, e teria a capacidade de escrever uma carta semelhante, era seu primo que morava em Londres (e ele com certeza não teria sido capaz de escrever em coreano e deixar na porta de sua casa). Mesmo que não fosse realmente para si, Jung sentia-se presenteado com a experiência, afinal, muito melhor que um incêndio.

oLÁ! SoU PANG JISEOnG :)

Minha cASA = 52

Meu pAI gOSTA de hoMENS BONItos, coMO vose!

O pequeno vizinho - jaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora