Três da manhã, e a campainha soava alto pela casa.
Três da manhã, e Jaehyun acordava em um pulo, completamente abismado e assustado com a interrupção em plena madrugada.
Agarrou uma muda de roupas, carteira e celular; Para lhe interromperem nesse horário só poderia estar se deparando com um assalto, sequestro ou incêndio.
Com os itens "essenciais" embolados em seus braços, o coreano fazia manobras para poder alcançar a maçaneta, destrancar e abrir a porta. Suas orbes dilatadas e seu fôlego instável depararam-se com um rapaz de vestimentas pretas e inúmeros acessórios de prata, com os fios ruivos presos num rabo de cavalo.
"Homem muito bonito para anunciar assalto ou sequestro, seria então incêndio?" Jung não pronunciava-se, e perdeu-se nas hipóteses enquanto o fitava.
Entre os dedos indicador e do meio, com unhas pintadas de esmalte preto, a companhia ergueu uma carta amarelada e esboçou um sorriso igualmente amarelo ㅡ Ei, desculpa incomodar. Eu escutei a televisão e imaginei que pudesse estiver acordado.
O proprietário desviou sua atenção para o objeto, e suspirou com o rolar dos olhos ao perceber que, de fato, havia esquecido ligado na série que assistia antes de dormir. Jogou o amontoado de coisas em mãos contra a poltrona relativamente próxima, antes de voltar sua atenção ao ruivo.
ㅡ Eu acabei de chegar em casa, e tinha isso na minha porta - Continuou, antes de direcionar-lhe os dedos esticados ㅡ Eu acabei abrindo, mas tenho certeza que não é para mim, então deve ser seu.
Antes de pegar o pedaço de papel, o coreano franziu o cenho. Sorriu constrangido, segurando a carta ㅡ Ah, obrigado.
ㅡ Desculpa de novo! - Curvou-se, num pedido de desculpas. Jaehyun, gesticulando que estava tudo bem, veio a curvar-se igualmente, antes de fechar a porta.
Mais uma vez pausou para recuperar o fôlego. Seu coração ainda batia oscilado pelo susto. Mesmo que ainda estivesse em seus vinte e poucos anos, já não era mais um rapaz de festas e madrugadas. Definitivamente não, ao menos, em dias da semana desde que conseguiu seu atual - e estável - emprego.
Fazia sentido o rockeiro vizinho, agora, em sua mente. Sabia que não morava sozinho no andar há pelo menos um ano, mas nunca havia encontrado com a pessoa de idade próxima que estaria na porta a frente (era tudo o que sabia, segundo seu sindico). O garoto tinha traços físicos de um estrangeiro, provavelmente japonês, e cheirava fortemente à álcool - com certeza um imigrante que trabalhava em baladas.
Jogou-se contra o maior sofá da sala, que não estava tomado pelos seus pertences agressivamente jogados anteriormente, e num bufar, estendeu a carta na altura de seus olhos. Não esperava correspondência alguma que não fosse contas de luz, água e internet, e muito menos uma sem estar endereçada seja para ele ou para qualquer outro.
O rosto inclinou-se, vindo a unir as sobrancelhas, enquanto desdobrava o papel. Deparou-se com letras de tamanhos imprecisos, traços trêmulos e alguns desenhos coloridos adoráveis, mas que infelizmente o coreano não sabia dizer o que era um sequer. De forma involuntária, esboçou um sorriso amplo em seus finos lábios.
A carta ainda não lhe fazia sentido, levando em consideração que a única criança que conhecia, e teria a capacidade de escrever uma carta semelhante, era seu primo que morava em Londres (e ele com certeza não teria sido capaz de escrever em coreano e deixar na porta de sua casa). Mesmo que não fosse realmente para si, Jung sentia-se presenteado com a experiência, afinal, muito melhor que um incêndio.
oLÁ! SoU PANG JISEOnG :)
Minha cASA = 52
Meu pAI gOSTA de hoMENS BONItos, coMO vose!
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O pequeno vizinho - jaeyong
FanfictionNuma madrugada de domingo Jaehyun é incomodado por seu vizinho do mesmo andar que lhe entrega um pedaço de papel que afirmava ter sido "entregue por engano". Ao abrir sua carta misteriosa, degusta de uma caligrafia péssima e desenhos tortos colorido...