Tempo é, sem dúvidas, uma ideia de conceito superestimado. Ele está longe de ser de fácil compreensão, e Jaehyun vivia a cada dia uma prova mais concreta disso.
As pessoas próximas (lê-se Kim Dongyoung e a família Lee) insistiam em dizer que a relação mais corria do que andava; mas para o que os outros era como apenas uma semana, para Jung e Lee parecia ser uma decorrência de um ou dois anos. Não precisaram de um ano para se conhecerem e desenvolver grandes sentimentos um pelo o outro antes de verem um ao outro com paixão e viver um romance, eles apaixonaram-se antes de desafiarem a vivenciar o período de conhecer-se melhor.
O maior empecilho que possuíam na relação, talvez, fosse o romance quase que adolescente que viviam - só conseguiam ter uma maior intimidade durante noites e madrugadas, e essencialmente na casa de Jaehyun. E claro, com intimidade, apesar da velocidade com que o relacionamento se desenvolveu, tratava-se apenas de beijos extensos e mãos afobadas.
Dentro de cinco meses nessa relação de proximidade, e de um namoro não entitulado, um brexa finalmente havia aberto para que pudesse passar mais do que no máximo um hora corrida juntos. Park Jisung havia sido convidado para dormir na casa de um amigo, pela primeira vez - e Taeyong encontrava-se num sentimento dual; ansioso, receoso e preocupado com a distância que o filho teria pela primeira vez de seus familiares, e ao mesmo tempo uma ansiedade robusta de desejo em dividir praticamente um dia inteiro ao lado de seu pseudo-namorado.
ㅡ Você promete que vai ligar para mim se qualquer, qualquer! - O mais velho ajustava a gola da blusa do pequeno ㅡ Coisa te incomodar né?
Jisung tinha um bico nos lábios, e batia o pé no piso ㅡ Poxa pai, quero ir! - Soou arrastado ㅡ Pufavooooor'! - Arrastou mais ainda, quase que choramingando.
Com os olhos brilhando, e o coração ainda saltando, Taeyong balançou a cabeça em concordância ㅡ Você vai! Papai só está avisando.
ㅡ Telefonar papai se chorar, aham! - Balançava a cabeça ㅡ Jisung sabe.
Beijos na bochecha, na testa, arrumadas nos amassos da camiseta e fechar e abrir o zíper quinhentas vezes; após muita enrolação, Park finalmente foi liberado a acompanhar Mark - que já estava de saída, e se ofereceu para deixar a criança na casa do amigo na sua volta à casa.
Para evitar morgar na dor da separação, sequer entrou para casa quando o filho desceu no elevador. Pegou a chave e trancou a porta, apenas esperando para quando pudesse ser quem usava o elevador, mas para um andar de cima.
ㅡ Oi! - Jaehyun esboçava o mais belo de seus sorrisos, com as covinhas de canto a canto na face.
ㅡ Oi - E Taeyong, com um sorriso menor, inevitavelmente vinha a ter uma cor rosada nas maças de seu rosto, como se o visse pela primeira vez.
Não que precisasse de aviso prévio, mas Lee uns dias antes havia informado o não-namorado que seu filho ficaria uma noite fora, e se ele gostaria de fazer algo no dia - e Jung jamais negaria um minuto a mais ao lado do mais velho. Ofertou que viesse em sua casa, já que estavam acostumados a se sentirem mais confortáveis para intimidade ali.
ㅡ Como está se sentindo? - Jaehyun questionava, sobre a criança.
Taeyong não lhe respondeu, apenas estendeu os braços para agarrar o pescoço do mais novo, enquanto tomava seus lábios. O coração do professor imediatamente acelerou, pego de surpresa. A porta sequer havia sido fechada ainda, e agora pegava-se no limbo de fechar essa ou entregar-se aos lábios cativantes do vizinho.
Jung fez o que atendia ambas situações; esticou a perna, com certa forca, para poder bater a porta o suficiente para que fechasse mesmo que não ficasse trancada. E no mesmo tempo, suas mãos agarravam sua cintura, e as línguas entrelaçavam.
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O pequeno vizinho - jaeyong
FanficNuma madrugada de domingo Jaehyun é incomodado por seu vizinho do mesmo andar que lhe entrega um pedaço de papel que afirmava ter sido "entregue por engano". Ao abrir sua carta misteriosa, degusta de uma caligrafia péssima e desenhos tortos colorido...