Capítulo 2

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ㅡ Park Jisung, seu sapato!

O jovem corria atrás da criança, que com seu cabelo preto tijela gargalhava com um pelúcia de pintinho amarelo em mãos, esquivando-se de qualquer tentativa de aproximação. Até mesmo vinha a virar-se para provocar o mais velho, antes de voltar a correr - sabia bem que aquele que era sua babá não tinha a mesma disposição física que a sua.

Hyung, eu acho que o papai vai namorar! - Pronunciou, jogando-se contra o puff do quarto de brinquedos.

Ofegante, Mark aproximou-se, com o sapato amarelo (escolha de Jisung, para combinar com seu pelúcia favorito) e ajoelhou-se em sua frente. Pediu para o menor esticar a perna, e quando fizera, calçou-lhe finalmente o pé direito que faltava.

ㅡ Ah é? Porque você acha? - Seu tom era dócil.

ㅡ Porque Jisung vai fazer papai namorar! - Apontava para si mesmo.

O canadense ergueu-lhe o olhar, e sorriu quando viu seus gestos. Amarrou os cadarços e levantou-se, segurando a mão do menor ㅡ Ah! Entendi! Então você quer que o seu pai namore, é isso?

Entusiasmado, o menor balançava a cabeça em concordância ㅡ A tia Yeon me ajudou e eu mandei uma carta para um homem bonito!

Com as sobrancelhas unidas, puxando-o sutilmente consigo pela sua mão, o mestiço guiava o caminho até a porta da casa, pois estavam prestes a se atrasar para o colégio. Jisung sempre conseguia enrolar Mark.

ㅡ Um homem bonito? - Permaneceu engajando-se na conversa.

Murmurava em concordância, repetidas vezes, dando pulos ao invés de passos curtos ㅡ Ele é um tio do prédio. Papai gosta de homens bonitos, e o tio é bonito!

ㅡ E como você conheceu o tio? - A situação ainda trazia receios ao babá, talvez por ter se tornado super-protetor do pequeno Park (já que cuidava do mesmo desde seus dois anos), e ser atualmente um amigo próximo de Taeyong, ainda que trabalhasse para ele.

ㅡ Jisung estava esperando para ir para escola e o tio passou para o elevador. Muito bonito!

Minhyung gargalhou, em como o pequeno insistia em reforçar sobre a aparência física do mais velho ㅡ E o papai?

ㅡ O que tem papai? - Jisung erguia a face, para alcançar o olhar do Lee.

O rapaz agarrou a mochila verde, com olhinhos de sapinho, e abaixou-se, colocando primeiro no braço esquerdo da criança ㅡ Você falou com o papai sobre ele? - Ajustou as alças, colocando agora a do braço direito. Com a mesma animação, Park meneou em negação ㅡ Como não?

Agora que estava com a mochila nas costas, correu na velocidade da luz mais uma vez, rodando o perímetro da sala de estar. As orbes do canadense imediatamente arregalaram-se; Nesse nível, a primeira coisa que Jisung faria ao chegar na creche seria capotar contra o tapete.

ㅡ É surpresa! É surpresa! Mark hyung não pode contar!

ㅡ Ok, ok, entendi, não vou contar - Esticou a mão, e balançou os dedos chamando-o ㅡ Vamos para a aula, hm? Se não seus amigos vão comer sem você, e eu fiquei sabendo que hoje é sua comida favorita! - Chantageou-o, com o prolongar de uma voz adocicada.

KIMBAP?! - Exclamou, animado, correndo em sua direção.

Park agarrou a grande mão, e acompanhou-o a fora do apartamento.

-¦-

Jaehyun definitivamente não esperava, as cinco da tarde, encontrar-se ponderando no hall de seu andar, com uma cesta de biscoitos em mãos. Sentia-se uma criança, hesitando para entrar em um lugar novo - conhecer um vizinho mais novo parecia um tanto predatório, e tinha era medo do familiar não ter conhecimento das atitudes do menor, e ter essa específica imagem sua.

O pequeno vizinho - jaeyongOnde histórias criam vida. Descubra agora