Capítulo 9

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           Horas haviam-se passado

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Horas haviam-se passado. Astra encarou o telemóvel, verificando as mensagens e chamadas. Addison escrevera-lhe, entusiasmada, a dizer-lhe que iria colocar o colar e fazer parte da alcateia. A mais velha não podia deixar de se sentir inquieta, o desejo de ir ter com a irmã para apoiá-la - já que continuava a não achar que Addison fosse uma lobisomem - mas a responsabilidade da sua missão impedia-a. Respondera apenas um "seremos sempre irmãs, não importa o que sejas" e agora esperava receber notícias a dizer que tinham encontrado a Pedra e que estava livre.

             Sentia-se muito fraca. Os lobisomens esforçavam-se para ajudá-la, fortalecidos pelos seus poderes, revezando-se a dar-lhe água e comida. Os mais novos entretiam-na, conversando e contando-lhe histórias de lobos e aventura. Astra sentia-se acolhida por aquelas pessoas que não conhecia de lado nenhum, um povo que não era o seu, numa demonstração de carinho e gratidão que a deixavam feliz. Eles sabiam o sacrifício que ela estava a fazer por eles e demonstravam quão gratos estavam por isso.

           Por isso, continuava a brilhar, substituindo a Pedra da Lua, sendo a Guardiã das Estrelas que eles precisavam.

- Mamã! Mamã!

               A menina que lhe agradecera poucas horas antes corria desenfreada até à sua mãe, que a acolheu de braços abertos, o rosto mais rosado do que quando Astra a vira pela primeira vez. A lobisomem mais nova dava pulinhos, os olhos arregalados de medo, a voz saindo-lhe esganiçada e tremula enquanto dizia:

- Mamã, a nossa Alfa está a ser atacada! Todos estão!

- O quê?! - exclamou Astra, pondo-se de pé e aproximando-se a passos largos da menina, colocando-se ao lado da mãe da mesma - Onde?

- Na Central. Eu fui lá para... Eu queria saber se encontravam a Pedra ou não. - explicou apressadamente, baixando os olhos ao notar o olhar zangado da mãe - Desculpa mamã...

            Astra olhou em volta, para os murmúrios assustados que se propagavam. Se Willa e os restantes não conseguissem achar a Pedra, a Central seria destruída e a Pedra também. Não tinham outra oportunidade. A Wells engoliu em seco, sentindo o coração acelerar, o medo ativando-lhe a corrente sanguínea.

- Wyatt. - murmurou, apreensiva, ficando pálida de repente - Addison.

            De punhos cerrados, saiu a correr da caverna, refreando o seu poder. Não fazia ideia se iria chegar a tempo mas tinha de tentar. Correu colina abaixo, um pé em frente ao outro, a respiração entrecortada pelo esforço. O vento rugia aos seus ouvidos, os cabelos soltos balançando atrás de si, os olhos violeta fixos no horizonte. As árvores da floresta passavam por si, alcançando Seabrook, as suas casas perfeitas apenas um borrão na sua visão.

Entrou bruscamente na Central pelas portas da frente, pouco importada que alguém a fosse parar. Nem sabia bem como chegara viva até ali, tão depressa que correra. A primeira coisa que a recebeu foi as vozes dos lobisomens, numa melodia ousada e desafiante, os corpos dançando numa ameaça clara a quem os ousasse desafiar. Humanos e zombies tinham-se juntado para enfrentar os intrusos, que não tinham ido ali para mais do que apenas defender o que era seu por direito. Os trabalhadores também acreditavam que estavam a defender o que era deles: o direito a destruir a Central.

ASTRA - ZombiesOnde histórias criam vida. Descubra agora