Especial Dinally

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Pov Dinah

[21:46]: Chego na tua casa em 20min.

[21:46] Amor: Estou lhe esperando

Entrei rapidamente no meu lindo carro e sai cantando pneu, o que resultaria em uma bronca dos meus pais depois, mas no momento eu precisava colocar toda essa energia para fora. Nunca mudaria esse hábito de ficar elétrica depois de assistir um jogo, nem mesmo minha vontade de dar uma surra naquela branquela.

(...)

Parei o carro atrás do carro do meu sogro torcendo que ele não fosse sair mais hoje, porque eu não precisaria de ninguém me interrompendo.

- Hei Dulce, quanto tempo! Estava de férias? - Abracei a senhora de no máximo sessenta anos, que era uma mistura de cozinheira, faxineira e babá da Allyson. Babá daquela anã que no ônibus coloca moral e medo na gente. Irônico.

- Sim minha filha, fui obrigada tirar alguns dias de descanso pelos chefões, coisa que eu achei desnecessária, trabalho menos cansativo que esse não existe.

- Sim, mas não pode abusar muito por conta da sua idade. - Ela me olhou séria e deu um tapa na minha barriga.

- Ta me chamando de velha, pirralha?

- Eu?! - Me fiz de ofendida colocando a mão sobre o peito e abrindo a boca teatralmente. - Nunca! Na verdade se eu não namorasse a Ally, com certeza te daria uns pega. - Corri casa à dentro, não dando chances dela me bater.

- Você ta merecendo uns bons tapas menina! - Ela gritou da porta e eu ri quando cheguei na sala.

- Iae sogrão! Como é que ta a força? - Perguntei quando vi Jerry na sua poltrona lendo um jornal.

- Não sei Dinah, mas estou doido para testar ela. - Falou sério e eu engoli em seco.

Meu sogro e eu nunca tivemos um relacionamento legal, já que para ele, a Ally deveria namorar com um cara da igreja, casar virgem e depois dá muitos netos para ele, e bom, nenhuma dessas coisas vai acontecer porque eu cheguei, quer dizer, essa última só não aconteceu ainda porque é cedo. Mas apesar de tudo, eu sei que lá no fundo, bem lá no fundo, no fundo mesmo, ele gosta de mim, porque quem não gosta, não é?

- Papai, deixe Dinah em paz, por favor. - Escuto a voz da minha namorada e viro só para ver ela na ponta da escada. - Sobe amor. - Começo a subir correndo para chegar onde ela estava, mas a voz do meu sogro me fez parar antes de chegar ao meu destino.

- Onde a senhorita acha que vai?

- Poxa sog... Jerry. Achei que já tínhamos passado dessa fase. - Bufei olhando pro homem que tinha saído da poltrona e agora estava no pé da escada.

- Vocês sabem que eu não permito que as duas fiquem sozinhas em um quarto.

- É só hoje papai - Allyson fez beicinho e eu sabia que ela não precisaria pedir de novo.

- Porta aberta. - Dito isso deu as costas.

- O que... Qual é Sr. Hernandez?! - Gritei, mas claro que ele nem me deu ouvidos.

- Vem logo antes que ele não deixe nem a gente subir. - Assenti contrariada e a segui até seu quarto.

- Teu pai poderia dá um desconto, né? Porque porra! Já tem um ano e quatro meses que a gente namora e não podemos nem ter privacidade na tua casa.

- Sem palavrão Dinah. E não o culpe, porque quem me desvirtuou foi você - Dei um sorriso malicioso e fui caminhando na sua direção, até puxar ela pela cintura e colar nossos corpos.

Be Alright | EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora