~☕︎𝑪𝒂𝒌𝒆☕︎~

Capítulo 15

𝑲𝒊𝒓𝒊𝒔𝒉𝒊𝒎𝒂~☕︎
2030
03:30 PM
― Vem, pode entrar! ― O homem com cabelo esverdeado me fala. ― O Kacchan tá lá no quarto dele.
― Hã... Como você sabe quem eu sou? E também... Kacchan?
― Primeiro: Ele me falou de você e segundo: Kacchan é um apelido que eu dei pra ele na infância.
― Entendi... ― Respondo. enquanto eu entro na casa.
A casa era simples, mas um pouco bagunçada, tinha vários papéis por todo canto, a maioria tinha desenhos, quadrinho e fanarts.
― Você é fã do All Might? ― Pergunto.
― Sim, por que? Você também é?
― É... Eu até que gosto do All Might, mas eu prefiro mais o Crimson Riot.
― Legal. ― Ele responde. ― O quarto do Kacchan fica nesse corredor, primeira porta à esquerda.
― Okay, obrigado.
Após eu falar Midoriya faz um pequeno aceno de cabeça e vai para a sala.
Eu estava um pouco nervoso de ver Bakugou de novo, eu ainda imaginava que ele poderia não ficar feliz em me ver ou nem ligar mais pra mim, mas por outro lado ele deixou um bilhete falando aonde ele estava, se ele não se importasse ele não o deixaria, não é...?

Por fim eu tomo coragem e bato na porta.
Na mesma hora alguém a abre, e lá estava ele, Bakugou Katsuki, ele não tinha mudado quase nada, exeto por uma coisa, ele havia pintado seu cabelo de vermelho, igual o meu.
― Ki-Kirishima...
Após o ver eu não aguento e o abraço. Eu já sentia lágrimas se formando nos meus olhos, mas não eram lágrimas de tristeza, eram de alegria.
― Por favor, nunca mais vai embora. ― Falo em meio as lágrimas.
― Não se preocupe, eu não vou. ― Ele fala enquanto me abraça de volta.
Nós ficamos abraçados por um tempo, eu não queria soltá-lo, nunca.
Depois de um tempo nós nos soltamos, então eu falei:
― Hã... Pra você. ― Falo enquanto entrego o buquê de Lírios da Aranha.
― O-Obrigado. ― Ele fala enquanto pega o buquê e dá um leve sorriso.
Eu amo quando ele sorri.
Eu ainda queria perguntar uma coisa, mas eu ainda acho que não é agora.
― Você tá afim de sair, tomar um sorvete, sei lá? ― Falo desviando um pouco o olhar de Bakugou.
― Pode ser. ― Ele me responde, também desviando o olhar.

02:45 PM
― E então, quer ir aonde?
― Posso te mostrar um lugar especial pra mim?
― C-claro! ― Falo me sentindo um pouco tímido. É a primeira vez que vejo Bakugou em anos e ele já quer me mostrar um lugar importante pra ele? Isso é um pouquinho inesperado, mas pensando bem ele é o Bakugou, tudo o que ele faz é inesperado, isso é mais uma coisa que eu amo nele.
Entramos no carro e Bakugou me passou o endereço do lugar, quando o coloquei no GPS apareceu um colégio, esse lugar deve ficar lá.
A viagem de carro foi rápida, não mais que uns oito minutos, talvez menos.
― Esse é o colégio que eu e Midoriya estudamos no ensino médio. ― O antes loiro Katsuki fala.
― Entendi, então me mostre esse lugar.
― Tá bom. ― Ele fala dando um pequeno sorriso.
O lugar estava fechado para reforma, aproveitando isso Katsuki pulou um dos muros e me chamou logo depois para ir atrás.
― Tinha uma abertura aqui no muro, devem ter consertado ela achando que os alunos iriam parar de matar aula.
Logo depois de falar ele me leva até outro muro e tira de lá uma placa de metal.
― Por aqui.
Ele entra pelo buraco e eu faço o mesmo logo em seguida.
― Chegamos! Um dos poucos lugares no mundo que me acalmam. ― Ele fala e logo depois inspira o ar com cheiro de flor de cerejeira.
O lugar era lindo, duas árvores de cerejeira, um mini lago e flores por toda a grama.
Bakugou se senta na beira do lago e faz um gesto tocando na grama ao seu lado dizendo para me sentar.
Eu me sento ao seu lado e ficamos olhando pro lago por uns segundos até que Bakugou fala:
― Antes tinha um pato aqui, eu e Midoriya botamos o nome de Hawks, mas tiraram ele logo depois que descobriram a passagem secreta antiga pra esse lugar.
― Você sabe o que fizeram com o pato?
― Não, mas provavelmente fizeram eutanasia, ele sempre foi meio fraquinho e também eu dava sempre um pouco do meu lanche pra ele, alguma coisa poderia ter deixado ele mal.
― Tadinho...
― É...
Depois desse comentário sobre o pato nós ficamos em silêncio por um tempo.
Mesmo achando que o pato tinha morrido o silêncio era confortável, estar ao lado se Bakugou depois de todos esses anos era reconfortante.

Eram quatro da tarde quando voltamos pra casa de Midoriya, eles me deixaram dormir lá essa noite, o que me deixou feliz por poder ficar com Bakugou mais tempo.
À noite eu dormi junto de Bakugou, sua cama era queen size então cabiamos nós dois nela.
Eu não resisti ao impulso de dormir abraçado nele, Bakugou não me afastou nem nada, então acho que estava tudo bem eu dormir agarrado nele.

𝐃𝐨𝐢𝐬 𝐦𝐞𝐬𝐞𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬~☕︎
Era outono, o dia estava frio, eu já me mudei para um apartamento mais perto da editora Oyasumi e arrumei um emprego como ajudante de confeiteiro.
Nesses dois meses eu e Bakugou já fomos em outros encontros, nessa última semana fomos visitar Musutafu pra vermos nossos amigos, jogar RPG com Tamaki, essas coisas.
A banda de Kaminari havia começado a ficar famosa na região, eles já até conseguiram vender treze discos.
Agora nós estavamos na confeitaria que eu trabalhava, Bakugou havia pedido o mesmo bolo de morango que ele pediu quando nos conhecemos, ele já havia me falado que gostava de qualquer doce que tivesse morango.
Naquela hora eu já havia tomado coragem pra perguntar algo que estava preso na minha garganta faz muito tempo.
― Bakugou...?
― Sim? ― Falou ele enquanto limpava um pouco de chantilly da ponta de seu nariz.
― Eu queria aproveitar que estamos aqui onde tudo começou pra eu te perguntar uma coisa... Você quer namorar comigo?