Ninguém se importa?

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VOLTEI!!!!

Minhas nuvens desculpa a demora. Eu tinha programado postar o capítulo bem antes, mas tive imprevistos :((

Espero mesmo que gostem, esse capítulo serve para vocês verem um pouco da realidade de cada grupo e a personalidade de certas pessoas. 

Esse capítulo tem narração e o ponto de vista de um personagem (mas pode ser que mais pra frente tenha em um capítulo o ponto de vista de mais de um - vão saber que mudou de ponto de vista [ou local se for narração] quando aparecer um • -) 

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Dias atuais

Quinta-feira

Tarin, setor de mansões norte

Eu estava sentado a horas, de frente para uma câmera de segurança, em frente ao portão da casa do prefeito da redoma, com uma placa exigindo respeito e justiça aos ômegas. Ao meu lado tinha a minha mochila e o jornal com a matéria de primeira capa "Ômega é atacado e quase atado à força por um alfa ao entrar no cio na rodovia da praça central". A matéria em questão falava como se a culpa de tudo fosse o descuido do ômega, que o alfa que o atacou responderia em liberdade e que no máximo pagaria uma multa por danos. "Eu não posso fazer nada, foi culpa do instinto", foi o único relato que ele prestou sobre o ocorrido, já o ômega não se pronunciou.

É revoltante pensar por tudo que ele, e outros da mesma casta, passam quando o cio vem desregulado ou pela primeira vez. Ser visto como um pedaço de carne, que pode ser atacado por um ou mais alfas durante um momento tão íntimo e indefeso, para depois ouvir que a culpa é do instinto e do descuido por não ter tomado os inibidores por precaução. Como se só ômegas tivessem os inibidores para tomar. Alfas também os tinham e isso impede que se descontrolem em seus cios e ataquem os outros no período fertil deles. Mas a questão é que nunca os tomam e não são punidos ou julgados por isso.

Passei a mão com delicadeza pela minha testa, vendo que gotículas de suor começavam a se formar, já que o sol estava começando a ficar mais forte por entrar no período da tarde. Procurei minha garrafa d'água no meio das minhas coisas e a encontrei vazia. Bufei frustrado e voltei ao meu lugar, encarando o câmera à minha frente, esperando qualquer sinal que pudessem dar, quando um carro começou a se aproximar da entrada.

Era uma BMW azul, tão brilhante que eu não precisava me esforçar para ver o meu reflexo. Assim que parou de frente ao portão, o vidro do banco de trás começou a descer e então vi Jung Hoseok, o filho do delegado de Tarin. Ele me olhou através de seus óculos com lentes rosadas e sorriu.

— Então, qual bandeira está levantando hoje? — encostou o cotovelo na janela e apoiou a cabeça em sua mão.

— Não lê as notícias? Seu pai é o delegado, deveria ser o primeiro a saber dessas merdas. — joguei o jornal para ele. Hoseok leu rapidamente e pareceu surpreso.

— O cara vai simplesmente fugir com essa desculpa patética, papai?

— Hobi, não há muito o que fazer. — o alfa respondeu e eu revirei os olhos — Foram os instintos, não temos como lutar contra isso.

— Essa desculpa é um tanto falha, delegado Jung. — Cruzei os braços.

— Taehyung, estamos fazendo o nosso melhor para dar amparo ao rapaz atacado. — ele tentou me confortar.

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