Ainda não te superei...

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•MAGNUS BANE POV'S•
QUINTA-FEIRA

Raphael, Clarissa e Simon! Vocês vão acabar se atrasando para escola! Eu ainda preciso deixar nosso pai na empresa e passar no Will! - Disse Magnus já um pouco alterado.

Era sempre assim, mas Magnus como um ótimo irmão-pai dava um jeito de pegar um atalho e deixar seus irmãos na escola às 07h em ponto, isso acontecia a praticamente 12 anos, desde o horrível dia da morte de sua mãe, mas isso é história para outro dia...

- Você é muito estressado, maninho - Raphael falou tentando passar mel na minha pessoa, dá pra acreditar!? Eu quem ensinei isso a ele.

O que você quer?

- NOSSA! Você acha que eu tenho interesse em algo seu, irmãozinho? - disse o mais novo com voz sarcástica.

- Não só acho, como tenho certeza!

- Então... Como você sabe, eu tô namorando... E o Si e Clary também. Aí eu pensei... Porque não fazermos um jantar, apresentando oficialmente a família do meu namorado e dos respectivos amores de meus irmãos?

- Eu conheço o pai do Ragnor, da Isabelle e obviamente do Jonathan.

- Vai Mags! Para de ser careta, é comida, você cozinha muito bem e é só fazer comida para um batalhão pro Jace e pra gente ... vovó disse que vem. - Rapha insistiu.

- Vovó tá vindo pra cá? Porque você não me avisou? Foi dela essa ideia né!? Que dia ela chega?

- Sim, ela pediu pra só dizer se você tivesse muito relutante, ela quer conhecer todo mundo! E ela chega amanhã. - Sabe quando você quer matar alguém, a mão começa a formigar e você tenta suprir o impulso de esganar o ser humano?! Eu estava nessa situação.

- AMANHÃ!??! - gritei.

- Sim. - Rapha disse naturalmente, como se seu irmão não estivesse à beira de um colapso.

- Tá bom. - Disse calmante revirando os olhos assim que Clary e Simon chegaram.

Após descerem para a garagem e entrarem em uma linda SW4 preta (que EU consegui comprar esse ano por conta própria) comecei a me dirigir para a escola das crianças.

- Ok, a dona Lilith chega amanhã e todos os 4 sabiam e não me contaram? - perguntei mesmo sabendo a resposta.

- Mamãe chega amanhã e você só descobriu isso agora? - perguntou Asmodeus indignado.

- O Raphael acabou de me contar. - me defendi.

- Tem que está tudo perfeito para quando ela chegar, já viram a cara de reprovação dela? É horrível! Ela me tiraria da vice-presidência da empresa caso acontecesse de não estar tudo ao perfeitamente bem aos olhos dela! - papai falou exasperado.

Estava sem psicológico para falar sobre isso com ele, sempre foi assim e infelizmente acho que sempre vai ser, já desisti de tanta coisa para ver se ele conseguia me notar de um jeito bom, mas parece que ele só vê os meus defeitos, eu realmente tento ser o filho perfeito para ele, mas sei que se eu abrir a boca agora, ele vai começar a falar que eu deveria saber que a vovó irá vir para cá a bastante tempo, que eu tenho que deixar tudo organizado e eu sinceramente tô muito cansado, essa semana foi horrível para mim, eu trabalho fazendo trabalhos de faculdade, arrumando caderno e trabalhando de Uber e também na empresa da família como modelo, mesmo o meu sonho sempre ter sido estilista, o que pode ser irônico já que sou um dos herdeiros de uma das marcas mais conhecidas mundialmente, o meu pai desde pequeno sempre me fez ir para sessões de foto, e porra! Eu nunca comi um monte de coisa que crianças normais comem por culpa disso! Nunca em um festa de aniversário eu pude comer um maldito docinho ou um salgado por culpa dele, porque mesmo quando minha mãe era viva, ele sempre dizia que ela era mole demais comigo e que eu engordaria e não conseguiria ficar bonito nas fotos, como se aparência física de uma pessoa definice o caráter dela. Por essas situações, desenvolvi distúrbio alimentar, cujo eu fui diagnosticado com 13 anos, certa vez, quando eu ainda estava namorando Alexander, era o meu aniversário de dezesseis anos, e ele sabia que eu nunca gostei do meu aniversário, desde a morte da minha mãe esse dia era o pior dia do ano para mim, naquela semana eu não consegui comer uma vez se quer, e bem no dia, Alec iria ficar comigo, ele pediu comida japonesa e algumas besteiras, assim que nós terminamos de comer, eu me senti muito mal e acabei vomitando, ele me levou para o hospital e papai disse que era culpa minha ter esse distúrbio e que eu não servia para nada. O meu ex me fez prometer que daquele dia em diante faria esforço para comer no mínimo duas refeições no dia e mesmo que estejamos separados, continuo tentando cumprir minha promessa por causa do meu amor.
Respirei fundo e contei até dez.

Todos os meus caminhos me levam até você Onde histórias criam vida. Descubra agora