Capítulo 10 - Rendição.

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Maya Bishop POV

O rolls royce phantom passou pelos enormes portões de minha casa lentamente, sendo devidamente revistado pelos seguranças na portaria. Jack repousou a mão sobre minha coxa em um carinho suave. Eu encarei seu rosto que, carregava um sorriso cansado. O homem me fitou, antes de bocejar pela quarta vez em menos de dez minutos. Eu sorri para ele, antes de voltar meus olhos para a mulher que estava sentada do outro lado. Carina não me olhava nos olhos. Provavelmente nervosa demais pela situação. E eu não estava diferente, afinal, aquela era a primeira vez que eu dopava Jack. Aquela era a primeira vez que eu o trairia dentro de nossa própria casa.

- Chegamos. – o homem falou.

Carlos rapidamente se aproximou da porta, abrindo para que pudéssemos sair. Jack saiu do carro, e gentilmente estendeu a mão para mim, e logo depois para Carina. Subimos as escadas em direção a porta de entrada. Em um completo silencio.

- Finalmente, estava exausto. – disse ele, enquanto desabotoava seu blazer.

- Eu acho que já vou. – Carina comentou.

Me virei de frente para ela, que também recebeu um olhar de Jack.

- Não mesmo. Você fica.

Os olhos castanhos da agente se fixaram nos meus por uma pequena fração de segundos, e logo desviaram.

- Está tarde, agente Deluca. Fique, amanhã de manhã bem cedo mando levar você em casa. – meu marido falou calmamente.

- Mas...

- Sem mais, querida. Eu vou levar você até o quarto de hospedes.

- Faça isso, meu bem. E depois venha para o quarto comigo. – Falou em meio a um bocejo.

- Pode deixar, meu bem.

Me aproximei de Jack, depositando um beijo rápido nos lábios de meu marido que sorriu. Eu daria tudo para ver a cara de Carina agora, ou ao menos saber o que estava se passando em sua cabeça.

- Boa noite, agente Deluca. – disse ele antes de subir a escada para o segundo andar.

- Boa noite, Sr. Gibson.

Assim que Jack sumiu no alto das escadarias, eu voltei minha atenção para Carina. Ficamos uma de frente para a outra, sem falar absolutamente nada. O clima parecia estar pesado e intenso.

- Vou lhe mostrar seu quarto.

- Eu vou embora.

Carina falou se afastando.

- Você não vai. – segurei em seu braço rapidamente, fazendo seu corpo parar.

- Vou.

- Tem tanto medo de mim assim, agente Deluca?

Carina virou seu corpo novamente em minha direção. Ela tinha as sobrancelhas unidas, com o cenho franzido.

- Eu não tenho medo de você, Maya. – sua voz soou rouca, sexy.

- Ótimo, então fique.

Carina suspirou, ainda com o olhar fixo em mim. Eu não ousei desviar, eu mostraria que estava firme ali.

- Tudo bem, Sra. Gibson.

Abri um sorriso de canto, mas nada falei. Apenas dei as costas para a morena e caminhei em direção a um dos corredores. Carina prontamente se movimentou, e caminhou atrás de mim. Havia dois quartos de hospedes naquela casa. Um ficava no segundo andar, bem ao lado do meu quarto com Jack, e outro no andar de baixo. Carina ficaria nele.

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