Maya Bishop POVO barulho de nossos saltos ecoava pelos corredores vazios daquele galpão. Caminhei à frente, tendo Norma e Andy seguindo logo atrás. Um dos capangas nos acompanhava para prestar os serviços solicitado por nós. Encarei ambas as mulheres assim que paramos diante a porta grossa de metal, elas assentiram brevemente, e então encarei o rapaz.
- Pode abrir. – ordenei.
- Sim, senhora.
O homem aproximou-se da porta, retirando o molho de chaves de seu bolso e, rapidamente tratou de destrancar a porta que rangeu ao ser empurrada lentamente por mim.
- Pode ir dar uma volta. Chamamos você se precisar. – murmurei ao rapaz que alternou seu olhar diante das três mulheres a sua frente.
- Como quiser. – disse antes de se retirar.
Andy adentrou a sala escura, sendo seguida por Norma e depois por mim. A morena estava incrivelmente bela para aquela situação, como se para minha melhor amiga aquele plano também fosse um ato para ser comemorado e deliciado da melhor maneira possível. Ela gesticulou com o dedo indicador em meio à penumbra do lugar, sinalizando que deveríamos fazer silencio. Eu assenti lentamente, e caminhei para o centro da sala. Norma se aproximou da parede, próximo a uma caixa de controle. A mulher abriu a tampa, e de forma delicada girou o interruptor, acendendo o foco de luz sobre o corpo do homem preso a uma cadeira de ferro no centro daquela sala fria.
Heitor.
O loiro estava devidamente amarrado com as mãos para trás, tendo seus olhos vendados com um pedaço de pano preto. Talvez ele estivesse desacordado, pois seu corpo pendia para frente. Um sorriso vitorio e satisfeito nasceu em meus lábios no exato instante que tive aquela imagem a minha frente. Caminhei lentamente, deixando que o barulho de meus saltos fossem o único efeito sonoro daquele lugar.
- Vamos acordar ele agora. – Andy exclamou.
Ela e Norma seriam as únicas a falar naquele momento, eu apenas assistiria ao show como uma perfeita espectadora assistia seu programa de TV favorito. Eu não poderia me dar o luxo de participar, mesmo que a vontade fosse tamanha. Então, puxei uma outra cadeira, colocando de frente para a dele, há alguns metros de distância. Sentei-me sobre ela, e cruzei as pernas delicadamente, enquanto repousava a pistola dourada sobre meu colo.
- Está na hora de acordar, querido. – Andy soltou sarcástica ao puxar os cabelos loiros de Heitor. – Chegou agora de conversar.
Assim que as mãos de Andy deixaram as madeixas claras do homem, sua cabeça pendeu para frente, ainda desacordado. Norma me lançou um olhar intenso, então caminhou até o outro lado da sala, talvez um banheiro. Me permiti analisar o corpo do homem a frente, ele estava lá há alguns dias, mais precisamente desde o momento que deixei a Suíça acompanhada de Carina.
- Infeliz está totalmente apagado. – Andy resmungou ao dar alguns pequenos tapas no rosto do mesmo.
- Uma péssima vilã, Andy. – sussurrei, fazendo a gesticular novamente para que eu fizesse silencio.
Antes que eu pudesse murmurar em protesto para a jovem mulher, Norma se aproximou rapidamente, e despejou um balde com água fria sobre a cabeça de Heitor que despertou em desespero em meio a uma crise de tosse.
- Acorda, porra! – exclamou em uma ordem severa, arrancando-me um sorriso satisfeito. – Acabou a brincadeira.
Andy a encarou de olhos arregalados, e Norma lhe lançou um pequeno beijinho no ar. Eu apontei para Norma e assenti como quem dissesse "Assim que tem que ser." Andy apenas meneou com a cabeça em um sinal negativo e se aproximou de Heitor.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Xeque-Mate
Fiksi PenggemarUm jogo perigoso, repleto de armadilhas. Uma disputa de poder, dinheiro e desejo. De um lado do tabuleiro, a delegada Carina Deluca, do outro, a esposa de um magnata, Maya Bishop. Nesse jogo, apenas um cairá. Quem terá a melhor estratégia? Quem melh...