Capítulo I - Revelações.

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Elain.

Estava observando as estrelas do meu quarto dava para ver o jardim que tinha me dedicado tempo e dedicação na casa da minha irmã que agora era uma mansão na beira do lago de Velaris, o dia foi tranquilo tudo parecia muito calmo ultimamente, mas eu sentia um arrepio no meu peito como se estivesse sussurrando em meus ouvidos que algo estava errado.

Desci para o jantar hoje, os meus dois cunhados estavam aqui Cassian e Rhys passei por eles e falei um cumprimento rápido e corri até minhas irmãs, Nestha estava segurando o meu adorável sobrinho em seu colo a casa dia que passava eu só conseguia notar como as asas dele estavam crescendo rápido ainda era estranho para mim, mas ele era realmente amável meu coração apertava por ele, minha irmã estava sorrindo o que era assustador para mim isso acontecia muitas poucas vezes e geralmente Nestha só sorria por deboche ou rir de alguém mas ela parecia realmente feliz de verdade agora, todos pareciam ter se adaptado a nova vida e estavam felizes me perguntava se tambem conseguiria me adaptar a esse vida e deixar meu passado de humano para trás, depois do jantar acabamos sentando e conversando alguns bebiam vinho, peguei uma tava e me sentei perto da lareira para me aquecer ao calor do fogo.

Quando notei as chamas pareciam estar falando ou sussurrando algo, tentei ignorar tentar parecer normal que não estava escutando absolutamente nada, ainda me lembro daqueles olhares de quando acharam que eu estava louca ninguém nunca chegou a me falar mas até eu estava achando que estava louca, ouvindo vozes aonde não deveria ouvir tendo sonhos que se tornavam realidade e nem mesmo conseguia decifrar, queria tanto ser normal queria ser a Elain humana que nunca escutou uma voz tão cheia de horror que parecia que estava conversando com a própria morte ou que escutava gritos que só eu poderia ouvir que pareciam ter saído do inferno aonde as almas são torturadas pelos seus pecados, gritos de arrependimento e dor.

A chamas estavam me chamando tentei acompanhar a conversa que estava na sala mas as vozes que saiam da lareira estavam mais altas, eu fechei meus olhos com força não deveria olhar, não deveria ceder, não escuto ou de atenção a vozes que parecem ter saído do próprio inferno.

A verdade que sou fraco, eu olhei para o fogo da lareira me entreguei e tentei buscar o que as chamas queriam falar, como se tivesse fechado meus olhos só que sentia que estavam abertos um novo mundo se abriu diante de mim, escuro sentia que ainda estava na poltrona e o calor do fogo da lareira ainda aquecia meu corpo, quando me levantei a sensação horrível que percorreu minha espinha meu corpo permanecia sentado naquela poltrona mas minha mente não, no escuro comecei a caminhar em direção a única luz bem fraca que achei nesse escuro que havia aberto em minha mente, fiquei com medo de abandonar meu corpo me virei e me vi sentada no escuro meu corpo olhos sem vida, se estranho ver a si mesma.

Não tinha muito tempo para pensar isso já havia acontecido antes e nunca demorava muito para voltar ao meu corpo, reuni o que tinha de coragem nessa alma frágil que corria para as irmãs sempre que teve problemas eu sabia que se seguisse até a luz seja o que estivesse ali, poderia ajudar a todos aqui, estou cansada de ser só um rosto bonito, reunindo minhas forças eu caminhei até a luz chegando mais perto, parecia uma eternidade não sabia quantos passos havia dado deis que decide ir em direção a esse caminho mas cheguei em uma porta e uma pequena fresta de luz estava saindo por ela, segurei a maçaneta medo me atingiu naquele momento.

Já havia chegado até aqui não vou desistir agora, como se não tivesse tocando em nada tentei envolver minha mão na maçaneta e puxar aquele movimento parecia fumaça no ar mas a porta se abriu, uma luz forte me atingiu com toda força demorei a abrir os olhos novamente, notei que estava em Velaris mas na casa de vento não na casa do lago, essa casa e muito amada pela minha irmã Nestha mas agora parecia fria como uma noite de inverno, caminhando passei pela biblioteca estava estranho não sentia nada familiar aqui, notei novamente a porta que tinha visto no começo a abri novamente e passei novamente.

Demorei a reconhecer esse novo lugar, mas logo notei era o jardim da minha casa e minha mãe estava aqui linda e saudável nem me lembrava direito do seu rosto meu coração se apertou comecei a me aproximar e a chamei nenhum som saiu da minha boca, quando percebi logo atrás da minha mãe estava Feyre na sua versão de três anos com um lindo vestidinho branco, ela estava deitada em uma manta rodeada por travesseiros e almofadas, seu rosto era rosado e seus olhos estavam enormes olhando tudo a sua volta havia um grande guarda sol a deixando na sombra bem perto da minha mãe que cuidava das flores do seu jardim como me lembrava era exatamente desse jeito, estava observando minha mãe trabalhar em suas plantas quando os sussuros começaram a vim na direção atrás de mim, quando me virei havia uma pequena garota deveria ter uns cinco ou seis anos ela estava atrás de uma árvore observando minha mãe e Feyre seus olhos eram negros como a noite, mas havia algo familiar neles então ela olhou diretamente para mim, nesse momento senti uma pontada de dor em todo meu corpo aqueles olhos pareciam me dominar.

Tudo voltou para o escuro novamente, só estava eu e a menina não conseguia desviar do seu olhos ela caminhou se aproximando de mim, não tinha controles das minhas ações conseguia escutar alguém gritar meu nome a voz parecia tão distante minhas pernas cederam no nada me ajoelhei diante da garota que não possuía nenhuma expresso só aqueles olhos negros, ela segurou meu rosto e falou.

" _  A morte chegará para essa corte, e ela vira pela mão de um Archeron.

Dor percorreu toda minha mente deixando meus pensamentos nublados, quando percebi o rosto assustado da minha irmã Feyre que segurava meu rosto com suas mãos tão assustada, controlando minha respiração olhando em volta todos pareciam tensos, e com semblantes nervosos.

Corte de silêncio e segredos.Onde histórias criam vida. Descubra agora