Capítulo II

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Nestha.

Todos estavam trocando olhares assustados pelas palavras que saíram da boca de minha irmã Elain, quando percebi um olhar arrogante de Rhysand sobre mim me levantei de onde estava sentada do lado do meu parceiro que parecia estar bastante desconfortável com a situação que acabou de acontecer me aproximei de Feyre e Elain, e segurei  a mão da última que estava tremendo, e disse:

_ Porque não vamos para seu quarto, para você se acalmar um pouco. Feyre me olhou com alívio, e eu caminhei ainda segurando a mão de minha irmã que tremia todo seu corpo não sei o que tinha visto mas estava óbvio que a assustou bastante, em seu quarto ela se sentou na cama tirando seus sapatos fui até a mesa que tinha alguns livros sobre jardinagem e peguei a jarra de água e servi em um dos copos que estava ali, e entreguei para ela.

Feyre chegou entrando de fininho e se sentando ao lado de Elain em sua cama, ela parecia se acalmar respirando mais devagar nesse momento.

_ Você está bem?
Foi Feyre que perguntou a ela, peguei o copo das mãos ainda trêmulas de Elain, havia bebido toda a água enquanto observei sua expressão.

_ Eu estou sim, obrigada. Mesmo tremendo Elain ainda conseguia ser educada, obviamente algo havia a assustado é muito.

_ Posso perguntar o que viu?
Feyre falou com um tom doce e gentil ela segurou a mão de Elain que estava bem mais calma agora, suas mãos pararam de tremer.

_ Eu vi nossa mão e nossa casa na infância.
Elain mencionou com a voz um pouco trêmula, focamos totalmente nela deixando que continuasse a história.

_ Ela estava no jardim, nas roseiras para ser mais exata, Feyre era bem pequena estava do seu lado eu fiquei observando vocês era pacífico então notei uma criança, ela tinha olhos negros sem vida não havia nenhuma expressão em seus olhos e ela estava observando a mamãe e você.
Ela parou de falar respirando um pouco, e depois continou;

_ Não era só isso ela parecia muito conosco, quando éramos crianças principalmente com Nestha mas quando ela me notou.
Ela parou novamente, ficamos em silêncio deixando Elain tomar seu tempo até que ela resolveu continuar:

_ Seus olhos me dominaram, ela me controlava ela sussurrou uma frase na minha mente então voltei.

_ Ela disse que pessoas dessa corte iram morrer e que sera pela mão de um Archeron.
Falei repetindo a frase de Elain, não me lembrava se era exatamente isso que ela tinha dito, mas era algo parecido com isso.

_ Como você sabe?
Elain me perguntou assustado.

_ Você disse isso.
Feyre disse em um tom triste.

_ Elain, irei aumentar a barreiras em sua mente.
Feyre disse acalmando minha irmã.
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Minha cabeça estava cheia de pensamentos tentei lembrar da minha infância e se havia alguma criança mas era não me lembrava de nada desse sentido, depois daquela situação todos ficaram nervoso e falaram coisas sem sentidos e que iriam investigar o que ficou claro e que alguém havia entrado na mente da Elain e feito ela falar aquilo, talvez para criar um conflito no círculo íntimo foi isso que Cassian, mas não conseguia nem imaginar o que poderia e quem poderia ter feito isso é ser poderoso suficiente para passar pelas barreiras mentais de Feyre eu sei que ela mantém em todos do círculo íntimo para nossa proteção.

Depois de muito debater meus pensamentos acabei adormecendo na cama nem senti quando Cassian voltou ele foi se encontrar com o Az provavelmente para contar o que tinha acontecido com Elain, quando me entreguei aos sonhos.

Estava tudo tão confuso não sabia se estava sonhando, mas os dias estavam passando rápido e momentos e lembranças enchiam minha mente e quando começaram a repetir e claro que estava em um sonho, tentei me mexer gritar qualquer coisa para acordar e nada, quanto tudo ficou nublando e escuro parecia que uma eternidade havia se passado ou um segundo não sabia dizer ao certo quando escutei um choro de uma criança.

Não conseguia me mexer mas ao longe notei um pequeno corpo de onde os soluços vinhas, minha visão começou a se aproximar rápido daquela criança em um instante estava tão perto dela que notei que estava agachado no chão, ela estava chorando e fazendo algo que não conseguia notar direito, lentamente como se minha visão estivesse lenta aos poucos comecei a notar que a criança tinha cabelos da mesma cor que a minha ela vestia trapos dava para perceber e na sua mão ela segurava uma agulha e nela uma grande linha preta, ainda não conseguia ver o que estava fazendo com aquela agulha ou porque chorava tanto, minha mente só conseguia pensar será essa criança que Elain viu em sua mente? Susto percorreu minhas veias quando notei o que a criança fazia ela estava costurando o seu próprio braço com a agulha, era uma ferida horrível enorme e ela havia colocado a agulha de qualquer jeito só estava enfiando a agulha com força e tentando juntar a pele uma na outra ela soluçava de dor mas não parava, na verdade parecia que a criança tinha muita força a cada passo mais juntava sua pele e deixava os fios da linha preta por toda aquela carne e sangue, sangue foi quando percebi não sai sangue de sua carne rasgada e sim um líquido prata jorrando tanto como o sangue iria fazer nessa situação.

Quando a pele estava totalmente juntava a criança parou de se costurar aquilo estava uma bagunça, ela havia parou de soluçar e rasgou a linha preta com a boca e colocou a agulha ao seu lado, não conseguia ver quase nada do seu rosto estava coberto pelas sombras, então ela me olhou e olhos negros me dominaram seu rosto era exatamente igual o que eu tinha na minha infância só que mais magro, como se aquela criança só tivesse pele e osso, ela me olhou por um tempo e disse:

_ Sai da minha cabeça, irmã.
Sua voz não era de uma criança, não tive tempo de pensar senti uma dor na cabeça e comecei a ser arrastada para longe me afastando cada vez mais da visão daquela criança, até que abri meus olhos e encontrei os olhos de Cassian assustado de mim, estava segurando meus ombros com força, ele suspirou como se estivesse aliviado.

_ Você estava gritando Nestha, e não acordava eu fiquei tão assustado.
Ele disse arrastando um pequeno rosnado de insatisfação da sua boca, mas parecia alívio eu o abracei com força tentando sentir seu calor querendo voltar a realidade e esquece aqueles olhos assustadores.

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