CURSED GOLD

☼ 𝟶𝟺𝟸 ☼

Pov John B

Então, tem um momento na vida de qualquer criança que a gente sente que tudo é possível, a gente sente que é mágico.

Poderia até escalar o El Capitan, pousar em Marte, ou ser eleito presidente, o mundo é sua ostra e se você tiver coragem pra isso, então quando você menos espera, um kook aparece e diz que não existe mistério. E todo aquele papo de escalda, Marte e presidência, tudo bobagem. A magia tem câncer e morre.

Olhando essa tela com a maior atenção possível pra vê se encontro alguma coisa e até agora eu só vejo o navio todo destruído e nada que revele o ouro.

— Não tá lá.— Digo decepcionado— Aí tira o drone se lá— ordeno— Merda!

—olha a gente passa outra vez, recarrega a bateria, mergulha ele de novo.— Pope começa a dar ideias.

—Galeria a gente já passou três vezes! Não tem nada lá—JJ diz irritado, S/n entra na cabine e coloca a mão no ombro do loiro pra apoiar ele.

—Cala boca!— Kiara grita

—O que? É verdade— JJ fala

—O ouro pode tá enterrado, você não sabe— Kiara diz irritada.

Tá nítido que os dois querem me ajudar, na verdade todos querem, mas JJ e S/n não são pessoas que tem esperança nas coisas, acho que é por que vida já prejudicou muito eles então eles não acreditam mais que as coisas podem ser possível.

— Se tivesse lá detector de metal mostrado né!— entro na onda de JJ e da S/n, mesmo que eu quisesse ter resposta pra tantas coisa do meu pai, hoje não seria possível.— alguém chegou primeiro— minha voz tem decepção.

— Ou nunca esteve lá!— JJ diz irritado

Ninguém fala mais nada, Kiara e Pope me ajuda a tirar o drone da água e JJ e S/n já tão bolando baseado pra que eles lidam com essa decepção do jeitos deles, acho que até eu tô precisando de um desses hoje.

Não sei exatamente que estou sentindo agora, se é raiva, decepção de saber que meu pai perdeu tanto tempo em sua vida pra simplesmente não ter nada. E até vergonha de arrastar meus amigos pra nada.

Eu só peço pro JJ me deixar sozinho lá no castelo e assim ele faz, não sei pra onde meus amigos vão agora, mas agora eu só quero pensar em tudo que aconteceu e tentar achar alguma coisa que me ajude a encontrar meu pai. E não pensar nada sobre que aconteceu.

Desço no píer e fico encarando minha casa, eu só queria entrar lá e encontrar meu pai, não aguento mais essa angústia de não saber onde ele tá.

Caminho até minha casa tranquilo, mas a tristeza já dominou meu corpo inteiro, só queria que as coisas desse certo uma vez pra mim, tudo tá se tornando injusto e eu não sei porque tá acontecendo tanta coisa ruim pra mim.

Entro na minha casa e vejo uma caixa de cereal encima da estante e pego pra comer.

—Oi garoto!— uma voz desconhecida na minha sala e quando vejo é a merda daquela assistente social de merda sentada no meu sofá, soltou um suspiro longo,  não tinha como piorar, Deus agora é sério, já pode me levar.