Camilo Madrigal - (História de romance Gay)

Invasão de propriedade

Eu dei pezinho pra Mirabel, e ela chegou até a janela
- O que esta vendo?
- Nada, tá coberto pela cortina
- Ótimo, agora temos um motivo pra ir embora
- Para de graça, e me desce
- O que quer fazer agora?
- Se não tem janela, vamos pela porta
- Ficou louca, e se alguém te ver?
- Fica suave, eles não vão nem notar - Ela dizia enquanto caminhava até a frente da casa
- Mirabel, é sério. Vamos pra casa
- Eu me recuso a ir de mão vazias, eu vou descobrir o que tá rolando
- Acho que vou infartar antes de você chegar a descobrir

Quando ela chegou próximo a porta ela só empurrou e na mesma hora abriu. Pra sorte dela (e pro meu azar) tava destrancada
- Tá vendo primo, isso é sinal de Deus pra mostrar pra gente que temos que entrar
- Não... isso é sinal de Deus pra mostrar pra gente que o povo dessa casa é meio esquecido

Entramos juntos na casa bem na surdina. Mirabel tava meio perdida por que nunca tinha entrado lá, mas eu pude guiar ela pelos cômodos. Primeiro lugar que fomos foi o quarto do Eduardo, por que pensávamos que ele estaria lá; só que nos enganamos

- Não tem ninguém aqui
- Menos mal
- Onde a gente procura agora?
- Deveríamos ir embora
- De novo isso primo?
- Mirabel! Não consigo parar de pensar no fato que se o Edu me vir aqui, ferrou
- Relaxa Camilo... Você sabe onde fica o quarto dos pais dele?
- Mirabel!!! POR FAVOR NÉ!!
- Tô falando sério. Bora. Sabe ou não sabe?
Suspirei e falei:
- Sei

Levei a Mirabel até o quarto, e quando estávamos chegando perto, escutamos uma voz. Era a voz do Eduardo
- Trouxe um prato de comida pra você
- Obrigada filho

Mirabel e eu conversavamos baixinho
- É a voz do Edu
- E de quem é a outra voz?
- Deve ser a Mãe dele

Tinha uma fresta na porta que dava pra ver dentro do quarto, e a Mirabel queria que eu olhasse por ela. Eu neguei o pedido dela, e ela ficou discutindo comigo
- Olha logo!
- Não prima, não é certo
- Para de frescura e olha!
- Isso é invasão de privacidade
- Você acabou de cometer invasão de propriedade! Não pode ser pior
- Eu só fiz por que você me obrigou

Em meio a discussão, nós nos surpreendemos quando Eduardo abriu a porta

- O que vocês estão fazendo aqui?