Eduardo 2

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Esse cap é um pouco diferente, porque ao invés do Camilo narrando é o Eduardo

Depois que o beijo acabou, Camilo e sua mãe começaram a brigar, de nível briga de bar pra vocês terem uma noção. Todo mundo tentava separar, e no fim obtemos sucesso, mas Cami chegou a ficar machucado

Como uma mãe pode ferir seu filho FISICAMENTE porque ele gosta de meninos? Isso não entra na minha cabeça. Camilo preferiu ir pra minha casa do que ser obrigado a conviver com os problemas em sua casa.

Por sinal... não fomos expulsos, acho que por conta da correria a Alma simplesmente esqueceu que não eramos mais bem vindos em Encanto. Seria melhor se isso tivesse acontecido antes de enpacatormamos toda a nossa casa. Por sorte só tínhamos pego nossas roupas, louças e fotos, mas nossos móveis ficaram pra levarmos depois

Quando finalmente chegamos e entramos, meu pai fez um curativo pro Cami. Ele reclamou bastante de dor
- Aaaaiii! Tá ardendo!
- Se você não se mechesse tanto! Talvez não ardesse!
- Nossa mi vida, pra que essa grosseria?
- Desculpa Cami, eu só tô nervoso com tudo o que vem acontecendo
- Mas precisa descontar em mim? - Ele falava com uma carinha de cachorro triste, não resisti a isso. Abri um sorriso e disse:

- Não preciso, desculpa... - E dei um selinho em sua bochecha

Nossos olhares foram enterrompidos quando meu pai entrou no quarto junto da Cecília
- PAI! Hunf hunf... quero dizer, pai
- Oi filho, eu trouxe alguns remédios de dor pro Camilo
- Obrigado seu Pedro, mas nem tá doendo - Disse o Camilo tentando ser educado
- Imagina, você só tava resmungando de dor agora a pouco - Respondi em um tom de ironia
- Agora a pouco já faz muito tempo
Nós rimos por alguns poucos segundos

Mas quem não estava rindo era a Cecília, na verdade, não parecia nem feliz, só parecia confusa. Tentando quebrar isso eu só virei pra ela e falei
- Viu só como os Madrigal são mentirosos Cecília - Ela me olhou com uma cara estranha, ficou um silêncio e ela o cortou quando disse:

- Irmão, você namora com o Camilo?
Todos ficaram um pouco sem graça, mas eu só mandei a real. Falei:

- Sim... Eu tô
- Mas isso é permitido?
- Claro que é, todo tipo de amor é permitido - Disse enquanto abraçava Cami
- Entendi, mas então porque a gente tava indo embora?

Essa foi a única pergunta que eu não consegui responder. Como faz pra virar pra uma garotinha de 5 anos e falar "Ah, então, é que existe HOMOFOBIA"
Simplesmente não tem como fazer isso. Meu pai me salvou daquilo dizendo pra Cecília

- Que tal pararmos de fazer tantas perguntas e ir comer um daqueles morangos que você adora né
- Obaaaa
- Okay, a gente já vai indo. Camilo, se sinta a vontade tá bom, pode ficar o tempo que precisar
- Tá bom, obrigado seu Pedro - Dizia Cami fazendo um joinha com sua mão

- É um pouco assustador - Dizia ele depois do meu pai já ter saído do quarto
- O que?
- É assustador como seu pai que mal me conhece me trata tão bem, e minha mãe que me conhece a vida inteira não, isso tudo só porque eu... bem eu... você sabe né
- É. Realmente é... estranho
- Eu só queria que fosse eu, você, nossas famílias felizes, em uma casa mágica pra sempre. Seria melhor se tudo fosse simples assim
- Camilo, é simples assim. Só precisamos mudar a cabeça da sua mãe.
- Minha mãe nunca mudou de opinião na vida inteira dela, acho que a única exceção foi o caso do tio Bruno
- Quando eu era criança, minha mãe costumava me dizer que o amor supera todas as coisas. Se for verdade, nosso amor pode convencer sua mãe a mudar... Não pode?
- Depende... Será que a gente se ama?
- Acho que já deu pra perceber que eu te amo Cami... Te amo DEMAIS

Ele deu um sorriso e disse:
- Sou eu que te amo... Eu sempre vou te amar

E nos beijamos
Foi um momento mágico, naquela hora parecia que só existia nós dois no mundo inteiro. Tudo o que eu conseguia pensar era na felicidade dele e no nosso amor

Que bom que eu vim a me apaixonar justo por você Camilo.

Camilo Madrigal - (História de romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora