Camilo Madrigal - (História de romance Gay)

O Casamento

Semanas se passaram desde o último capítulo*

Hoje é o dia do Casamento de Dolores e Mariano, eu e o Eduardo estávamos muito animados

Já faz um tempinho desde que minha mãe e eu fizemos as pazes, e tá tudo bem agora. Nós voltamos a nos dar bem mesmo sendo um processo um tanto longo.

Ela foi até a casa do Edu me procurando. Eu e ele achamos que ela estava lá com o objetivo de me levar de volta para o quarto, ou de expulsar a família Trindade. Ela só queria fazer as pazes comigo, diz ela que se arrependeu, e eu acreditei nela. Mirabel e Dolores confirmaram que ela realmente se arrependeu

A família inteira tava na bagunça, e a casita em si nem se fala; isso é porque todos estavam se arrumando para o casamento, além de que Dolores está a muito nervosa

Tivemos que colocar tampões em suas orelhas para poder acalma-lá; de quebra ela também não pode ouvir o Mariano e muito menos seu filho no útero, consequentemente isso deixou ela ainda mais nervosa. Voltando para parte que eu disse que Eduardo e eu estávamos muito animados...

Eu estava feliz pela minha irmã, e porque isso simbolizava a vinda do meu mais novo sobrinho. Acho que Edu estava feliz porque eu estava feliz, sim eu sei... eu tenho o melhor namorado do mundo e o mais fofo

Enquanto organizavamos as cadeiras na igreja, Eduardo me questionava sobre os santos, isso é, porque ele é Evangélico e na sua religião esses mesmos santos não existem.
- E o que esse Santo Antônio faz?
- Ele é conhecido por ser o santo casamenteiro, por isso que colocamos acima do palco na hora do casamento
- Essa cultura é tão... interessante. Quantos santos existem?
- Boa pergunta, só não sei responder
Nós rimos

- Diga Cami. Se um dia a gente se cassase, onde seria o nosso casamento? Na igreja Católica ou na Evangélica?
- Naquela que você se sentir mais confortável, só depende de você me pedir em casamento agora - Falei brincando
- Ora, se você quiser a gente já pode aproveitar pra ensaiar bem aqui - Respondeu devolvendo a piada

Horas haviam se passado e era a hora do casamento. Antônio subia as escadas devagar carregando as alianças, e a sobrinha de Mariano ia atrás jogando pétalas de rosas. Mariano até ficou bonitinho no terno, mas é claro que minha irmã se destacava com aquele vestido perfeito e sentilante, seu cabelo estava simplesmente divino também.

Quando as alianças finalmente chegaram e o padre disse as palavras
- Mariano Guzman. Você aceita Dolores Madrigal como sua legítima esposa, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, e principalmente na magia e na descrença?
- Aceito.
- Dolores Madrigal. Você aceita Mariano Guzman como seu legítimo esposo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza?
- Aceito.
- Então poderá beijar a noiva

Eles se beijam. Foi realmente um momento bom de se ver, eu me emocionei bastante assistindo. Não conta pra ninguém, mas a Mirabel até chorou

Na festa, não houve nada demais
Tia Julieta fez a comida, e a música ficou pela Luiza e o Augustin. Fizemos a festa em casa mesmo, além de que todos no vilarejo estavam lá. Eu e o Edu não estávamos lá muito afim de ficar naquela muvuca de gente, então fomos pro meu quarto

Conversávamos sobre o casamento e sobre qual parte nós mais gostamos
- Você também percebeu a hora que o Mariano quase tropeço?
- Nossa! Sim eu vi!
Rimos muito fofocando sobre todos

- Cami
- Oi!
- Eu te amo.
- Nossa, simples assim?
- É, simples assim. Por que?
- Isso foi bem de repente. Me beija? - Ele me beijou logo em seguida
- Pronto, agora te amo
- Meu Deus! Interesseiro - Edu falou brincando

- Mi vida - eu o chamei
- Fala
- Quando é que você vai me pedir em casamento também?
- Tô esperando o momento certo
- Como você quer que seja?
- Vai ser enfrente aquela velha cachoeira e vai ter sorvete de chocomenta com morango. Vou te dar uma aliança belíssima cheia de cristais e a água da cachoeira estará cheia de corações de papel.
- Ooowwww, como meu namorado é romântico. Quem sabe acontece um dia
- Espero que sim mi amore