Entre a vida e a morte é uma ficção que conta o romance de dois seres Celestiais com uma humana. Eles tem que ficar 1 ano na escola dos humanos para poder ganhar uma aposta que fizeram com a angel. A morte tem sua memória apagada, uma maldição corr...
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(Limbo)
“ — Emilly, meu bem! — Abro os olhos e vejo lírios aranhas balançando contra o vento. Me sento e observo que a minha direita a uma árvore frutífera, em baixo dela tem alguém. Uma mulher alta, magra, com os olhos castanhos, os cabelos pretos passando de sua cintura. Eu há vejo sorrindo. Um sorriso um tanto quanto acolhedor! Sinto todo o meu vazio se preenchendo lentamente só por observar está desconhecida.
— Olá! — Digo a olhando nós olhos. — Quem é você?
— Você é sempre tão engraçada Emilly! Levante-se, o jantar já está pronto…”
Acordo de mais um de meus sonhos estranhos! Ultimamente acontece com frequência. Coloco minha mão em meu peito e sinto meu coração acelerado. Respiro fundo e vou o acalmando gradualmente. Tenho tido muito desses sonhos ultimamente e sempre é a mesma pessoa, porém, em situações diferentes. Me pergunto quem é esta mulher e o porquê de eu me sentir assim sempre que há vejo!
Olá, eu sou a morte! Sim, a morte. Não tenho muito o que falar sobre mim! Tenho 1,70, sou morena, cabelos cacheados e nós ombros, olhos tão escuros quanto a noite. E Governo o limbo.
O que eu poderia falar sobre o limbo? Ah, o limbo… O limbo é um lugar completamente estéril e sem vida. Onde as almas vagam sem descanso em busca de algum tipo de redenção. Eu me vejo presa neste meu mundinho pessoal! Não é ruim.
Não, com toda certeza não é ruim!
Porém, eu sinto um vazio imenso dentro do meu peito, que cresce a cada dia, cada século que se passa! Sinto que estou me perdendo de mim mesma. Muitas das vezes eu me vejo se perguntando o que eu realmente sou e o porquê de estar aqui cuidando de todas estás almas perdidas! Talvez eu seja uma destas almas, que está em busca de sua própria redenção…
Talvez, está seja a dor da solidão.
— Morte…
— Sim? — Falo sem tirar os olhos das almas que estão vagando pelo limbo.
— Morte, você deveria se animar! — Fala angel encostando sua cabeça em meu ombro. — Tenho uma coisa para te contar. — Ela fala dando pulinhos.
Hum! — Resmungo e ando em direção a grande prateleira de livros que está à minha esquerda.
— O que você deseja, angel! — pego um dos livros e o abro! Dentro deste livro contem tudo sobre uma determinada alma, do início da sua vida até o final dela. Sou responsável por pegar as almas e levá-las para o seu destino! Um trabalho um tanto quanto chato! Bem, a decoração do mundo inferior é bem simples, se imagine em uma grande biblioteca, tudo preto, grandes prateleiras para um lado e para o outro! No centro desta biblioteca existe um grande portal para o mundo superior, onde vivem os humanos. Logo abaixo do portal, existe o meu trono. Ele é feito de obsidiana, é todo decorado com figuras de almas sendo torturadas, meus ceifadores, desenhos das outras dimensões e algumas flores como o lírio aranha. O lírio aranha faz parte do meu brasão, eu resolvi adicionar ele por conta dos sonhos. Geralmente ele está ligado a morte, então, eu acabei o adicionando.
Normalmente não o uso, prefiro um sofá que fica bem na entrada de minha enorme biblioteca particular. De lá posso ver todas as almas e ler confortavelmente. Sou o que se esperam de mim, até na decoração. Tudo aqui é muito estéril, nada muito chamativo. É o limbo, não se pode esperar muito deste lugar.
Não tenho permissão para ir ao mundo dos humanos, então, eu deixo meus ceifadores irem em meu lugar! Eles fazem um ótimo trabalho, tenho que admitir! O motivo para eu não poder ir ao mundo dos humanos é desconhecido e eu não entendo muito bem…
— Morte, será que dá para prestar atenção aqui? — Ela praticamente grita ao meu lado.
— Angel, se você continuar assim, ira acordar as almas que estão adormecidas. — Falo lhe mostrando um sorriso de lado.
— Hahaha, muito engraçado! — Ela fala revirando os olhos! Ela pega o livro que estava em minhas mãos, fazendo com que minha atenção fosse direcionada a ela — Tenho uma aposta para propor a você! — Ela fala sorrindo sorrateiramente.
— Que aposta seria essa? — Falo.
— Bem o que você acha de você e o Vida passar um ano na escola dos humanos?
— Angel fala dando pulinhos. — Vai ser muito legal, vocês dois vão ser alunos, vão ter que passar um ano inteiro como humanos! Vocês terão que fazer amizade, conhecer pessoas novas e até mesmo se apaixonar! — Ela fala olhando para mim com um sorriso um tanto quanto suspeito.
— Sério? Passar um ano com os humanos? — Falo incrédula. — Eu não posso sair daqui você se esqueceu? — Pego o livro de suas mãos e coloco de volta na prateleira. — Além do mas, eu sou uma divindade, sou o ser que leva o caos e destruição por onde passa. Você acha mesmo uma boa ideia eu passar um ano com esses seres inferiores? — Falo andando de volta ao meu sofá para admirar a “bela vista”.
— Há, morte, cadê o seu espírito competitivo? — Ela fala vindo até mim! — Não se preocupa, eu já resolvi tudinho. Se você se comportar, você poderá sair de agora em diante! E não chame os humanos assim, eles são bem mais do que parecem ser! Você sabe muito bem disso. — Ela fala fazendo massagem em meus ombros.
— E qual seria o prêmio desta grande aposta? — Falo revirando os olhos!
— Se você ganhar, irá poder pedir o que quiser! — Ela fala com um sorrisinho maléfico. — O que você mais deseja morte? — ela fala me olhando nós olhos, eu a observo por um tempo e volto a olhar as almas que por ali vagam.
Essa aposta é bem tentadora! Parando para pensar, não tenho muito a perder. Talvez…
— Eu aceito. — Falo sem pensar muito. Talvez não seja tão difícil assim, talvez eu consiga as respostas que tanto desejo
— Muito bem, o Vida aceitou também! — Ela fala sentando no meu colo.
— Angel! Me explica de novo, o porquê de você ter que estar de olho em mim? — Falo olhando em seus olhos buscando algum tipo de resposta diferente das outras. Para falar a verdade, eu já perguntei isso mil vezes a ela, e sempre é a mesma resposta.
— Você sabe morte! Você é a morte! Os anjos precisam ficar de olho em você! — Ela fala me abraçando — Sabe que faço isso tudo para o seu bem! Mas não se preocupe com isso, agora você poderá ver o mundo dos humanos. — Ela fala descansando sua cabeça em meu ombro.
— Se você está dizendo… — falo olhando as almas perdidas...
