➳ Chapter Three: It's All About Listening

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Chapter Three.
It's All About Listening.

A viagem de Nova York para Londres foi tão cansativa que, quando Draco chegou no apartamento que iria dividir com Theo, ele apenas ajeitou suas coisas na cama de seu quarto e dormiu, completamente exausto e, naquele momento, ele não fez muita questão de conhecer cada canto do local, ou fazer um tour com Theo pela cidade. Ele estava sem energia. Foram quase sete horas de viagem, além do tempo que passaram esperando o avião, pegando táxis e terminando de arrumar todas as coisas. Draco estava cansado e esgotado, além de estar com a cabeça cheia de dúvidas e questões. Logo que chegou, ele foi tomado por lembranças e sentimentos que há muito tempo não sentia, o que o fez pensar e repensar sobre tudo. Cada momento vivido por ele no passado voltava agora, e para qualquer lugar onde ele olhasse, o fazia lembrar de algo ocorrido no passado. Olhando para o céu, era quase como se ele pudesse viver tudo aquilo novamente, por apenas alguns minutos.

Ele só queria dormir um pouco, enquanto ainda podia descansar. Depois disso, ele poderia se preocupar com seus compromissos, que viriam nos próximos dias. Ainda faltava algum tempo para ele começar sua especialização — ele ainda estava tentando se decidir sobre aulas presenciais ou virtuais para cursar —, então ele podia tirar algum proveito.

Quando ele acordou, no dia seguinte, foi cercado pela realidade, finalmente compreendendo que estava de volta. Havia sonhado com os mais belos olhos verdes que um dia já pôde ver — o que, na verdade, era uma grande bênção para ele —, e sabia exatamente a quem eles pertenciam, mas decidiu não perturbar sua mente com isso de manhã. Sendo assim, ele se ocupou em tomar um banho e comer alguma coisa, para então começar a desocupar suas causas. Theo ainda não estava em casa, provavelmente havia dormido fora depois de passar a noite em alguma boate ou bar, como normalmente fazia — era algo típico de Theo, ele não se cansava muito facilmente —, então ele decidiu começar sozinho.

Com os móveis todos no lugar, foi fácil apenas começar a arrumar. Ele guardou primeiro suas roupas, as deixando organizadas no armário, mesmo sabendo que não ficariam arrumadas por tanto tempo, já que ele havia perdido o hábito de manter suas roupas arrumadas, deixando de se importar com aquilo. Depois de guardar cada peça de roupa no armário, ele abriu sua caixa de livros, feliz por tê-los limpado antes de colocá-los ali, pois assim não precisaria mexer com pó logo cedo. A maioria de seus livros era sobre música, composições e notas. Ele gostava de ler no tempo livre, e alguns deles foram recomendações da faculdade, que o ajudavam a compor e aprender onde podia melhorar.

Esvaziar suas caixas foi mais difícil do que preenchê-las. Enquanto guardava suas coisas, ele notou que tinha muitos objetos desnecessários, mas que não fazia questão de se livrar. Haviam muitos instrumentos que ele não tocava há algum tempo, mas nunca teria coragem de se desfazer, como sua flauta. Ele gostava de tocar, mas há muito tempo não tocava. Ainda assim, nunca a venderia. Tinha algum valor maior pra ele.

Aos poucos, suas coisas foram se encaixando nos lugares, mas ainda faltava muito para arrumar. Por sorte, a parte mais difícil já havia sido realizada, e agora ele podia parar um pouco. Quando acabou de mexer nas primeiras caixas, já era hora do almoço, então ele foi até a cozinha, pensando no que poderia fazer. Os armários e a geladeira ainda não haviam sido abastecidos, então não haviam muitas opções. Ele pegou um macarrão instantâneo e decidiu cozinhá-lo e, alguns minutos depois, quando ele já estava comendo, sentado no sofá da sala, enquanto lia um de seus livros, Theo chegou, com o cabelo bagunçado, as roupas amarrotadas e sujas, os olhos cansados e uma expressão divertida no rosto.

— Você saiu com o meu carro. — Draco disse, sem desviar os olhos de sua leitura.

Era um costume, na verdade. Em Nova York, Theo costumava sair muito mais que Draco, então o loiro não se importava que o amigo pegasse seu carro. Draco passou todos aqueles anos em Nova York trabalhando para pagar seus estudos, o aluguel do apartamento que dividia com Theo e o carro, aceitando qualquer trabalho que aparecesse. Ele trabalhou em bares, lanchonetes, pizzarias, cinemas, lojas e até mesmo num museu. Todo o dinheiro de seu trabalho o ajudou em tudo o que ia fazer, e o dinheiro que começou a ganhar com seu canal também foi muito útil.

One Million Reasons To Stay | Drarry¹Onde histórias criam vida. Descubra agora