Desejo Sombrio

Desejo

Peter estava estranho esses últimos dias, tenho percebido isso desde a última festa em que apresentei Harley para ele, lembro dele ter saído antes mesmo de tudo acabar, não posso disse que me preocupei muito pois estava com um nível alto de álcool em meu corpo.

Harley cuidou de mim como todas as outras vezes, me pergunto como não fui para a cama com ele ainda, deve ser pelo fato dele estar interessado em uma outra garota, perda de tempo. 

Ouço pela terceira vez o telefone de Wanda tocar, ou ela é surda ou está se fazendo, me levanto e saio de minha sala, como o previsto ela não estava em seu posto. Pego o telefone xingando Wanda em todos os idiomas que consigo me lembrar.

— Indústrias Stark, em que posso ajudá-lo?

Antes mesmo que eu pudesse dizer com clareza tais palavras ouço a voz de Peter ofegante do outro lado.

— Wanda, diga ao Bruce que eu já estou chegando...Stark? Droga... eu sinto muito pelo atraso.

— Então você tem chegado atrasado aos estágios? Eu não tolero tal comportamento, talvez tenha que tomar alguma providência sobre isso.

Consigo escutar ele franzindo a testa e bufar de ódio, agora não sei se é por minha causa ou pelo fato dele estar atrasado de novo. Bruce deve ter gostado mesmo dele, afinal escondeu isso de mim.

— Quero você na minha sala em dez minutos garoto!

Desligo o telefone escutando seus resmungos baixos. Com um sorriso de orelha a orelha caminho em passos calmos até minha sala, encho um copo com whisky e me sento virado para as grandes janelas, a cidade estava agitada como todos os dias. Em algum canto dessas ruas estava Petey correndo com medo do que eu posso fazer ou não, já que ele não parece ter medo de me enfrentar e é por isso que eu o desejo tanto, a sensação de não poder ter aquilo que eu quero me fascina. Afinal, eu tenho tudo!

Os minutos passavam e quando contei doze minutos,  Peter entrou pela sala, seu peito descia e subia tão rápido pela camisa colada no corpo, mesmo sendo tão jovem seu corpo era de um homem adulto. Gotículas de suor escorram pelo seu pescoço e eu só conseguia pensar em lamber toda aquela pele, tento evitar tais pensamentos antes que meu membro fique ereto. Me levando e cruzo os braços enquanto me encosto na ponta da mesa.

— Você está dois minutos atrasados.

— Pelo menos eu estou aqui, poderia muito bem ignorar seu chamado. — Ele disse jogando a mochila no sofá e indo encher um copo com água.

— Você age como se fosse o dono deste lugar, age de forma infantil, eu não gosto da forma como você me trata e muito menos a mínima importância que você da para este estágio.

Disse andando até ele, tiro o jarro de sua mão e coloco sobre a mesa com brutalidade, acho que estava cansado disso, céus eu não queria explodir com ele.

— Tratando?...

— Eu não sei em que mundo você está vivendo, mas mesmo você me odiando eu ainda sou o homem que está mudando a sua vida, eu estou te dando a oportunidade de subir na vida e você me trata como um pedaço de lixo.

— Sr.Stark...

— Que fique claro, de agora em diante a próxima vez que você se atrasar, me responder, me tratar de forma inferior você está no olho da rua e pode garantir que eu vou fazer da sua vida um inferno.

Agora meu peito subia de forma frenética, encaro os olhos arregalados do rapaz em minha frente e só então percebo o quão próximo estou. Céus, mesmo com essa feição assustada eu desejo foder com ele, minha mão estava sobre seu pescoço, não entendo como foi parar ali, não estava apertando, eu saberia se estivesse.

— Sr.Stark eu...

Eu não queria ouvir suas desculpas, destruo essa distância que minha boca estava da dele, seus lábios são finos e tão deliciosos, posso sentir um gosto de café no fundo. Empurro seu pequeno corpo até estar completamente preso sobre a parede, faço questão de pressionar meu membro enrijecido sobre o seu, era tão torturante mas tão bom.

O desejo era algo que nos transformava, era sombrio e desesperador, aperto minha mão sobre seu cachos tentando me satisfazer de qualquer forma, meu membro gritava dentro das minhas calças, como eu queria arrancar sua roupa agora mesmo. O beijo com tanta força que posso ouvir seus resmungos em meio a pequenos gemidos, que me torturavam cada vez mais.

— Chega... — Peter me empurrou.

Encaro o garoto, lábios vermelhos e inchados, cabelo bagunçado e assim como eu ele estava com uma ereção entre as pernas. Ah baby, me deixe chupa-lo, me deixei aliviar essa tensão. Respiro fundo e passo a mão entre meus cabelos.

— Vá para a sala de Bruce. Ao final do dia quero um relatório assinado por ele em cima da minha mesa. Entendeu?

— Entendi. — Ele dos tímido saindo pela porta.

Me jogo na cadeira e fecho os olhos, droga! Eu precisava de mais, ouço a trinca abrir novamente e então o garoto aparecer com as bochechas vermelhas, sem dizer uma palavra ele pega sua mochila no sofá e sai. Dou um pequeno sorriso e volto a fechar os olhos.

Era tão humilhante ter que me masturbar por conta de um garoto, mas aqui estava eu, no banheiro de minha sala pela segunda vez gemendo o nome de Peter, pensando como seria foder ele de quatro. Ele deve ser tão apertado, seus gemidos são baixos e deliciosos. Acelero os movimentos de minha mão e então sinto uma onda de prazer envolver meu corpo, gozo com jatos rápidos e então o cansaço toma conta de meu corpo, respiro fundo e limpo o que sujei. Lavo as mãos e aproveito para passar uma água no rosto, logo seria hora do almoço e eu teria que ver aquele rostinho novamente.

Ele não encarava meu rosto, isso me deixou preocupado, eu prefiro que ele me xingue e que ele me trate como uma pessoa qualquer ao invés de fingir que eu não existo. Bruce e Thor estavam na mesa, conversando sobre algum projeto dos dois. Aproveito a deixa e chuto a cadeira de Peter, já tentativa de fazê-lo levantar o rosto, funcionou, estava vermelho como uma pimenta. Ele negou com a cabeça e voltou a encarar seu prato. Droga...

— Não é mesmo Tony? — Thor disse dando uma cutucada em meu braço.

Sem nem saber o que ele está falando concordo com a cabeça fingindo estar mastigando alguma coisa, não quero entrar nesse assunto agora.

Após o almoço volto para minha sala me sentindo um completo imbecil, eu quase comi o garoto sem nem mesmo uma permissão.

Logo ele iria embora e eu não teria a chance de me desculpar. Me desculpar, que coisa mais infantil, observo a porta abrir após algumas batidas e então Peter aparecer.

— Licença Sr. Stark! Trouxe o relatório do estágio.

Ele não me encarava, ao invés disso olhava seus pés, cadê o meu peter? Solto um suspiro.

— Traga-o aqui. — Disse estendendo a mão para ele.

Assim que ele se aproxima e me entrega o papel posso ver como ele ainda está vermelho, eu queria beijar suas bochechas e acariciá-las.

— Peter, você pode me desculpar pelo o que aconteceu hoje cedo?

Vejo ele levantar a cabeça e então me encarar, isso era tão bom, era assim que eu gostava de ver ele.

— Não, não posso!

— Tem algo que eu possa fazer para mudar isso?

Ele apenas ficou me encarando, talvez eu tenha mesmo passado dos limites. Parecia que ele queria me dizer alguma coisa antes de sair correndo pela porta. Fecho os punhos sentindo raiva pelos meus atos. Eu precisava me desculpar com ele de alguma forma ou não poderia ficar em paz.

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Amores, sorryyyyyyyyyyyyyyyy
amo vocês! mas minha vida está tão corrida
perdão pelos erros e até a próxima.