Capítulo 3

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Honma Seiji

Vou ao terraço, vejo ela com o [cor de cabelo] balançando junto com vento. As mãos estão apoiadas na grade. Ela parece que fica ainda mais linda pensativa.

- Oi - cumprimento me aproximando, ela olha para mim e sorri.

- Olá.

- No que está pensando?

- Em como é uma droga as nossas séries serem misturadas.

- Sim, tem gente mais velha e intimidadora.

- Alguém te intimida?

- No momento sim, mas não quero mais isso, não quero ser capacho a vida inteira.

- Entendi... - murmurou e voltou a olhar a vista - queria ser como você, é...

- Honma Seiji - me apresentei.

- Ah, sou [sobrenome] [nome].

- Eu sei, ouvi quando o professor falou. Só que... você não gostaria de ser como eu.

- Gostaria sim, você é homem.

- Isso não significa que minha vida é fácil - olhei para frente também.

- Você tem mais escolhas que eu.

- Acho que sim.

- Eu terei que me casar com um cara mais velho, e eu não gosto dele.

- Deixe-me adivinhar... Pool? - nos olhamos.

- Como soube?

- Ele só anda com você, já os vi voltando juntos para casa também. Pensei que já eram casados.

- Não, ainda bem que não. Ele parece um animal.

- Sinto muito, ele já torna minha vida um inferno, é um ano mais velho que eu, se acha mais forte e superior aos outros. Facilmente pode ser confundido por um nazista.

- Sim... tem razão.

- Quer desabafar um pouco?

- Só estava lembrando. Agora sei o motivo de você querer ter pulado, esse mundo é tão cinza, acho difícil que tenha coisas boas aqui. As pessoas são egoístas, você não pode se expressar, parece que está tudo bem, mas não está.

- Você não quer pular... ou quer?

- Sinceramente, eu queria muito - sorriu suave.

- Não pode!

- Por que?

- Isso seria hipócrita da sua parte, além de que, você se tornou o meu motivo para viver.

- Quê?

- Eu estou vivo hoje graças a você, minha luz e esperança para um mundo melhor. Tenho que te proteger do mal das coisas em volta. Se você estiver bem, meu mundo vai estar bem também - e ela começou a chorar silenciosamente, mas sorrindo - e-ei, o que foi?

- Ninguém nunca me disse isso antes, obrigada - ela secou as lágrimas - nunca me senti tão limpa quanto agora.

- Limpa?

- Constantemente eu me sinto suja.

- Por que?

- Promete guardar segredo?

- Claro.

- Bem, a diferença de mim e Pool é de dois anos, não sei se é da idade, mas acho que é a criação dele. Um dia eu acordei com os sons de gemidos da minha tia com o marido dela, não foi a primeira vez, já estou acostumada. Desci para a cozinha, ir beber uma água, mas...

- Mas?...

- Pool apareceu depois, me colocou na bancada e disse "se eles estão brincando um pouco, nós poderíamos também". Ele me beijou, mordeu e chupou meu pescoço, d-dois de seus dedos acariaram minha parte íntima, sem tirar a calcinha. Minha nossa.... que vergonhoso.

- Está tudo bem, não foi culpa sua.

- O quê? - ela parecia chocada com o que eu acabei de dizer.

- Eu disse que a culpa não foi sua.

- Minha nossa - e fungou - você é desse tempo mesmo?

- Sou... - respondi confuso.

- Desculpe, é que eu imaginei você dizendo que é minha obrigação como mulher, satisfazer o homem e tals.

- Não, não foi sua culpa. Ele fez mais?

- Por sorte não, depois disso ele subiu de volta, pois minha boca começou a sair sons e acho que ele não queria chamar atenção.

- Que bom - sorri.

- Eu queria me casar com alguém como você, seria melhor.

- Quem sabe um dia.

- Você é engraçado - ela riu e beijou minha bochecha - até - acenou saindo.

- Até - acenei de volta sorrindo também, mas quando ela saiu, eu fechei a cara.

De hoje o Pool não passa.

De noite, em um beco eu o vi. Ele sorriu, deixando visível para mim que está chapado.

Sim, eu já sabia disso, por isso eu vim. Esse beco é escuro e vazio, é onde ele vem para se drogar um pouco.

Ele se levantou cambaleando, vindo até mim.

- Opa amigo, como está? Quer um pouco também?

O soquei. Claro, se ele estivesse sã, nem isso eu conseguiria, só que, eu tenho tudo planejado.

O soquei tanto sem parar, aquilo estava sendo divertido, eu conseguia tirar todas as minhas frustrações apenas o socando, vendo o seu nariz quebrar, o sangue escorrer... tão lindo.... o vermelho é tão lindo...

Ninguém mandou tocar com suas mãos sujas e podres em [Nome], no seu lindo e angelical corpo.

- Você a fez se sentir suja, sabia? - o soquei mais - ela não gosta de você, sabia? Mesmo assim não a ouviu. Deveria ter vergonha, tinha um anjo em sua casa, deveria ter a cuidado com amor - ri tentando me controlar, para não sair alto demais - mas... do que adianta falar com um cadáver? - me levantei olhando para o rosto todo sujo, minhas mãos estão sujas também.

- Não deveria ter a tocado - coloquei uma carta de baralho perto do corpo - bem, só por você ser próximo dela eu iria te matar de qualquer maneira - sorri saindo do beco.

Tão vermelho quanto sangue [Yandere x leitora]Onde histórias criam vida. Descubra agora