Capítulo 6

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Autora

- E o que achou? – [Nome] perguntou animada para a sua mãe, que está lendo uma história que ela escreveu junto com o amigo.

- Está boa – ela colocou o notebook na mesinha da sala, encostando as costas no sofá – só precisava de mais alguns detalhes aqui e ali...

- Mãe!!

- É a verdade ué. Não foi você que me perguntou o que eu achei? Só não entendi o motivo dos personagens principais terem o mesmo nome que vocês.

- Isso foi Seiji – cruzou os braços – eu falei que não era para ele mudar. Os nomes dos personagens seriam Mila e Ethan.

- [Nome], quantas vezes eu vou ter que dizer? Quando tiver um live action, vamos ser escalados na hora – seu amigo te respondeu.

- Não é bem assim que funciona, nunca vi um ator que fez algum personagem que tenha o mesmo nome que ele.

- Oh minha nossa – ele pegou o notebook desesperado – será que ainda tem tempo de mudar?

- Tentem ver um outro título também – sua mãe sugeriu – por que 'tão vermelho quanto sangue'? E não algo do tipo 'na próxima vida', 'casamento de sangue', não sei.

- Eles só falam de casamento no fim dos dois – a filha falou.

- E nem se casam, nem falam de ficarem juntos na próxima vida constantemente. Vermelho... ele matou várias pessoas, e é um título que chama a atenção – Seiji disse olhando para o notebook.

- Bem, espero que vocês ganhem – ela se levantou saindo da sala.

- Vamos ajeitar esse cômodo para um lugar aconchegante – [Nome] se levanta, indo em direção ao quarto, para buscar mais alguns travesseiros e lençóis. Seu amigo logo atrás.

Bem, muitos de vocês devem estar confusos nesse exato momento, creio eu. Eles reencarnaram com os mesmos nomes, foi isso?

A resposta é não. [Nome] e Seiji são dois amigos que estão cursando o ensino médio, eles gostam de escrever histórias juntos e ter conversas aleatórias.

Eles viram um concurso de histórias armadoras, a condição era que a história tivesse algum fato histórico, e no fim vocês escolheram o caso de Alice, que aconteceu entre 1999 até 2005. Apenas trocaram o ano pois queriam dar um clima mais antigo a história, mesmo os dois não sabendo ao certo o que ocorria depois da guerra Mundial.

Talvez vocês não prestem muita atenção na aula, só talvez...

- Não sei não – o seu pai cruzou os braços – vamos deixar eles dormirem aqui na sala mesmo? Não confio.

- Não se preocupe pai, Seiji irá dormir aqui pois estamos ansiosos e queremos saber o resultado juntos. Se ganharmos poderemos ter nossa história publicada, e trabalhar com estagiários na editora Suyuka, ela é bem famosa, apenas vinte vagas.

- E também eu não faria nada indecente com [Nome] tendo o senhor aqui – o Honma sorriu.

- Você ouviu isso? – olhou para a esposa – se a gente não estivesse sabe-se lá o que eles iriam fazer.

- Vamos dormir – a mulher começou a arrastar ele para o quarto – e vocês não deitem tarde.

- Certo – os jovens falaram uníssono.

- Você gosta de brincar com o perigo, não é? – ele riu.

- Talvez –  ele respondeu puxando o cobertor.

'Não durmam tarde'. Mas ficaram vendo [série de preferência] e apagaram em uma hora qualquer, dormindo de qualquer jeito no chão, que está cheio de edredons, cobertores e travesseiros.

Seus olhos abriram lentamente, vendo que já é de dia. Seu corpo rastejou até o notebook, o abrindo já na página. Se acostumou com a claridade da tela, já que acabou de acordar.

Foi lendo linha por linha, seu olhar voltou ao pensar se leu de maneira certa.

- Seiji – você o chamou.

- .... – ele não respondeu.

- Seiji – tentou o cutucar com o pé.

- ...

- Mano – deu uns tapinhas – acorda véi.

- O que foi? – os olhos dele mal se mantinham abertos – credo... eu morri e desci de tobogã foi? Que filhote de cruz credo, o cabelo parece um urubu.

- Me respeita moleque – deu outro tapa, um pouco mais forte.

- Que agressiva – ele se sentou de maneira preguiçosa, alisando o local onde você bateu – que horas são?

- Onze, mas não importa agora. Leia – estendeu o notebook na cara dele.

- Quer me cegar? – ele perguntou, colocando o notebook no colo. Os dois estão com o cabelo bagunçado. Tirou uma foto dele escondida, pode ser útil no futuro – ei, é isso mesmo o que eu li?

- Se foi o mesmo que o meu, sim – sorriu assentindo.

- Passamos... – ele parou de olhar para a tela, olhando para você.

- Passamos – e começaram a comemorar.

A sorte é que seus pais não estão em casa, e sim no trabalho, pois não param de gritar "nós conseguimos" enquanto pulam.

- Vamos tornar 'tão vermelho quanto sangue' um sucesso – você estendeu a mão no ar, para ele dar um famoso 'toca aqui'.

Mas dessa vez foi diferente.

- Vamos! – ele pegou sua mão e entrelaçou os dedos, sorrindo com os olhos fechados.

Suas bochechas esquentaram, vindo em seguida o vermelho até a ponta do nariz, mas mesmo assim sorriu, e, entrelaçou de volta.

Talvez não seja só mais um capítulo de 'tão vermelho quanto sangue', talvez seja um novo capítulo na vida de vocês também. 

Okay

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Okay... creio que por essa vocês não esperavam. 

Quis dar um final diferente e inesperado. Certas datas não batiam ao certo, pois é uma história criada por dois adolescentes, você e seu amigo Seiji.

O caso de Alice é algo que não tem respostas até hoje. Os irmãos Oshiro, Hayato e Hina, foram encontrados mortos em suas camas, cada um deles segurava um Ás de Copas nas mãos, que, ao serem colocadas lado a lado, formavam a palavra "Alice" escrita com sangue. Esse foi um dos casos, apenas para contar um pouco.

Sinto muito por essa história não ter ficado muito boa, mas prometo ser melhor nas próximas. Já tenho outra pronta para postar, vai ser um teste meu.

Mas obrigada por terem lido isso até aqui, qualquer duvida podem perguntar.

Tão vermelho quanto sangue [Yandere x leitora]Onde histórias criam vida. Descubra agora