Capítulo 16.

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Tinha uma loira pelada na minha cama, queficava do outro lado da mesinha do quarto dohotel, onde eu estava sentado

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Tinha uma loira pelada na minha cama, que
ficava do outro lado da mesinha do quarto do
hotel, onde eu estava sentado. O fato de eu
estar mais interessado na garrafa de uísque
que tinha na minha frente do que nela era
uma prova triste da minha situação. A gata
mal falava inglês e tinha vindo para o hotel
com um dos rapazes da Artifice depois do
show. Mas, por algum motivo, passou a noite
inteira dando em cima de mim, mesmo eu
não demonstrando o menor interesse. Vai
ver, era a barreira da língua. Não entendo
nada de alemão. Acho que ela só entendia
que, quanto mais eu bebia, mais ela me
parecia interessante, e providenciou um
estoque interminável de bebida quando
cheguei no quarto.

Era bem bonita. Alta, com uns belos peitos.
Cabelos loiros supercompridos e uns belos
olhos azuis. O problema é que tem todas essas
qualidades, mas estava na minha cama, onde
uma certa morena de olhos cor de âmbar
deveria estar. Por um lado, estava morrendo
de vontade de deitar do lado dela e deixar o
uísque e uma gostosa apagarem o fantasma
da Jennie só por um minuto. Infelizmente, o
outro lado, que falava mais alto, sabia que
aquilo era só um remendo temporário. Um
remendo que ia me fazer sentir um bosta na
manhã seguinte e deixar o pessoal da banda
ainda mais preocupado.

Essa turnê estava me cansando, e acho que não estava conseguindo disfarçar direito. As
mulheres, as baladas, a bebida, as drogas..

Era muita coisa para processar, ainda mais
que eu ainda estava tentando me entender,
ainda estava com o coração partido. Não
importa o que os meus amigos me
empurrassem ou as tentações que o Mingyu e
os rapazes da banda dele me apresentassem.

Nada me interessava. Eu tinha saudade do
Colorado, dos meus amigos do estúdio de
tatuagem, da Chaeyoung. E, apesar de tudo,
ainda estava preocupado com a minha mãe.

Não tinha como esconder aquele buraco no
meu peito que a Jennie deixou. Nem preciso
dizer que era dela de quem eu mais sentia
saudades.

Mas o verdadeiro motivo, o verdadeiro
problema que me impedia de subir em cima
daquela loira pelada e aprender como dizer
"Taehyung" em alemão, era a Jennie. Não
conseguia parar de pensar nela e não
conseguia parar de ver todos os meus
sentimentos refletidos naqueles olhos cor de
mel. Me sentia tão sozinho sem essa mulher.

Não pensei nem por um segundo que ela ia
esperar por mim, mesmo depois daquele
beijo.

Até agora, a melhor coisa de vir para a
Europa foi a oportunidade de assistir a um
monte de bandas muito boas. Em todo país
que a gente passava, em cada bar que a gente entrava, tinha bandas underground tocando.

Grupos sensacionais. Muitas vezes, formados
por garotos mais novos do que eu, e ficava
feliz toda vez que conseguia ver esse povo
tocar. Me lembrava do quanto amo assistir a
outras bandas, amo descobrir novos talentos
e ajudar a divulgá-los. Muito mais do que eu
gosto de ser adorado e adulado quando estou
em cima no palco. É claro que amo tocar, amo
compor e me apresentar, mas não é isso que
quero fazer da vida.

𝐑𝐎𝐂𝐊𝐒𝐓𝐀𝐑 - 𝐊𝐓𝐇+𝐉𝐍𝐊Onde histórias criam vida. Descubra agora