Capítulo 17.

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Eu estava tão exausta que mal conseguiaenxergar

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Eu estava tão exausta que mal conseguia
enxergar.

Passei as últimas três noites no quarto do
Jongin, dormindo na poltrona mais
desconfortável do mundo e estava de saco
cheio de discutir com a minha mãe pelo
telefone.

O Kai teve uma convulsão na noite que voltei
para o Kentucky e fez uma cirurgia séria de
emergência. Os médicos tiveram que fazer um
furo no crânio dele para reduzir o inchaço e
drenar o sangue. O coração dele parou de
bater duas vezes, e me falaram que foi
praticamente um milagre ele ter sobrevivido.

Meu irmão ainda estava inconsciente, podia
morrer a qualquer minuto. Mas eu precisava
tomar um banho e, se a minha mãe me ligasse
mais uma vez para dizer que não podia voltar,
eu ia matar alguém. Não dava para acreditar
que ela achava que essa era só mais uma
briguinha em que o Kai tinha se metido. Não
depois de eu ter dito que os médicos
declararam ele morto não uma, mas duas
vezes, enquanto ele estava na mesa de
cirurgia. Se meu irmão morrer e minha mãe
me obrigar a enterrar ele sozinha, nunca mais
vou falar com ela.

Meu hotel não era nenhum cinco estrelas,
mas dava para ir até o hospital a pé e tinha
um monte de quartos livres. Então, dava para o gasto até saber o quê ia acontecer. Mandei um torpedo para as meninas, contando o que
tinha acontecido e depois passei dez minutos
garantindo para elas que eu estava bem e que
nenhuma das duas precisava pegar um avião
e vir até aqui. Elas são as melhores amigas do
mundo, mas preciso enfrentar sozinha o que
pode acontecer.

Prometi que ia ligar se precisasse delas e aí
fiquei olhando para mensagem que o
Taehyung tinha me mandado no dia anterior.

Quando ela chegou, eu estava sentada na sala
de espera enquanto o Jongin fazia a
cirurgia e demorei meia hora para conseguir
parar de chorar em silêncio e responder. Só
de saber que ele estava pensando em mim foi
o suficiente para eu aguentar todas aquelas
horas de espera por notícias do meu irmão. E,
quando os médicos vieram me dizer que o
coração do Kai tinha sofrido uma parada, foi
o sinto saudade que me ajudou a segurar as
pontas.

Fiquei pensando em mandar um torpedo para
dizer que eu também estava pensando no
Taehyung, mas estava cansada demais para
pensar direito e nenhuma palavra servia para
transmitir o que eu queria dizer para ele.

Queria dizer que preciso dele, que essa é a
coisa mais amedrontadora que já fiz sozinha,
que estava cheia de me afastar pelo bem dele,
que, se o Taehyung podia amar todos os meus lados, eu simplesmente ia me entregar para ele.

Só não queria despejar isso em cima dele
enquanto ele estava lá, concentrado na turnê.
Ele tem compromissos com coisas que são
mais importantes do que eu, e eu posso
esperar. Vou falar com o Taehyung quando
ele voltar e espero que, nesse meio tempo,
não arranje alguém para me substituir.

Esfreguei meus olhos remelentos e subi me
arrastando pelos degraus de concreto que
levavam até o andar onde ficava meu quarto
de hotel. Só tinha ficado lá cinco minutos,
para largar a sacola e escovar os dentes.

𝐑𝐎𝐂𝐊𝐒𝐓𝐀𝐑 - 𝐊𝐓𝐇+𝐉𝐍𝐊Onde histórias criam vida. Descubra agora