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21 de Julho de 1995,Londres, Inglaterra

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21 de Julho de 1995,
Londres, Inglaterra

AMÉLIA AMAVA CANTAR, e amava ainda mais cantar nas sextas-feiras nos barzinhos e clubes de Londres. Naquele sexta em especial, Amélia se sentia mais eufórica que o normal, com sensações de excitação e energia e ela sequer havia cheirado uma carreira de cocaína.

Enquanto sua melhor amiga, Penny Lane - uma groupie bem conhecida na região e por todos os artistas que passavam por ali, diga-se de passagem -, fazia pequenos cachos nas pontas do cabelo de Amélia, a Yaxley esperava pelo guitarrista e namorado trouxa, Johnny.

Penny o definiria como "babaca" ou "filho da puta controlador" e não gostava nenhum pouco do rapaz. Ela o desprezava totalmente e o queria o mais longe possível de Amy, e como melhor amiga da Yaxley, Penny Lane sabia que seria difícil Amélia se separar definitivamente de Johnny depois de quase três anos cheios de idas e voltas do casal, anão ser, que alguém do passado de Amy retornasse.

Era caótico explicar a amizade de Penny e Amélia. Ambas se conheceram no quinto ano em Hogwarts e não se largavam mais. Quando a Yaxley foi deserdada da família após descobrirem que ela se relacionava sempre com trouxas, Penny a abrigou na república que vivia, assumindo definitivamente o papel de irmã de Amy. Não era possível falar de uma sem falar da outra e elas estavam a todo momento juntas, como uma coisa só.

- Seu cabelo está pronto, vá terminar de se arrumar e fique igual uma puta gostosa por que é isso que você é - ordenou Penny guardando os utensílios de cabelo.

- Acha que esse vai ficar bom para hoje? - questionou Amélia, mostrando o vestido preto, curto e justo, com um grande decote nos seios - Estou pensando em usar com aquelas botas de veludo, sabe?

- As pretas que vão até acima da coxa? Vai ficar foda. Acho que dá para fazer um delineado bem marcado.

A Yaxley assentiu e seguiu rumo até o minúsculo quarto no pequeno apartamento que as duas agora moravam, se vestiu, maquiou, passou perfume, calçou as botas recém-garimpadas em um brechó e deu uma última olhada no espelho.

Quando estava pronta para sair, foi barrada na porta do quarto por Johnny, que mais uma vez estava atrasado, fedendo a bebida e com um cigarro nos lábios.
- Você definitivamente não vai com essa roupa - Ele afirmou.

- E porquê não? Eu gostei dela, Johnny.

- Por que olhe só para esse decote nos peitos - Ele começou - É como se quisesse que todo mundo olhe para eles, sem falar do quão curto e justo isso é. Parece aquela sua amiga puta.

- Não ouse falar assim da Penny, Johnny - Amélia debateu - Já discutimos sobre isso.

- Ué, mas não é o que ela é? Ela não pode ver um músico que se joga em cima dele. Já chegaram a comentar sobre vocês duas até, e olhe só para a minha cara de quem gostou disso.

- O que Penny faz ou deixa de fazer não é da sua conta e nem de ninguém, Johnny. Agora me dê licença para que eu possa me trocar.

- Troque isso logo, espero vocês lá embaixo.
Johnny Chapman saiu do quarto deixando Amélia sozinha. Ela se sentia culpada. Odiou que Johnny ousou falar aquelas nojeiras de Penny e sabia que ficariam a noite inteira ali discutindo a mesma coisa se ela não tivesse cortado a conversa. Era sempre assim.

A Yaxley não tinha tanta experiência com namoros, afinal, esse era o segundo dela. Mas seu antigo namorado, William, nunca a tratava desse modo. Bill jamais havia gritado com ela, levantado a mão, ditado seu modo de vestir ou até mesmo ter ofendido seus amigos. Essa era uma das coisas que Amélia mais sentia falta; a calmaria que Bill carregava consigo. Mas ela jamais admitiria isso, nem para si mesma.

Enquanto procurava no pequeno armário alguma outra roupa, Amy ouviu batidas na porta e gritou um "Entra!".

- Por quê caralhos você está demorando tanto? - Reclamou Penny. - E porra, por quê você tirou o vestido?

- Johnny pediu que eu trocasse. - Murmurou Amélia ainda a procura de algo para vestir.

- Aquele filho da puta, toda vez a mesma história - Penny Lane continuou a xingar e reclamar - Ele não deve ditar o que você vai vestir, Amélia. Porra, quando é que você vai largar esse merdinha?

- Ele me ajuda muito nos shows, Penny, não fale assim. E ele estava certo, aquele vestido mostra demais.

- Caralho Georgiana, quando é que você vai se tocar? - Amélia sabia que Penny só a chamava de Georgiana quando estava puta - Mas que merda, Johnny te trata como uma marionete! Acorda, porra, quantas vezes você virou a noite chorando por que ele te traiu ou levantou a porra da mão para você?!

- Não vamos voltar nisso Penny, por favor - A Yaxley resmungou - Eu já o perdoei.

- Ah, que se foda tudo! Só coloque a porra daquele vestido, meu tarot da semana disse que você reencontraria alguém do passado essa semana. Se não for hoje é amanhã, então não ouse se vestir igual a uma freira e não ser você mesma essa noite - Penny ditou tudo muito rápido e saiu do cômodo.

Amélia seguiu as instruções da amiga e pegou a bolsa. Quando as duas chegaram no saguão do prédio, Johnny não estava mais lá. Talvez ele nunca tivesse estado.

- Viu só? Aquele filho da puta sempre faz isso - Resmungou a loira - Quer um cigarro, Amy? Tenho alguns comprimidos de ecstasy aqui também, aquele maluco do Thomas descolou alguns para a gente.

- Guarde uns comprimidos para mim, não vou querer agora. Só o cigarro.

Dito isso, ambas com o famoso malboro vermelho na boca, foram em direção ao bar que ficava à duas ruas dali. Elas tinham um show para dar.

 Elas tinham um show para dar

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𝙩𝙝𝙚 𝙬𝙖𝙮 𝙞 𝙡𝙤𝙫𝙚𝙙 𝙮𝙤𝙪. - bill weasley.Onde histórias criam vida. Descubra agora