Capítulo com gatilhos de agressão física e psicológica.
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Início de Agosto de 1995, MarinersApartmentComplex, Londres.
Amélia tinha a cabeça no peitoral de Johnny enquanto recebia um cafuné do rapaz, depois de uma transa. A noite havia sido a própria definição de louca para eles. Depois de um pequeno show no bar Our Song, o after party não poderia ter sido melhor em sua percepção, com direito a muita droga, bebida e música, Mélie poderia afirmar que a noite foi deliciosa se não fosse por Johnny a arrastando para casa sempre que a diversão começava. E ela estava cansada disso.
A Yaxley amava cantar, amava seu público e amava festejar. Mas com um relacionamento que a sugava e a desgastava tanto, ela não via mais como suportar. Para ela, até mesmo sexo agora era desagradável. E Amélia sequer sabia como sair daquilo.
— Johnny — ela chamou.
— O que é?
— Nós não podemos mais ficar juntos. Isso está me cansando e não faz bem a nenhum de nós.
— Certo, gatinha. Amanhã a gente vê isso — Ele murmurou, procurando um isqueiro no criado-mudo para acender o cigarro que havia em seus lábios. — Você 'ta chapada demais para entender algo.
E se encerrou ali. O que devia ser chamado de relacionamento, era na verdade uma prisão.
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Duas semanas. Já se faziam duas semanas que Amélia não aparecia em casa, nos shows, reuniões da Ordem ou em qualquer outro compromisso. Penny estava preocupada, pois Mélie nunca sumia por mais de dois dias.
Então, com Bill Weasley ao seu lado, Penny Lane se dirigiu até o apê de Johnny. Afinal, o Chapman era imprevisível. Mesmo sendo uma bruxa, ela preferia não imaginar como seria ir até a moradia do rapaz desacompanhada.
E ao chegar lá, não havia ninguém no apartamento além de uma Amélia completamente destruída. Com grandes arranhões, cortes, marcas roxas por todo o corpo e mais magra do que nunca. Por todo apartamento haviam restos de drogas, garrafas de bebida, lixo e diversos objetos quebrados. Mas nada estava tão quebrado com Amélia.
Quando Penny abraçou a irmã de coração, apenas ouviu o sussurro rouco de Mélie: — Acabou. Eu finalmente acabei com tudo. Mas não tenho forças para levantar e ir para a casa.
— Você já foi forte o suficiente, Mélie. Agora tem de descansar.
Bill que não suportava ver Amélia naquele estado, a pegou no colo e aparatou para o Largo Grimmauld, onde Sirius deu um quarto para a Yaxley e Penny cuidou dos machucados da garota que estava em crise de abstinência por tanto tempo sem drogas e álcool.
William nunca se sentiu tão impotente em toda sua vida. Ele ainda tinha uma consideração por Amélia Yaxley e, ver seu adorado anjo caído naquele estado e não poder fazer nada era horrível. Ele nunca imaginou que um dia veria a otimista Amélia naquele estado. Nunca pensou que um dia veria a garota alegre por quem havia se apaixonado em uma crise de abstinência e com grandes sequelas de agressões físicas e psicológicas.
Amélia Georgiana costumava ser alguém sorridente, cuja criatividade aflorada influenciava em absolutamente tudo o que fazia e que costumava ver o bem em tudo, que amava pintar, cantar, fotografar e dançar. Era alguém que amava viver. Mas onde estava essa Amélia agora?
Era o que Bill Weasley queria encontrar.
Largo Grimmauld, n° 12.
O Weasley pegou a bandeja com o jantar que a mãe havia preparado e levou até o quarto em que Amélia estava hospedada desde que chegou na sede da ordem. Aos poucos ela se recuperou dos ferimentos e por mais que tivesse a gigante vontade de usar drogas, estava tentando se controlar com o maior número de cigarros que pudesse. Ele bateu na porta e aguardou a permissão para entrar.
Amélia estava sentada na cama usando uma calça de moletom e um justo top preto, os longos cabelos negros estavam presos em um rabo de cavalo alto com várias madeixas desleixadas caindo, tinha uma caneta na boca com papéis espalhados pela cama, um violão jogado no chão e um cinzeiro no criado-mudo, sinal que havia acabado de fumar. — Não precisava me trazer o jantar, Weasley.
É claro que ela iria resmungar. Bill sabia que Amélia estava odiando o modo como todos a tratavam depois que souberam o que havia ocorrido com ela.
— Você precisa comer, Mélie. E o que é que está escrevendo aí? — Ele questionou.
— Pode ler se quiser. Ainda não está pronta, são apenas alguns versos mas pretendo incluí-la no meu futuro disco, assim que essa guerra for resolvida. Pretendia mostrar para Penny e Sirius quando estivesse pronta mas eles andam preocupados demais. — Ela disse enquanto pegava o prato de comida da bandeja que Bill havia trazido da cozinha e empurrava para ele a folha com os versos recém compostos.
"Writing in blood on the walls 'Cause the ink in my pen don'twork in my notepad Don'task if I'm happy, youknow that I'mnot But, atbest, I cansayI'mnot sad
'Cause hope is a dangerousthing for a woman like me to have Hope is a dangerousthing for a woman like me to have
I hadfifteen-year dances Churchbasement romances, yeah, I'vecried Spillingmygutswith the Bowery Bums
Is the only love I'veeverknown Except for the stage, which I alsocall home, when I'mnot"
Quando Bill Weasley achava que Amélia não conseguia ser mais incrível, ele se surpreendia e via que sim, ela podia ser ainda mais incrível e genial do que era. Era uma música melancólica que ninguém que não fosse Amélia conseguiria escrever. E ele adorava isso.
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I. A música acima é "Hope Is A Dangerous Thing For A Woman Like Me To Have" da Lana Del Rey. A Lana é uma das minhas inspirações para a criação da Amélia (isso não quer dizer que a Amélia será igual a Lana, ok) e então veremos muito da Lana nessa shortfic.
II. Os capítulos vão começar a dar pulos no tempo pois ainda tem muito chão pela frente e eu quero focar além do desenvolvimento do casal, no futuro deles. Não pretendo fazer um epílogo e pronto.