S/n Pov
-Olá detetive. - Eu disse secando as lágrimas pesadas que insistem em cair.
- Isso não é possível. Você ta deitada na cama, como pode você estar aqui ? - ela indagou pasma. Ela me estudava atentamente, esperando por uma resposta, resposta essa, que eu não fazia ideia de como dar a ela.
- Acredite detetive, nem eu entendi direito como isso funciona, mas pelo que Castiel me falou, você é a única que pode me ver e ouvir.
Ela me lançou um olhar debochado, demostrando ali não não havia acreditado nas minhas palavras.
- Ai garota vê se cresce tá? Para com essa bobagem, eu tenho mais o que fazer. - ela disse aparentemente irritada.
Pensa S/n, pensa, ela é a única que pode te ajudar, já sei!
- Detetive por favor, eu to falando a verdade, vai, joga alguma coisa em mim.
- O quê ? Eu não vou jogar nada em você.
- Joga alguma coisa anda, se esse é o único jeito de te provar, joga.
Ela bufou alto e jogou uma caneta, a caneta atravessou bem no meio do meu peito e foi parar no chão.
- Você.. Você não está mentindo.. - ela disse fascinada.
- Não, e eu preciso da sua ajuda para encontrar o assassino da minha família. - ela logo recompôs sua postura.
- Então você é mesmo a S/n S/s?
- Sim, sou eu.
Narradora Pov
-Sim, sou eu.
Só então Scarlett parou para analizar como a S/n era bonita, cabelos castanhos, olhos da mesma cor, lábios rosados, os olhos brilhavam por um sentimento que a detetive conhecia bem, vingança.
- Então... me disseram que você é uma boa detetive, eu realmente quero descobrir quem matou a minha família. - disse S/n fitando a detetive que ainda a olhava de uma maneira que S/n não soube ao certo o que significava.
- Eu realmente sou boa detetive, mas se o seu objetivo é vingança, eu sinto muito S/n mas não posso te ajudar.
- Eu não vou negar detetive, eu realmente pensei em me vingar, mas isso foi na hora da raiva, tudo que eu quero agora é descobrir quem foi que matou a minha família e voltar para o meu corpo, eu só tenho 20 anos e 8 anos da minha vida eu passei trabalhando e juntando dinheiro só para ir fazer faculdade em Nova York e ser rejeitada, passei minha vida toda estudando, me matando pra ter um futuro melhor para no fim acabar como um espírito idiota prestes a deixar o corpo.
A minha mãe se esforçou tanto por mim e pelas meninas, e no fim, ela foi a pessoa que assistiu os anos de dedicação dela serem arracados por uma faca, ela viu cada uma das filhas delas sangrarem até a morte, e morreu achando que eu também havia morrido, eu ouvi as últimas palavras da minha mãe antes de morrer, eu não estava inconsciente igual as pessoas pensam, eu estava em um estado de semi-consciência, eu ouvi tudo, ouvi minhas irmãs chorando, ouvi o grito de desespero da minha mãe, ouvi as palavras dela, eu ouvi ela implorando pra morrer, então, antes era por vingança, agora, eu só quero encerrar essa história.Scarlett se encontrava estática, ela nunca havia ouvido alguém falar tão abertamente sobre as últimas palavras de alguém, ela não esperava que a S/n tivesse ouvido tudo, ela realmente achou que o laudo que passaram dela estava certo, que ela estava completamente inconsciente quando aconteceu, mas agora, vendo a garota dizer com todas as palavras que ela ouviu tudo Scarlett percebeu que a garota não quer mais vingança, ela procura um desfecho, uma maneira de ajudar a sua família a descansar, e claramente, um jeito de voltar ao seu próprio corpo.
Durante algum tempo, as duas só se olhavam intensamente, como se, ja houvessem se conhecido antes, como se soubessem exatamente o que se passa no coração uma da outra.
S/n, rezava para Deus que ele convencesse a detetive a ajudá-la.
Scarlett pensava em que situação de merda que ela se colocou.
- Okay, eu te ajudo, mas vou precisar do máximo de informações que souber.
A detetive disse finalmente.
Um sorriso aberto cresceu nos lábios da garota mais nova, um sorriso esse que fez as pernas da detetive fraquejarem, não que ela admitiria isso para a garota, isso não.
- Muito obrigado detetive, prometo te dar todas as respostas que eu puder.
A detetive então esboçou um pequeno, porém verdadeiro sorriso, um sorriso esse que ela não dava a muito tempo.
- Não tem de quê, eu estou apenas fazendo o meu trabalho, e por favor, me chame de Scarlett.
- Ok Scarlett. - a garota disse com su voz naturalmente rouca.
Algo na maneira que a garota falou seu nome fez as pernas da Scarlett ficarem bambas.
- Então Scarlett, você costuma encontrar muitas almas penadas por ai? Ou eu sou a primeira? - a garota indagou com seriedade.
Scarlett a olhou desacreditada, mas por fim disse:
- Não lembro de ter visto alguma alma penada antes não, acho que você é a primeira. - a detetive agora esboçava um sorriso largo e verdadeiro, genuinamente achando graça nos comentários da garota.
- Que legal, eu também nunca havia sido uma alma penada antes. - a menina esboçou um sorriso lindo que combinava graciosamente com o que estava nos lábios da detetive ao seu lado.
A detetive soltou uma risada alta e genuína, essa garota ainda seria sua ruína.
-
Scarlett Pov
Após pegar o que eu precisava no hospital, S/n e eu fomos ao apartamento onde eu vou ficar, não pretendo voltar na delegacia ainda hoje.
Nesse meio tempo eu e S/n tivemos pequenas conversas sobre como era o seu relacionamento com a sua família, e bom, devo dizer que "estar surpresa" ainda é pouco para o que eu estou agora, nunca alguém imaginaria que a família S/s tinha tanto por de baixo dos panos, e isso, segundo a S/n era só o que ela sabia sobre.
O pai da S/n administrava secretamente um bordel, e ela relatou também que foi muito complicado isso tudo com ele, pois quando S/n descobriu, foi na época em que seu pai não desistia de fazer a S/n um homem, ele queria que ela experimentasse o "sexo" com uma mulher para mostrá-la que ela era homem. Isso é a coisa mais ridícula que eu ja ouvi na vida.
Outro fato que eu descobri sobre a S/n, ela é intersexual, isso explica a ideia horrível que seu pai tinha, honestamente ele é doente.Com o passar das horas, as conversas, o depoimentos e as piadinhas que ela fazia sempre, eu decidi parar e descansar, amanhã é outro dia e eu não vou descobrir nada se eu estiver cansada e rabugenta.
Outra coisa que eu percebi, é que essa garota, ainda vai ser minha maior ruína ou meu grande triunfo.
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Voltei voltei voltei pra te arrasar, vocês viram a capa nova que linda???? É tudo né.
Não revisado.
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The Detective and Her
Fiksi IlmiahCapa feita por: @piqueniks S/n S/s G!P (intersex) "Os S/s, a família perfeita que se amava incondicionalmente, ou era isso que todos pensavam, uma família bonita, um casal e três filhas. Moravam em uma cidade pequena, estudavam na única escola loca...