Capítulo 32

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Harley

Eu realmente fiquei bastante chocada quando descobri que o Coringa tinha um irmão,não que fosse impossível mas é que pensar que o maior psicopata da cidade tem parentes,familiares e tals é meio estranho,até porquê ele nunca nem disse que tinha família

O Jerome parece ser legal,divertido e etc,ele e o irmão são muito diferentes,o ruivo tende a ser mais aberto a conversas enquanto o Coringa não fala se quer uma palavra de sua vida pessoal ou até mesmo de seu passado

Mas,vai ser bom ter mais um morador nessa casa e conhecer meu novo cunhado

Só que uma coisa me deixou intrigada,quando eu e o Coringa fomos para o quarto ele disse que era para eu preparar a comida dele,até aí tudo bem,mas fiquei pensando se ele queria que eu fosse a dona de casa,a mulher que lava,passa,limpa tudo e tal, porquê não era isso que eu queria

Se fosse a Harleen até ia,porque ela sim tinha vibe de dona da casa,agora eu,eu não. Me transformei no que sou hoje para ser a rainha de Gotham,uma louca quase psicopata,que mata,rouba e vive de loucura,o que é bem diferente da antiga eu

Então se ele quiser realmente isso eu terei que negar,uma vez até vai,mas duas, três ou quatro não dá para mim

— Aí caramba,se tudo der certo eu serei a mulher mais louca dessa cidade e não a mulher que deixa a casa arrumadinha para quando seu namorado chegar cansado do trabalho,porque isso acontece só em contos de fada,e essa minha vida com certeza não é um - suspirei e sai do quarto descendo as escadas

Fui até a cozinha e fiquei meio perdida,aonde será que estavam todos os alimentos? Eram tantos armários que era impossível de achar

— Ei,você - chamei um dos capangas que logo veio até mim

— Sim dona Harley - o mesmo respondeu e eu revirei os olhos

"Dona Harley",não gosto que me chamem assim,parece que eu sou uma velha

— Primeiro,não me chame de dona,apenas de Harley

— Mas o chefe disse que.. - interrompi ele

— Eu sou a sua chefe agora e estou mandado você parar de me chamar assim,e isso serve para seus amigos também - falei firme

— Está bem don... Harley - ele disse sorrindo sem mostrar os dentes

— Ótimo,e em segundo,preciso fazer o almoço do seu chefe mas eu não faço a mínima ideia de onde ficam os alimentos,queria que me ajudasse

— Sem problemas,o que a senh.. você,quer fazer? - ele me perguntou e eu entortei a boca pensativa

— Eu ainda não sei,apenas me mostre as coisas e eu decido depois

— Está bem

[...]

Depois de eu ver aonde as coisas ficavam e memorizar tudo,resolvi fazer uma coisa rápida e simples,pois eu não estava afim de cozinhar essas comidas demoradas,até que saiu uma refeição agradável. Não fiz nenhum tipo de bebida pois o Coringa era um louco que gostava apenas de beber coisas caras

— Boa tarde Srta. Quinn - me virei e olhei para o dono da voz,era aquele capanga que pegou a arma naquele dia no Arkhan

— Boa tarde,não nos falamos desde aquele dia não é

— Verdade,eu saio muito para resolver os assuntos do chefe,por isso não nos vemos tanto

— Ah sim,entendi

— Sou o Sandro - ele estendeu a mão

— E eu sou a Arlequina,você já deve saber - apertei sua mão

— Sim,eu sei,gostei do novo nome,combinou com o seu visual - encerramos o aperto de mão

— Muito obrigada - sorri - Sandro,você vai ir lá em cima? No escritório?

— Vou sim, porquê?

— Poderia dizer ao Coringa que eu terminei o almoço dele? E que ele já pode descer

— Posso sim

— Ah obrigada - agradeci e ele fez um sinal de positivo com a cabeça

— Não tem de que,com licença - o mesmo se retirou e logo subiu as escadas sumindo de minha vista

— Desde quando o Sandro trabalha para o Coringa? - perguntei ao capanga que estava na cozinha

— Desde que o pai dele saiu da cidade e o deixou ser o novo rei - ele respondeu e eu me virei o olhando

— Então o pai do Coringa era o rei,aí ele saiu do trono entregando ao filho,e o Sandro que trabalhava para o rei pai, começou a trabalhar para o mais novo dono da cidade? - perguntei

— Isso mesmo,o Sandro era braço direito do pai do Coringa e agora é braço direito dele

— Hum,entendi, é muita lealdade envolvida né

— É sim - ele riu de leve

— O que vocês estão conversando aí? - Coringa perguntou enquanto vinha até mim

— Nada chefe - o capanga disse quase se tremendo

Não sei o porquê, não tem nada demais em conversar comigo

— É meu bem,não era nada demais

— Sei - ele respondeu e logo se sentou - Sandro disse que você falou para eu descer

— Sim,eu fiz seu almoço - peguei o prato e coloquei comida,depois peguei um garfo e coloquei tudo em cima da mesa - não é lá aquelas comidas chiques que você costuma comer,mas acho que dá para o gasto

— Desde que dê para comer eu não ligo - ele deu uma garfada e começou e a comer

— Gostou? - perguntei curiosa

— É, realmente dá para o gasto

Não era exatamente essa resposta que eu estava esperando,mas pelo menos ele falou que dava pra comer

— Opa família,cheguei bem na hora da merenda - Jerome chegou e já foi se sentando - quem fez a comida?

— Eu né querido - peguei um prato para ele e lhe entreguei

— E você sabe cozinhar? - o mesmo deu risada e eu arqueei minha sobrancelha

— Claro que sei,mas se não estiver do seu agrado é só não comer que sobra mais - sorri

— Não foi isso que eu quis dizer tá - ele começou a colocar sua comida

— Jerome,para de reclamar e come logo antes que eu enfie essa merda na sua guela - Coringa disse meio sem paciência

— Nossa me desculpa

— Senta Harley,come aí,ou vai ficar parada nos observando? - ele disse enquanto comia

— É cunhadinha,senta aí e come

— Claro - respondi

Peguei um prato me servindo também,logo sentei começando a comer. O almoço até que foi legal,por parte do Jerome que não parava de falar bobagens,o Coringa só revirava os olhos por causa de seu irmão,enquanto eu dava risada de quase tudo que ele dizia,enfim,foi bom

Toxic Love {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora