Capítulo 35

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— Amiga,tá na hora de eu ir

— Mas já? - ela perguntou fazendo biquinho

— Sim,na verdade não era nem pra eu ter vindo,já que o Coringa me proibiu,mas como amo muito você,desobedeci ele e vim

— Aí,fiquei emocionada - ela colocou a mão no peito e eu dei risada - mas tudo bem,só não se esquece de mim tá

— Nem se eu levasse milhões de choque,eu iria te esquecer - sorri e beijei sua bochecha

— Acho bom viu - ela sorri também

— Tchau cabrita do meu coração - me levantei e fui em direção a porta

— Tchau malukinha

— Gostei do apelido

— Ótimo,por quê eu só vou te chamar assim - ela piscou

— Ok - fiz sinal de positivo com o dedo e mandei beijo

Sai do AP fechando a porta e desci de elevador,saindo do prédio andei todo aquele caminho de volta que não era tão longe mas que me deixou cansada,na próxima vez eu pego um Uber ou roubo um carro

— Finalmente,cheguei - dei glória ao senhor por ter chegado,era difícil o sol sair em Gotham,mas quando saia era extremamente quente,dava até para fritar um ovo

E infelizmente eu saí bem no dia que esse sol apareceu,sinto dó da minha pele,vai ficar toda suja e oleosa

Fui até o portão e assim que o capanga me viu abriu para mim,logo adentrei o jardim e andei até a porta aonde a abri e entrei.

Caminhei em passos lentos até às escadas quando senti alguém me cutucando, quase me fazendo ter um ataque

Dei um pulo e me virei vendo o meu querido cunhado em minha frente

— Mas que.. merda Jerome,você me assustou - coloquei a mão no peito ofegante

— Foi mal querida,mas e aí,aonde você estava? - ele perguntou curioso

— Eu estava na não tin - respondi

— Aonde?

— Na,não te interessa - sorri debochada

— Que grossa hein - ele revirou os olhos e eu bufei

— Aí Jerome tchau - me virei e voltei a subir as escadas

— Ah,e só para te avisar,o Coringa já tá lá em cima te esperando,e ele não tá com uma cara nada boa

Meu coração congelou na hora,ele devia estar muito bravo comigo,que porra

Não respondi o ruivo e terminei de subir indo em direção ao quarto,aonde abri a porta devagar e logo entrei no cômodo fechando a porta novamente

Ele estava lá,sentado na poltrona com um copo de whisky na mão e uma feição séria. Respirei fundo e me aproximei

— Oi pudinzinho - falei tentando manter a calma

— Não me chama assim - ele disse firme e eu engoli a saliva

— Tá bom pud.. Coringa - sorri de nervoso

— Eu cheguei em casa hoje achando que iria te encontrar aqui,mas para a minha surpresa você não estava - ele se levantou colocando o copo em cima do criado mudo e caminhou lentamente até mim

— Tá olha,eu saí mesmo,eu não fiz o que você queria,mas poxa,eu só ia visitar minha amiga,o que de errado tinha nisso?

— O que dê errado tinha nisso? Você poderia ir visitar até o papa se quisesse,mas com a minha permissão

Coringa se aproximou mais de mim e me empurrou na parede,segurando meu pescoço

— M-me desculpa - falei colocando minha mão em cima da dele

— Desculpas não adiantam,Quinzel - ele apertou mais meu pescoço - você não entendeu que é minha propriedade e deve fazer tudo, exatamente tudo que eu mandar?

— C-coringa.. você tá me sufocando.. eu não c-consigo respirar

O mesmo ignorou minhas palavras e continuou me apertando fazendo eu ficar sem ar

— Sabe o que te acontece se você não fizer o que eu quero? - ele perguntou cara a cara comigo - hum? VOCÊ SABE?

Ele gritou em minha cara com raiva

— N-não,eu não s-sei... - falei meio fraco

— Não sabe? Pois então vai descobrir agora

Coringa me soltou e me jogou no chão fazendo eu me chocar no piso gelado

— Eu já te pedi desculpas inferno,não fiz nada de errado e se você não quer acreditar o problema é seu - falei com um pouco de dificuldade enquanto meu ar voltava para meus pulmões

— CALA A BOCA - ele deu um tapa em minha cara que ardeu todo meu rosto,coloquei a mão no lugar e olhei para ele com raiva

O mesmo retirou seu cinto o dobrando em dois e começou a bater em minhas pernas com ele

Eram chicotadas violentas e fortes distribuídas por todo o meu corpo,eu chorava e pedia para que ele parasse mas o mesmo não estava nem aí e continuou o que estava fazendo

E foi assim durante vários minutos que nunca acabavam,até ele se cansar e jogar o cinto no chão

— Tenha uma boa noite,Harley - ele se abaixou e limpou minhas lágrimas com agressividade,em seguida se levantou e saiu do quarto fechando a porta com força

Me deitei naquele chão frio e me encolhi enquanto chorava,não era isso que eu tinha planejado,mas também,ter um relacionamento com um psicopata insano não seria um mar de rosas

Toxic Love {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora