Capítulo 12

3.7K 495 45
                                        

Esse é o penúltimo capítulo da história.
 
Divirtam-se!

 
Lena saiu da casa dos Danvers o mais rápido que ela podia sem se despedir de ninguém. Ela até queria dar um abraço em todas as mulheres da família, pois, provavelmente, nunca mais as veria, porém decidiu que seria melhor não fazer isso. Embora sua mente estivesse em paz por ter contado a verdade, seu coração estava doendo como jamais doeu. Talvez, essa dor jamais fosse passar.
 
Em uma semana, ela realmente tinha acreditado que aquela era a sua família. Eram pessoas que a queriam bem e que a aceitaram de braços abertos. Foram mais da metade de seus anos de vida ansiando por algo assim, mesmo que inconscientemente, e quando encontrou, percebeu que não poderia se aproveitar disso por causa de uma mentira. Esperava que um dia eles a perdoassem pelo que fez, mas se isso não acontecesse, teria que conviver com o fato de que magoou pessoas especiais tentando fazer o era correto.
 
Na sua cabeça, tinha plena consciência que aquela viagem a Midvale tinha a mudado por completo. Existia uma Lena Luthor antes de Midvale e uma Lena Luthor pós Midvale. A pós Midvale era a que relembrou como era amar de novo, não só amar romanticamente, mas também amar fraternalmente. Poderia continuar sendo a megera que sempre foi em seu trabalho, mas quando conhecesse pessoas que valiam a pena, deixaria elas entrarem, porque quando deixou — com a família Danvers — se sentiu mais viva e queria se sentir assim até o fim de seus dias.
 
De tudo o que aconteceu, a pior parte foi ver os olhos opacos e o semblante de decepção de Kara. Aquilo quase a matou de tristeza na hora, mas tinha certeza que estava fazendo o certo. Quando percebeu que estava a um passo de desistir de tudo, quis se entregar a ela como nunca se entregou a ninguém. A noite que tiveram na cabana, seria algo gravado em sua mente e coração para vida toda, pois a loira era alguém que havia marcado seus dias e a amava com todo o seu ser.
 
Antes de entrar no avião que a levaria de volta a National City, Lena esperou até o último segundo que fosse impedida pela loira que fazia o ar faltar em seus pulmões. Quem sabe, os milhares de livros de romance que leu durante a vida e sua carreira não se tornassem realidade para ela? Contudo, não havia ninguém ali gritando por teu nome e dizendo para ela ficar. Foi então que percebeu que estava de novamente sozinha. Seria difícil, mas teria que aprender lidar com isso de novo, só que dessa vez em um outro continente.
 
Quando chegou em sua enorme cobertura já de noite, se jogou em sua cama deixando um suspiro frustrado escapar. A noite seria longa sem ter Kara para abraçá-la, não havia nem seis horas que a tinha deixado, mas estava sentindo uma enorme falta. Tudo o que queria era sentir os braços dela ao seu redor e sua voz sussurrando em seu ouvido a chamando de meu bem. Ficava inteiramente tremula e derretida quando a chamava assim em um tom doce e de verdadeiro.
 
Encarando o teto, começou a ouvir o barulho dos trovões racharem o céu e não tardou a chuva começar a desabar. Se encolhendo na cama, sentiu algumas lágrimas molharem seu rosto. Era sempre assim, tudo que ela amava acabava perdendo e, mais uma vez, havia perdido muito. Foi assim que acabou dormindo naquele triste sábado que era para ser o dia mais feliz da sua vida. Estava chorando, sozinha no meio da cama e sem ninguém para a consolar.
 
Antes mesmo que o sol nascesse no domingo, Lena já estava de pé arrumando suas malas, tinha 48 horas para deixar o país de vez, então tinha que ser rápida. Quando parte de seus pertences estavam guardados, se dirigiu até a editora onde costumava ser a chefe. Mesmo que fosse domingo, ela ficava aberta e apenas alguns poucos funcionários trabalhavam.
 
Por uma última vez, entrou em sua sala e colocou em uma pequena caixa o que tinha ali. Não era muita coisa, apenas algumas agendar com anotações importantes, algumas canetas, blocos de notas, um vaso de flores artificiais e um porta retrato com um gato que nem era dela, mas gostava de achar que era. Abrindo uma das gavetas de sua mesa, encontrou o manuscrito que Kara a havia dado. Ela já tinha lido aquele texto autoral da loira muitas vezes, mas dizia que não porque tinha medo de perde-la como assistente.
 
A história de Kara era simplesmente um romance perfeito e com final feliz. Se ela quisesse só se dedicar a escrita, Lena tinha certeza que conquistaria o mundo. Se quisesse seguir sendo uma editora, os escritores teriam sorte por a ter cuidando de seus livros. A loira tinha o de fato o dom para tocar o mundo a sua volta com palavras.
 
Pegando o manuscrito, Lena foi até o lado de fora onde encontrou Gayle. A loira não estava ali quando ela chegou, mas se sentiu aliviada por vê-la, principalmente por causa do que iria fazer. Como tinha conhecimento que a jovem era amiga de Kara, sabia que ela faria exatamente o que fosse mandado.
 
— Gayle? — a chamou se aproximando — que bom te ver aqui.
 
A loira que estava com o cenho franzido, olhou para trás para se certificar que a toda poderosa Lena Luthor estava realmente falando com ela.
 
— Está falando comigo? — apontou para si mesma.
 
— Seu nome é Gayle, não é? — a jovem confirmou — e você é amiga da Kara, não é? — confirmou novamente — então sim, estou falando com você.
 
— Oh! — seus olhos azuis estavam sobressaltados já que aquilo era muito incomum — o que posso fazer por você, chefe? — perguntou com um pouco de receio.
 
— Eu não serei mais sua chefe — mordeu o lábio inferior — mas quero que faça uma coisa por mim. Na verdade, quero que faça uma coisa para a Kara.
 
— Cla-claro eu faço — balançou a cabeça afirmando piscando rapidamente — ela está bem? Desde que viajaram não consegui falar com ela e ela me deve dois ingressos para um show que eu escolher.
 
— Espero que sim — disse com um pouco de frieza, pois não queria revelar o que aconteceu — mas se ela te prometeu algo, com certeza vai cumprir.
 
— Esse é o jeito dela — sorriu sem graça achando que tinha perguntado demais — o que devo fazer por ela?
 
— Garanta que isso aqui vá para a edição, mas sem ela saber. Estará tudo autorizado até amanhã. Consegue fazer isso? — arqueou as sobrancelhas.
 
— Consigo sim, senhorita Luthor — pegou o bloco de folhas da mão da morena — mais alguma coisa?
 
— Não. Só faça isso e quando conseguir me avise por e-mails.
 
— Tudo bem.
 
— Obrigada, Gayle.
 
Enquanto Lena voltava para sua sala para pegar a pequena caixa, Gayle a observou de boca aberta. Em dois anos trabalhando naquela editora, a morena nunca havia sido tão gentil com ela. Bem, ela nunca tinha sido tão gentil com ninguém. Mas se Kara se interessou por ela a ponto de ficar noiva, provavelmente teria algo bom para mostrar. E também, a editora estava querendo fazer uma surpresa para sua amiga, ainda que não estivesse entendendo bem o que estava acontecendo e porque ela não seria mais sua chefe, a Luthor parecia empenhada em publicar a história de Kara. Tudo isso só podia significar que, talvez, ela não fosse uma bruxa, pelo menos não uma que só faz maldade.
 
Saindo da editora, antes de ir pegar seu carro, Lena atravessou a rua indo para a cafeteria em que Kara costumava comprar seu café todas manhãs. Um café sem açúcar, com leite e com canela vendia em outras partes do mundo, mas nenhum jamais seria como aquele que a loira a levava. Entrando no estabelecimento, fez o seu pedido e se sentou numa mesinha perto das enormes janelas de vidro para apreciá-lo. Sentar numa cafeteria para beber qualquer coisa não era o que costumava fazer e quando pensou que poderia fazer algo tipo, pensou em sua adorável ex assistente junto com ela.
 
A cada gole que bebia enquanto encarava um ponto fixo do outro lado da rua, percebia que Mike pudesse estar certo sobre o que disse a ela. Era triste admitir, mas talvez chegasse ao fim da vida sozinha. Poderia até fazer uma amizade ou outra, mas nada se compararia com a pessoa que cogitou que poderia envelhecer junto. Estaria no dia seguinte indo embora para seu país natal e deixaria em terras californianas pessoas que a tocaram verdadeiramente. Jamais ninguém conseguiria tanto.
 
Percebendo o céu escurecendo para voltar a chover, Lena deu uma olhada geral no local e saiu pela porta. Estava há anos morando em National City e agora que estava indo embora percebia que nunca aproveitou nada daquela cidade. Correndo até o carro quando os pingos grosso de chuva começaram cair, logo que entrou no veículo respirou fundo e seguiu até seu apartamento. Ainda tinha algumas coisas para resolver e tinha que comprar sua passagem aérea.
 
Voltando para casa, ligou para a sua advogada para resolver alguns assuntos para ela. Venderia seu apartamento mobiliado e seu carro. Quando chegasse na Irlanda ficaria um tempo em um hotel até arranjar um lugar para morar. Depois disso, teria que procurar um emprego. Provavelmente, retornar ao cargo de editora chefe não seria algo fácil, havia uma possibilidade real de trabalhar em cargos menores ou ter que ir para outro país para o bem de sua carreira. Não seria uma má ideia tirar um tempo para viajar, mas não se sentia disposta a isso. O melhor seria arrumar rapidamente um trabalho e se enfiar de cabeça nele para esquecer que um dia esteve triste.
 
Mais uma vez a chuva caia forte do lado de fora e Lena observava a tudo de sua varanda. Parecia que o céu estava triste que nem ela e não queria mais parar de chorar. O cheiro da terra molhada e as gotinhas de chuva batendo em seu rosto a fazia se sentir um pouco menos solitária naquela tarde de domingo.  Ali parada na varando e ainda tendo que resolver mil coisas — mesmo que sem querer — viu a escuridão da noite tomar conta do céu. Seria a última que veria aquilo acontecer da sacada de seu apartamento em National City e por isso queria aproveitar ou apenas tentar adiar o inadiável.
 
Depois de horas sendo uma espectadora dos fenômenos da natureza, voltou para o seu quarto para arrumar as últimas coisas. Estava colocando suas últimas peças de roupas em mais uma de suas enormes malas quando escutou a campainha tocar. Achou aquilo estranho, não estava esperando ninguém, não havia pedido comida e quando pedia descia para pegar, e os vizinhos nunca nem se quer foram atormentá-la. Novamente a campainha voltou a tocar, agora com muito mais insistência. Já pronta para descontar sua raiva e frustrações em cima da pessoa que a estava atrapalhando suas lamentações, abriu a porta com sua melhor expressão raivosa, mas então simplesmente ficou parada como estátua.
 
— Oi, Lena.
 
A morena piscou os olhos rapidamente tentando entender o que era aquilo. Só podia ter pego no sono em algum momento dia e agora estava sonhando que Kara estava parada em sua porta. Uma Kara completamente molhada pela chuva e com a expressão indecifrável.
 
— Vo... você... — foi o que conseguiu dizer.
 
— Eu mesma — passou a mão no rosto tirando alguns fios de seu cabelo grudados na testa — será que posso entrar ou vou ter que conversar com você daqui de fora?
 
— Entra — deu espaço para ela — vou pegar uma toalha para você.
 
Enquanto Lena ia buscar a toalha, Kara reparou duas malas no canto da canto da sala e não eram as mesma que ela tinha levado a Midvale. Não demorou muito, a morena retornou com uma toalhas em mãos a entregando para a loira.
 
— Obrigada — começou a secar os cabelos — me desculpe por estar molhando seu tapete, mas por causa da chuva o transito estava ruim, então eu tive que descer do taxi e vir correndo até aqui.
 
— Correndo? — a olhou sem entender.
 
Não era difícil para ninguém entender aquela frase de Kara, mas como Lena estava um pouco chocada por sua presença, seu cérebro não parecia estar funcionando direito.
 
— Sim, correndo — confirmou — não poderia correr o risco de chegar aqui e você ter ido embora. Por causa disso, vim correndo.
 
— Quer que eu prepare algo para você tomar ou... ou quer uma roupa emprestada? — sem querer, Lena perdia seu olhar na loira que estava com as roupas grudadas em seu corpo. Queria abraçá-la, mas poderia acontecer dela não quer isso.
 
— Não — a olhou nos olhos e a morena sentiu seu coração parar — como pode me deixar plantada no altar e vim embora? Como conseguiu fazer isso depois da noite que tivemos? Porque fez isso, Lena? — jogou a toalha no sofá — você não acha que me deve ao menos desculpas pelo o que me fez passar? Eu não merecia uma ligação o-ou uma mensagem pelo menos?
 
— Eu expliquei o motivo — engoliu o nó que estava na garganta — não podia te arrastar mais para aquilo. Sei que... que eu poderia ter dito antes, mas... — deu ombros — não quis te magoar, juro que não quis. Só não queria continuar fingindo. Me desculpa, tá legal. Sei que posso passar a minha vida inteira tentando me desculpar e não vai apagar o que te fiz passar, mas não era o certo te fazer mentir para as pessoas que você mais ama.
 
Kara concordou com a cabeça começando a andar de lado para o outro. Lena não sabia que o pensar sobre aquilo, estava apreensiva e observar a loira calada apenas perambulando por sua sala, não diminuía em nada seu nervosismo, mesmo que ela fosse a pessoa que mais a passasse calma.
 
— Você tem ideia do que fez na minha vida? — parou bruscamente e a fitou. Apesar de sua pergunta ser dura, sua voz não estava alterada, era doce e compreensiva como sempre — tem a mínima noção do que você causou em mim? — a Luthor abaixou o olhar negando — mas então você vai me ouvir falar como é. Na sexta-feira passada, você me envolveu em um grande plano só para você não ser deportada. Estando longe do trabalho e vendo como você era de verdade, eu percebi que eu sempre estive apaixonada por você, mas por algum motivo, nunca tinha conseguido notar até chegarmos a Midvale.
 
— Kara...
 
— Não! Você vai me ouvir e depois você fala o que quiser falar, mas antes vai me ouvir — deu um passo para frente ainda com a expressão indefinida — assim que reparei o que sentia por você, eu quis mudar as coisas, quis fazer você se sentir amada, cuidada, sentir que não estava sozinha no mundo. Eu te entreguei meu coração de uma forma que jamais fiz. Eu repeti que não me importava em esconder algo da minha família, porque eu queria você comigo — colocou as mãos na cintura fazendo uma pausa — a partir do momento que você dissesse sim, você seria a minha família e você sabia da verdade, então era isso que valia para mim.
 
— Kara... — tentou novamente para conseguir explicar de novo seu ponto de vista, mas a loira continuou a falar.
 
— Eu amo todos eles, mas eu não pertenço aquele lugar, mão mais — deu mais um passo em direção a morena que continuava parada em pé próximo a um sofá — eu te defendia das acusações do meu pai porque na minha mente aquele casamento já era real e não me interessava se não começou assim, se começou com uma mentira. Pra mim, ontem no fim do dia, você seria minha esposa e eu estava ansiando por aquilo. E daí que tínhamos um segredo? Isso era problema nosso — apontou para Lena e depois para ela mesmo — era uma coisa minha e sua. Casais sempre tem segredos e não há nada de errado nisso. Eu aceitei, fazer isso que fiz e aceitaria mil vezes.
 
— Como poderia dar certo se começou com um mentira? Se fosse para ter algo com você, eu queria que fosse real do começo ao fim — revelou — pode me acusar do quiser, sei que te magoei, mas gostaria compreendesse meu lado. Posso ser muitas coisas, Kara, e sei que já me viu mentindo para muitas pessoas. Mas não conseguiria fazer isso com quem eu amo, entende? Você por mentir por mim pareceu cruel no momento em que eu me dei conta do que sentia por você.
 
— Você é como... como um furacão na minha vida. Você chega, devasta tudo e depois vai embora — Lena apertou os lábios sentindo uma pontada de tristeza por saber que havia feito algo tão ruim na vida da loira — e sabe o que é pior? É que eu quero continuar fazendo de tudo para você continuar ao meu lado — a morena franziu o cenho — você acha mesmo que vim correndo na chuva só pra jogar na sua cara o que você me causou? Confesso, doeu como um inferno, desde ontem eu não como e nem durmo por sua causa. Mas acha, realmente, depois que eu te fiz uma promessa que jamais te deixaria sozinha, que eu só vim pra isso?
 
A Luthor não sabia o que o pensar, sua mente havia dado um nó muito grande e já não conseguia raciocinar direito.
 
— Veio pegar a joia da família de volta ou me fazer pagar pela festa que eu arruinei? — fez uma cara desentendida.
 
— Vim continuar meu relacionamento mais duradouro — se aproximou um pouco mais se ajoelhando e a morena sentiu que iria ter uma síncope a qualquer momento — Lena, ou melhor, meu bem — tirou algo do bolso de sua jaqueta — assim como você me disse que se fosse pedida em casamento queria que só fosse você e a pessoa e nada espalhafatoso — pegou uma de suas mãos — será que você pode, com mil coraçõezinhos — a Luthor riu — aceitar meu pedido de casamento? — mostrou a aliança de noivado — um pedido real e sem mentiras por trás? Porque assim, eu te amo muito pra te ver partir e não tentar recomeçar de novo de um jeito que você considere certo. Tenha dó dessa mera mortal que está de joelhos só querendo o seu amor.
 
Com a última frase, Lena gargalhou, pois ali estava a Kara dramática que vovó Danvers havia dito. O começo daquela conversa parecia que o fim seria ruim, mas, como sempre, a loira tinha transformado tudo em algo leve.
 
— Achei que ninguém nunca tinha despertado em você o desejo de casar — tentou provocar.
 
— Você desperta todos os dias trezentas coisas diferentes dentro de mim que eu nem sabia ser capaz de sentir — confessou com uma naturalidade quase palpável — e eu acho Luthor um sobrenome muito imponente, então eu queria ele pra mim — deu ombros — Lena — se levantou ficando próxima a ela — eu teria que ser muito tola pra não querer isso com você. Agora em nome dos deuses, me diz se é o que você quer também, antes que eu surte internamente enquanto finjo estar calma.
 
— E eu já te disse não alguma vez?
 
— Quer mesmo saber a resposta verdadeira? — arqueou as sobrancelhas a fazendo sorrir uma pouco mais — só diz sim ou não. Não é tão difícil assim. Pareço ser forte, mas meu coração tem um fraco muito grande por você, então não deixe ele sofrer.
 
— Mas e se a sua fa...
 
— Lena — disse calmamente — isso é entre eu e você e mais ninguém — a olhou nos olhos começando a rodear seus braços por sua cintura.
 
Por alguns segundos, Lena fingiu pensar na resposta, só para curtir mais um pouquinho o nervosismo da loira que estava quase colada a si. Kara tinha uma enorme expectativa no olhar que estava deixando transparecer por todo o seu rosto. Estava tão linda com aqueles cabelos molhados e os lábios rosados tão bons de serem beijados, que a Luthor quase esqueceu que tinha uma resposta para dar de tanto que queria a admirar.
 
— Sim! Sim! Mil vezes sim. Não teria outra resposta para te dar se não um sim.
 
— Eu disse que era difícil não se render aos meus encantos — sorriu de alívio e felicidade — primeiro eu vou te beijar para matar a saudade e depois eu coloco a aliança no seu dedo — guardou a aliança no bolso da calça e depois levou a mão até o rosto da morena — não me deixe plantada no altar dessa vez — deixou um beijo em sua pálpebra direita e depois a esquerda — não acredito que estou noiva da minha chefe gostosa — deu um beijo rápido na ponta de seu nariz quando ela riu pelo comentário — nem acredito que vou dormir e acordar com você todos dias — beijou seu queixo e depois a marquinha em seu pescoço — imagina quando eu espalhar na editora que vou me casar com a editora chefe, todos vão morrer de inveja — a apertou um pouco mais pela cintura, fazendo um carinho em sua face — acho que vou desmaiar de emoção.
 
— Eu te amo — Lena disse em um sussurro complemente rendida aquele sentimento.
 
— Eu sou muito apaixonante — deu um sorriso ladeado e Lena revirou os olhos — eu sei disso, não precisa negar — a olhou no fundo dos olhos — eu também te amo, meu bem — disse antes de finalmente beijá-la com ternura e paixão.
 

:)

The ProposalOnde histórias criam vida. Descubra agora