᯽ CAPÍTULO 5 ᯽

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Antes que eu saísse do carro, ele pediu que eu aguardasse e pegou a mochila preta de couro que eu nem se quer percebi que estava no banco de trás do carro:

  — Sei que vai me matar, mas você precisa aprender que nem tudo é do seu jeito. — disse me entregando uma pasta, e ele me olhou como quem já sabia da minha reação.

  — Seu cretino! Não acredito que fez isso! — eu peguei da mão dele com ódio.    — Você não podia ter feito isso comigo.

  — Na verdade, eu posso. — todo convencido.

  Eu desci do carro, e eu deveria ter agradecido, mas ele não merece isso. Por outro lado, eu estava feliz por ter conseguido, só não sei se estava pronta pra saber a verdade. Resolvi ir pro antigo escritório deles que por sinal estava numa poeira imensa, nunca tive o prazer de observar tão de perto e com todo aquele espaço, eu também não ia querer sair dali, sem dúvidas é um ótimo lugar pra trabalhar. A sombra da governanta na porta me fez a olhar e a expressão facial dela era de quem estava surpresa por eu estar ali.

  — Que foi? Vai ficar aí me olhando? — ela dei um riso meio sem graça.

  — Não querida, só queria saber se quer que eu mande um empregado limpa o espaço pra você? 

  — Na verdade, não... Agora não, quando eu terminar aqui podem limpar.

  — Como quiser.

  Ela se retirou e eu abri o envelope. Não tinha nada ali que eu já não soubesse, as folhas em preto e branco tinha numeração a partir da página 15. Se eu fosse advogada talvez tivesse acesso a tudo. Ambos morreram por hemorragia interna causada pelo impacto da batida. Meu celular tocou e era um número o qual eu não tinha registrado entre os meus contatos, em outro período eu iria ignorar a ligação, mas não custa nada ver quem é que está me procurando:

  — Alô?

— Jasmine, querida! Oi! É a Helena, sua vizinha! — respirei fundo e revirei os olhos como quem não estava afim de aturar ela naquele momento, mas já que eu havia atendido, não tinha saída.

— Ah, oi! Helena! Como vai? 

— Bom, vou direto ao ponto! Amanhã eu vou dar uma festinha aqui em casa, um jantar bem simples com familiares e amigos e eu gostaria que você viesse. 

— Amanhã? Ah... Eu acho que tenho um compromisso, preciso confirmar.

— Ah, nada disso! Você vai vim, não vai fazer essa desfeita comigo! — como ela é chata.

— Com certeza não, eu só preciso verificar se não tenho nada marcado.

— Eu vou ficar te esperando, por favor, faz o possível pra aparecer! 

— Ta bom, eu vou sim! Boa noite!

— Boa noite, querida! Tchau!

  Eu nem precisei me despedir pra desligar o telefone, mal pude ouvir quando ela disse tchau. Eu fiquei ali sentada naquela cadeira de couro macio e caro, podia dizer que era até mais confortável do que a minha cama e meus pensamentos de quem sentia saudade e as lagrimas que escorria pelas minhas bochechas fizeram com que os meus olhos ficassem cada vez mais pesados e se fechasse lentamente.

       A luz que passou pela enorme janela de vidro acabou me incomodando um pouco e fez com que eu despertasse logo cedo. Eu adormeci ali, na mesma posição e com o celular ainda na mão e dessa vez havia se apagado completamente. Tratei de subir pro quarto e enquanto tomava um banho tomei a decisão de que voltaria para a faculdade e iria fazer isso o mais rápido possível. 

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⏰ Última atualização: Feb 28, 2022 ⏰

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