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|narrativa de s/n|

Finalmente encerrei meu expediente na cafeteria, agora eu vou voltar para casa mas antes vou passar no parque e ligar para a Tia, ainda tá cedo são 15h da tarde, ela deve estar colocando as crianças do orfanato para lanchar. Tenho que dar uma passada lá no próximo fim de semana, amanhã eu vou descansar e me preparar para a longa semana de aulas infernais, nada fora do comum.
Enquanto caminhava em direção ao parque, vi uma dupla de pessoas que pareciam ser amigas, uma mulher muito bonita que se parecia com um gato e um homem alto, musculoso e bonito também, se eles não forem amigos, são um belo casal.
Passei por eles porque estavam no caminho e tive a sensação de conhecer um deles, mas não sei qual, quando olho de relance o homem estava meio que paralisado como se tivesse encontrado alguém que procurava a muito tempo e a mulher estava sem entender nada, gritando e sacudindo ele (realmente se parece com um gato). Pensei em me aproximar e tentar conversar com ele mas deixei quieto até porque seria estranho, né? Chegar em alguém do nada e perguntar tipo "opa, eu te conheço de algum lugar mas não sei de onde e também nem sei o seu nome" ia ser bem estranho, melhor só seguir o meu caminho e continuar o que eu ia fazer.
Segui até o banco, me sentei, peguei o celular e liguei para a Tia

- Oi Tia, boa tarde! Como tem estado?
- Oi minha filha! Estou bem e você, como está?
- Que bom! Estou bem, a vida tá corrida mas bem! Sabe Tia, acabei de encontrar duas pessoas e tive a sensação de já conhecer uma delas, estranho não?
- ...
- Tia? -- perguntei
- Ah, oi minha querida. Desculpe a demora é que precisei servir uma das crianças, enfim, quem você teve a sensação de conhecer?
- Ah sim, foi um homem, ele era alto e bonito, parecia uma divindade haha
- Haha sério? -- ela falou em um tom meio desanimado
- Sim, mas acho que não era nada. Bom, percebi que a senhora está ocupada então vou desligar e ligo mais tarde ou  amanhã, beijo! -- me despedi
- Claro, vou esperar sua ligação! Beijo filha! -- ela se despediu e logo desligou o celular

Achei estranho tal reação mas não me importei e voltei pra casa, no caminho passei em uma loja e logo fui para o ponto de ônibus, não vou gastar com táxi de novo (mão de vaca).

|narrativa da Tia|

Tudo tem estado bem, as crianças estão saudáveis e conseguindo bons lares, o orfanato está estável e minha filha está se mantendo fora daqui, um orgulho para mim. Não entendo o que os pais de s/n tinham na cabeça em deixá-la aqui, mas sinto que foi melhor para ela.
Mas depois dessa ligação da tarde dela, me preocupou, ele disse que não apareceria para ela tão cedo assim!

- Cupido mentiroso, só quer saber de si mesmo né? -- pensei em voz alta
- Sim, e dela também haha -- alguém falou atrás de mim, já até sei quem é
- Ah, claro que você estaria aqui, sempre me vigiando, vigiando ela e todos que a rodeiam, não é?
- É, você sabe como eu sou territorialista
- Sim, imagino
- A princípio, acho que já está na hora de me apresentar para ela, não acha?
- Q-que? Agora? Não acha que é muito cedo? -- me virei para falar cara a cara com ele
- Cedo? 21 anos já se passaram, não acho que seja cedo -- ele diz cruzando os braços
- Sim, mas- -- sou interrompida
- Mas nada, eu vou me apresentar para ela e ponto, seu papel como guardiã dela não vai mudar e ela não vai te odiar por tudo, relaxa
E antes que eu pudesse falar algo, aquele arrombadinho já tinha desaparecido, sério, quanta infantilidade.

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opa gente! mais um capítulo, espero que tenham entendido tudo certinho
nesse cap o cupido já mostrou as asinhas e vai mostrar mais ainda nos próximos capítulos
acho que o cap ficou um pouco longo comparado aos outros mas é que eu estava empolgada com isso e já tinha criado na cabeça hehe
até o próximo bj <3

why don't I fall in love? | ErosOnde histórias criam vida. Descubra agora