➥𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐀𝐒𝐓 𝐆𝐀𝐌𝐄 ➭ 𝙄𝙈𝘼𝙂𝙄𝙉𝙀 𝙶𝚛𝚎𝚐𝚘𝚛𝚢

Visit? or invasion? - Paralelo

Era 14 de março, e [Nome] chorava em seu quarto. Seu cachorrinho que você amava tanto, havia morrido atropelado. Seu nome era "Surpresa" pois seus pais deram ele a você em uma festa surpresa. Bom, não era o melhor nome de todos e muito menos o mais criativo, mas você amava aquele dálmata.

Gregory não sabia que você tinha perdido seu cachorro, ou melhor, ele não sabia que você tinha um cachorro. Surpresa ficou na casa da sua avó, no Brasil. Então, como ele saberia? O menino não tinha uma bola de cristal.

Enquanto você derramava lágrimas e mais lágrimas pelo o seu cachorro, o garoto se preparava arrumando as roupas que ia vestir para visitar a amiga. Pegava uma blusa preta e uma bermuda marrom de sua cabeceira do lado da cama. Procurava onde tinha deixado seus tênis brancos que tinha ganhado de presente do governo. Ele olhava em cada canto daquele grande quarto que abrigava tantas crianças. Mas não achou.

— Onde eu deixei isso? — Ele andava com os pés descalços por todo o lugar tentando achar os malditos tênis. Ele já tinha olhado embaixo da cama de todos alí,tinha olhado dentro dos armários do quarto e havia revistado também dentro das mochilas de seus colegas, só para ter certeza que ninguém tinha pensado que era seus e pegado sem querer. Até ele se lembrar de ter visto algo embaixo do armário maior que fica lá embaixo, no primeiro andar. Talvez, as freiras tenham guardado lá. — Será?

Ele andou até a porta de madeira que levava a saída do quarto, andou pelos corredores e estava prestes a descer as escadas. Até Katrina, uma das mais novas da casa, vir falar com ele.

— Hey, Gregory, então tenho que falar com você… Meio que… — Ela mexia os pés sem parar, coçava a cabeça, olhava para qualquer lugar, menos ele. O garoto sem tempo e já estressado que não conseguia achar os tênis se irritou mais ainda e continua a descer as escadas e ignora a menina. Ele já estava sem tempo e estressado, e a garota já o vinha torrar o resto de sua paciência que já era pouca? Acho que não.

— Não, espera aí, por favor, é que… — Novamente, ela tenta falar. E o garoto espera, mais uma vez, parando no meio da escada agora.

— Fale logo, estou sem tempo — Ele a dá um olhar mortal por cima do ombro, mostrando a ela que não estava com o humor muito bom esta manhã.

— Tá bem, então, é que os meninos pegaram aquele seu tênis azul, e sem querer o jogaram na privada — Ela fala isso e depois sai correndo, não querendo estar alí quando ele terminasse de entender a frase.

— É oquê?!

Ele sai desesperado em direção ao banheiro. Os tênis azul marinho era um presente que você deu a Gregory, no seu aniversário de 12 anos. Além de amar a cor que tinha o calçado por ela combina facilmente com tudo, ele gostava dele também, por ter sido tu que deu a ele. O menino nunca foi de ter muitos amigos e nem nada pela sua personalidade um pouco fria que às vezes chegava a ser irritante, por isso ele sempre ficava mais distante, para não atrapalhar. Mas, por algum milagre ele viu um apoio em [Nome], via ela como um escudo contra as coisas ruins. Era impossível o fazer ficar triste com vossa pessoa perto.

Ele corria o mais rápido que podia, até chegar à porta do banheiro masculino. Entrou lá e viu a cena de 3 dos meninos mais novos enxugando o tênis azul marinho do garoto um pouco mais velho. Ele estava um pouco chocado que oque Katrina tinha dito era verdade. Ele encostou o corpo na parede de azulejo branco do banheiro, esperando até um deles o perceber.

Um dos meninos o percebe e faz um olhar surpreso. Em poucos segundos o menino chama a atenção dos outros, e quando os outros dois o olham, ele aponta para o acastanhado que fingia pouco ligar para existência dos dois.

— Olha, a gente pode explicar — Jason, o mais novo entre os três começou

— Não é necessário, não se preocupem — Gregory disse olhando bem no fundo dos olhos de Jason. Ele dizia com a boca que estava tudo bem, mas com os olhos ele mostrava seu verdadeiro sentimento de irá — Sabe, eu não ligo mesmo. Até porque, não será eu que levarei sermão da Madre por ter quebrado os vasos do terraço.