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Naquela noite de Quinta Feira de 27 de Março não era planejado que a família Potter se divisse, tomando poções polissucos, se passando por trouxas enquanto se deslocavam cada um por um caminho que levava a Godric's Hollow.

Não era desse jeito que queriam passar o aniversário de 20 anos de James Flemont Potter. Ele que agora estava em um metrô, preocupado demais com a segurança de sua esposa, sem nenhum dos amigos receberem notícias de onde estava ou para onde estava indo.

Lily tentava manter a calma, enquanto o carro atrevessava a cidade. Ela olhava ansiosa pela janela, pensando em James e como hoje era para ser um dia especial, mas se tornara um dia de pânico e preocupação.

Lily foi a primeira a chegar e assim que entrou na casa, encontrou Dumbledore e Moody parados na sala. Era uma casa comum de subúrbio, como a que crecera. Logo no hall se via uma escada que levava para o segundo andar. A sala tinha um TV, de frente para um sofá com lugar para quatro pessoas, uma poltrona posicionada ao lado, a kesa de centro que tinha um vaso lindo de flores. Em cima da TV, um aparelho para fita K7 se encontrava e empilhados em cima dele vários filmes. Em uma cômoda se encontrava um toca disco e do seu lado estantes com vários discos de bandas e cantores que Lily amava, como Beatles e Elvis Presley.

Ela olhava a estante de livros quando no entando congelou ao ver uma foto sua, pocicionada em cima da lareira, ela devia ter seus 9 anos, em um Natal, usando um sueter. Ao seu lado estava uma Petúnia de 11 anos muito emburrada e... Severus Snape, como um tímido sorriso de lado, mas com um olhar meio tristonho.

Lily nunca tinha visto aquela foto, se lembrava der te-la tirado, mas não lembrava o que fizera com ela. Se perguntava onde Dumbledore a encontrara.

Ela se aproximou de Dumbledore, pronta para questionar Alvo sobre a foto. Mas foi interrompida por James e Arthur Weasley que o acompanhava. Assim que entrou voltou a forma de James Potter.

- Bom, acho que podemos começar o feitiço de proteção. - Falou Dumbledore.

- Espere - Falou James - Não precisamos escolher o fiel do segredo?

- Eu achei que seria adequado eu ser o fiel - Falou Dumbledore.

- Não quero ser rude, Alvo. - Começou James  - Mas acho que seria um desrespeito com nossos amigos. Vão pensar que não confiamos neles e eu não que seja assim, não quero criar meu filho em um ambiente de desconfiança.

Dumbledore olhou para Lily na esperança que ela contrariasse o marido.

- Escolhemos Sirius, e não tem ninguém que confiemos mais do que nele, Alvo. Acredito que é o melhor.

Então uma luz acendeu na mente de Dumbledore, Sirius era óbvio demais e se tornaria um alvo dos Comensais. E a muito, o diretor de Hogwarts suspeitava de que havia um espião de Voldemort na Ordem, tal qual ele havia um nos Comensais. Então o espião já saberia que Sirius estaria entre eles. O que Dumbledore pensou, era extremamente arriscado, nenhum dos dois concordaria com aquilo, mas agora ou ele arriscava ou tudo seria posto a perder.

- Não acho que Sirius seja uma boa opção, nenhum de seus amigos seria uma boa opção, James. - Falou Alvo fazendo o Potter abrir a boca para falar. - Acredito que serão os primeiros a serem procurados serão os três, e sei que há um espião na Ordem, então não é melhor. - James pensou em contextar, mas, Dumbledore estava certo. - Mas eu sei de um amigo de Lily, do qual Voldemort nunca irá desconfiar.

- Quem? - James perguntou.

Lily pensou por um minuto, então olhou para a foto na lareira.

- Não, Alvo... isso é loucura. - Lily falou.

- Exatamente! Por ser loucura que é a melhor ideia. - Dumbledore falou e Lily o encarou com incredulidade.

- Não sei... - Falou Lily.

- Quer que seu filho creça em um ambiente livre de desconfiança, por que não em um ambiente de perdão. - Argumentou.

- Espera, do que estão falando? - Perguntou James sem entender.

- Ele quer que o Snape seja o fiel do segredo! - Falou Lily recebendo um olhar chocado de James.

- O QUE? O RANHOSO? Não, definitivamente, não! - Disse James.

- Pensem só, Voldemort nunca iria suspeitar dele. - Dumbledore falou como se fosse brilhante.

- Nem precisaria Você Sabe Quem ir atrás dele, ele seria o primeiro a nos entregar. - James falou.

Dumbledore olhou para Lily, e então ela entendeu.

- Não, ele não iria nos entregar. - Falou Lily convicta.

- O quê? Não vai me dizer que... - Lily o interrompeu.

- James, ele não pode nos entregar, porque ele é o Espião de Dumbledore nos Comensais da Morte, foi ele quem avisou que estávamos em perigo. Se ele falar onde estamos, Voldemort saberá que ele é um espião. Ele fez um caminho sem volta, quando contou que estavam atrás de nós, se ele der para trás, Voldemort mata ele.

...

Snape caminhava por Godric's Hollow. Ele havia recebido uma mensagem por patrono de Dumbledore que pediu para que estivesse lá.

Ele chegou ao número 33 onde sua presença tinha sido requisitada. Ele havia tomado poção polissuco, usando a aparência de um vizinho, para não chamar a atenção.

Ele tocou a Campainha e o senhor atendeu e o olhou por cima de seus óculos meia lua.

- Entre! - Falou para o homem parado a porta.

Severus paralisou ao ver os Potter's sentado no sofá. A barriga de Lily estava aparente, era doloroso ve-la grávida e saber que era de Potter.

- Severus, lhe chamei pois decidimos que você será o fiel do segredo. - Falou Alvo, fazendo o homem tirar o olhar do casal e se direcionar a ele.

- Você está louco? - Perguntou ele fazendo Dumbledore sorri.

- Muitas pessoas acham que não sou são, mas lhe garanto que foi uma decisão lucida. - Comentou o mais velho. - Voldemort não desconfiará de você. Você é o braço direito dele, lembra?

- E por que acha que não desconfiaria? Ele não é burro, se ele suspeitar... se ele se quer imaginar essa possibilidade...

- Ele não vai - Garantiu Alvo. - Conheço ele muito bem, ele é cego quando se trata das coisas que ele não compreende, e ele nunca compreenderia porque está fazendo isso. Agora vamos, quanto mais cedo começarmos, menos riscos haverá.

Severus exitou por um momento. Proteger, Potter era algo que ele não suportava nem a ideia. Era ele e seu filho... não, ele não iria fazer aquela loucura. Então, prevendo o que Snape faria, Dumbledore resolveu apelar.

- Você tem uma divida comigo, quando lhe perguntei o que você me daria em troca do favor que me pediu quando correu desesperado a mim, você disse que daria qualquer coisa! Por acaso não é um homem de palavra? Talvez eu tenha cometido um erro e devia deixar para lá o que me pediu.

- Não, por favor, eu te imploro... - Falou de repente, fazendo James e Lily olharem em choque a reação do homem.

Severus, engoliu em seco, pensou por um segundo... afinal, o que teria a perder?

- Só uma coisa. - Disse ele se dirigindo aos três. - Ninguém pode saber... Ninguém! Prefiro morrer ou passar uma colonia de férias em Azkaban do que saberem que eu estou protegendo a família Potter.

Lily abaixou a cabeça depois de ouvir o nome da família ser proferido com tanto desdém. Quando ela pensou em mandar ele embora, Dumbledore deu a palavra final.

- Que seja! - Disse o velho.

Ordem da Fênix A Primeira Guerra BruxaOnde histórias criam vida. Descubra agora