Capítulo 31

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Sabe o que você me deve? O respeito de não me fazer ter que ouvir as suas explicações.

Bella

Cada palavra que saia da boca de Andrea, eu me perguntava se não era melhor parar.
O meu o ódio pelas vagabundas, já estava transbordando, e isso não mudaria mas nada.
Mas é a questão, é que eu estava começando a ficar com ódio do meu marido.

Porra. Eu olhei pra Andrea me perguntando, qua era a dele.
Olha bem, eu não sou hipocrita. Se eu me arrumo e saio pra dançar com Nina, por exemplo. E um cara chega e dá em cima de mim descaradamente, eu vou rejeitar e me afastar. E não preciso contar pra Andrea, porque eu nunca mais terei contato com ele.
Mas não era esse o caso.

O caso foi que Andrea conviveu com elas diariamente, por mais de dois meses.
Ele falava com elas todos os dias, e ele não cortou as investidas. Se ele tivesse feito isso, na primeira investida, isso não teria ido tão longe.

- Sereia, porque não esquecemos isso. Nunca dei nenhuma liberdade a ninguém. Só existe você pra mim.

- Eu considero um tiro em você a cada palavra. Porra. Se você deixa a porta aberta, não pode reclamar se uma cobra entrar.

- Sereia, eu passei dois meses sozinho tentando fazer tudo que eu, podia para os pequenos melhorarem e sentir amado. E no restante do tempo eu ficava contando tudo pra você, eu não queria que você perdesse nada. A última coisa que eu reparava era se alguém estava me dando mole.

- Mas teve uma hora que você percebeu.

- Não. Nina e Lorenzo foi quem percebeu, e

Eu cortei ele sem acreditar. Nina era a pessoa mais distraída no mundo pra essas coisas, ela nunca percebeu Ellena se derretendo por Lorenzo. E não era nada discreto, se Nina percebeu, a coisa era bem mais escancarada do quê Andrea estava me contando.

- Você quer me dizer que Nina, Nina percebeu e você não?

- Sereia, Nina estava olhando tudo de fora, eu só enxergava vocês quatro.

- O que ouve pra Nina perceber?

- Celine apenas me elogiou como pai.

- Apenas né, sei. Continuei , e depois que eu acordei, você já não podia fingir de cego, e já sabia do interesse. Porque não me contou.

- Você ficou três meses de coma, e acha que eu ia levar algo tão insignificante pra você. Não fiz, e se voltasse no tempo eu não faria. Porque não para de focar nelas e foca em nós. Eu não retribui, alimentei nada, eu apenas me dediquei a vocês, eu só pensava na minha família.

- É impossível discutir com você, você acha que apenas você tem razão. E então momento algum levou meus sentimentos em consideração.

- Não. Essa é você. Eu acho que você está fazendo tempestade em copo d'água. Quer da uma lição nelas, tudo bem. Quer ficar com raiva de mim, tudo bem. Mas não queira jogar pra mim uma culpa que não tenho. E você é a única pessoa que só ver seu lado aqui.

- Claro você é perfeito demais.

- Eu nunca fui perfeito, mas você quem adora encher os espaços vazios com problemas.

- Va se foder filho da puta desgraçado.

Ele me olhou, depois levantou e saiu do quarto. Eu ainda tinha menos de uma hora até pousarmos.
Mas eu não conseguiria dormir. Andrea praticamente tinha defendido as putas, e ele fazia questão de se dizer inocente de tudo.
Mas a verdade é que talvez não ouve-se nenhum mocinho nessa história toda, éramos todos viloes . Mas ser uma vilã não tornava minhas dores e percas menores. Talvez as fizessem ainda maior.

Amor em chamas Onde histórias criam vida. Descubra agora