Capítulo 4

96 9 3
                                    

Agora o corredor estava lotado, várias pessoas correndo e conversando, acompanhei um grupo de pessoas que disseram que ia tomar café. Era um salão enorme com quatro mesas, sentei aonde as pessoas estavam com o mesmo uniforme que eu, estava me sentindo estranha, todo mundo estava me olhando, principalmente um grupo que estava na mesa do outro lado do salão. A hora do café acabou, o diretor mandou a gente ir para sala, mas um desafio, encontrar a sala de poções, procurei o Ryle, mas não encontrei, eu não podia ficar parada, então comecei a procurar, pelo menos tinha um pergaminho com os números das salas. Cheguei em um corredor que eu tinha quase certeza que a sala era ali, estava uma loucura, tinha três garotos correndo soltando umas bombas, elas não faziam um barulho tão alto, mas em compensação o cheiro, tampei meu nariz e continuou andando, até que uma acertou meu braço, não doeu, só assustei com o impacto, mas fiquei irritada, os três pararam e ficaram me olhando.

— Seus idiotas, eu devia fazer vocês engolirem essa merda.

— Desculpa. — Um dos garotos estão recolhendo as bombas do chão.

— Calma, nervosinha, você só passou na hora errada.

— Na hora errada? Eu estava indo para aula.

— Só estávamos nos divertindo.

Entrei atrasada na sala, ela era escura e cheirava caldeirão queimado, as mesas cabiam quatro pessoas e a maioria estava ocupada.


— Ei, garota da porta.

Uma garota ruiva estava de pé acenando para mim.

— Você é a garota nova?

— Sim, prazer, me chamo Catarina e vocês?

— Sou a Ella, aqueles são o Miles e Henry.

— Senta aqui conosco. — disse Miles, puxando uma cadeira.

— Você veio de onde? — Perguntou Ella.

— Brasil, eu estudava no castelo bruxo.

— Já ouvi falar.

— Você se mudou para cá porquê?

— Então, meus pais morreram em um acidente de carro, e tive que vir morar com a minha tia.

Eles ficaram em silêncio, me olhando com cara de pena.

— Relaxa, gente, está tudo bem, meio que já me conformei, não tem o que fazer mesmo.

Miles pegou na minha mão é sorriu. O Snape entrou na sala é já começou a falar o que tínhamos que fazer.

— As instruções estão na lousa e só seguir corretamente que dará certo, como vocês já sabem não aceito erros. — Ele olhou fixamente para mim.

Comecei a separar as coisas.

— Já fez amizade com alguém?

— Ainda não.

— Como não, a gente não é ninguém. — disse Ella.

— Só com vocês. — Sorri enquanto colocava uma raiz no meu caldeirão.

Levantei para pegar um frasco que estava faltando e o garoto ruivo das bombas estava sentado atrás de mim, revirei os olhos, peguei o que precisava e voltei para meu lugar. Um homem esquisito  entrou na sala é a pontou para os três garotos do corredor.

— Vamos, Sra. McGonagall, está chamando vocês.

A aula acabou, o Ryle está me esperando na porta.

— Oi, Catarina, desculpa não ter te ajudado, tive um problema.

— Tudo bem, não foi tão difícil.

— Vamos, Cat. — Ella estava me chamando.

— Depois a gente se fala.

Tinha um mural no corredor com fotos e os nomes dos jogadores de quadribol, e lá estava os gêmeos, ruivos, cabelos comprimidos e feição que explodiria hogwarts fácil, eles tinham algumas características que os deixavam diferentes, e posso estar enganada, mas acho que foi o George que aceitou a bomba em mim.

Depois da aula fiquei com meus novos amigos na comunal, eles eram incríveis, super divertidos, principalmente o Miles, eu nunca ri tanto na minha vida, eu estava precisando disso. Todos me contaram sobre a vida deles, Ella disse que assim eu ia me sentir mais próxima a Eles.

— Sua vez, Cat. — disse Ella, ninguém nunca me chamou assim, mais até que estava gostando. — Conte sobre você, seus hobbies...

— Eu amo pintar, tirar fotos, ler e quadribol, jogo como artilheira.

A porta da comunal abriu era o Ryle. Ele sentou atrás de mim.

— Então, tem uma integrante no grupo de vocês, achei que eu ia pegar ela para mim primeiro.

— Ninguém mandou ser lerdo, Ryle.

— Na verdade, vim falar com você, Henry, sobre o treino de amanhã, pois, o Alex se machucou feio e não vai mais poder jogar.

— Eu já tenho a solução, a Catarina, joga no lugar dele.

— Eu?

— Sim, você disse que joga, e estamos precisando de um artilheiro.

— Sei não.

— Ótimo, te vejo amanhã no campo.

— Mas, eu nem aceitei a proposta.

— Ela aceitou sim. — Ella jogou uma almofada em mim.

Ryle, Henry e Miles subiram para o dormitório, para discutir sobre o treino, percebi que a Ella estava me olhando de um jeito esquisito.

— Que foi?

— O Ryle, o garoto mais desejado de hogwarts está interessado em você.

— Claro que não, a gente se conheceu hoje.

— Não quer disser nada, te conheci hoje é já gosto de você.

— Você estão delirando. — Estendi mão e a puxei.

— Você sabe que não estou. — Ella passou o braço sobre meus ombros e subimos para o dormitório.

Finalmente tinha feito amigos de verdade, no Brasil eu tinha alguns, mas eu não me sentia acolhida, deitei na casa e finalmente podia respirar aliviada, meu primeiro dia foi melhor que eu imaginava.

The dark world - George Weasley Onde histórias criam vida. Descubra agora