Capítulo 5

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Acordei e vi que tinha várias mensagens no meu celular, Ella tinha me adicionado no grupo deles, dei um sorriso e fui me arrumar.

A comunal estava vazia, subi as escadas e dei de cara com Fred, George e Lino. O George parou na minha frente, ele era o dobro do meu tamanho.

- Foi você né?

- O que?

- Não se faça de inocente, Carter, você entregou a gente para a Minerva.

- Sai da minha frente, seu idiota.

Bati meu braço contra o dele e segui para o salão. Sentei ao lado do Miles. Fomos para primeira aula, era de herbologia, não era minha matéria favorita, sentei na mesa na frente do George e percebi que ele ficava me olhando, sei que ele estava tentando me intimidar, espero que ele tenha percebido que não funcionou. A aula terminou e fui até o campo de quadribol com o Miles e Henry, Ryle estava esperando a gente na arquibancada.

- Estamos aqui, mandão, até parece que você é o capitão.

- Não começa, Henry, só queria resolver isso, os jogos estão se aproximando.

- OK, você tem razão.

- Bom, Catarina, não tenho muito o que falar, acredito que você sabe o que fazer.

- Sei, até melhor que vocês.

- Duvido.

- Não duvide de mim, Ryle.

- Foco aqui, galerinha. - Miles me deu um pequeno empurrão.

- Hoje tem o nosso primeiro treino do ano, e não chegue atrasada, a grifinória vai usar o campo depois.

- Tudo bem, estarei aqui.

Miles entrelaçou meu abraço no meu e pegou no pulso do Henry e saiu nos puxando.

- O Ryle está gostando de você, mas do que era para estar. - Miles cochichou.

- Não começa você também.

O dia foi cansativo, só queria deitar na minha cama e ler meu livro, mas ainda tinha o treino, coloquei o uniforme que o Ryle deixou na minha porta, peguei minha vassoura e fui para o campo, tinha alguns alunos nas arquibancadas assistindo o treino. Parei do lado do Miles, ele estava preparando as bolas.

- Bom que não vamos perder tempo de explicando. - Henry passou o braço em volta no meu pescoço.

- Então, agora temos uma garota no time? - Eu me virei e tinha um garoto loiro parado me olhando.

- Parece que tem. - Ele estendeu a mão para mim.

- Prazer, sou o Draco Malfoy, meus pais falaram de você, sua tia e eles são amigos.

- Eu não sabia, ela nunca falou de vocês.

- Parem de conversa, vamos começar. - Ryle estava no meio no campo.

- Adrian e Granham são artilheiros também, Draco o apanhador, Ryle goleiro e Henry e eu somos os melhores apanhadores de hogwarts.

- Sei que são. - pisquei para ele e subi na minha vassoura e esperei o sinal do Henry. Já estava na minha posição, peguei a goles e saí em disparado, desviando de todos, Ryle estava se preparando para defender, mas dei um giro que foi mais rápido que o reflexo dele, e com isso fiz meu primeiro gol. Pousei, Miles e Henry vinharem até mim.

- Realmente você é muito boa.

- Sabia que séria uma ótima escolha. - Ryle estava voando sobre a minha cabeça.

Treinei bastante e fiz vários gols, e sei que, no fundo, o Ryle não gostou muito. Estava indo para o vestiário e o pessoal da grifinória já estava entrando no campo.

- Não sabia que a sonserina agora tinha jogadora em miniatura. - Não precisei me virar para saber quem tinha fala aquilo, continuei andando e entrei no vestiário.

Olhei meu celular e tinha mensagem no grupo, a Ella estava chamando a gente para assistir um filme, respondi que daqui a dez minutos estava lá, coloquei meu celular de volta no armário e comecei a desamarrar meu uniforme, até que alguém apareceu no nada atrás de mim, era o Ryle, segurando uma caixinha.

- Pega, é para você.

Era um pingente de cobra que os alunos da sonserina usava na gravata.

- Ryle, obrigada.

- Não precisa agradecer, é um presente de boas-vindas. - Ele beijou minha mão é saiu.

A Ella tinha organizado um mini cinema no seu dormiorio.

- Foi pegar comida com os elfos de novo?

- Sim, eles disseram que posso ir quando quiser.

O filme era de romance, não era meu gênero preferido, mas até que era legal. Terminamos de assistir e eles foram para seus dormitórios, mas ainda não estava com sono, então, resolvi ir até à biblioteca. Entrei e me sentei no lugar mais escondido, peguei uns livros e comecei a fazer umas notações, a porta abriu e me assustei, fiquei paralisada, era um aluno da corvinal ele parou e ficou me olhando.

- Oi, não se preocupa, não vou falar que te vi aqui depois da hora de dormir. - Ele sorriu. - Me chamo John.

- E...Eu sou a Catarina, e também não vou.

Ele sumiu em meio as prateleiras, e voltou com uns cinco livros.

- Posso me sentar aqui?

- Claro.

Conversamos algumas vez e ele era meu gentil e educado.

- Deve ter sido difícil para você ter vindo para uma escola nova.

- Para ser sincera, foi mais fácil do que eu imaginava.

- Você mora com seus pais?

- Com a minha tia, meus pais morreram em um acidente de carro.

- Sinto muito, entendo um pouco da sua dor, perdi meu pai e moro com a minha mãe e meu irmão mais novo.

- Sinto muito também.

- Meu pai era maravilhoso, era minha expiração, ele trabalhava em dois empregos, para dar o bom e do melhor para gente, nos temos uma loja de vassouras, mas o que ele gostava de fazer era trabalhar no ministério da magia, como auror, ele foi morto por um bruxo das trevas, fazendo o que amava. Vou dar muito orgulho para ele.

- Na verdade, John, ele já tem muito orgulho de você. Não podemos tocá-los e nem vê-los, mas sei que de alguma forma eles estão presentes nas nossas vidas.

- Digo o mesmo para você, fiquei paralisado vendo você jogar, você é incrível.

Fiquem sem graça, apenas agradeci e abaixei a cabeça.

- Estou ficando cansado, boa noite, Catarina, espero estudar com você outra vez.

- Boa noite, e só marcar, que nos encontramos clandestinamente de novo aqui.

Fiquei mais uns dez minutos, terminei minhas anotações e saí da biblioteca. Consegui voltar para o meu dormitório sem ninguém me ver. Coloquei meu pijama e deitei, estava tão cansada, nunca tinha dormido tão rápido.

The dark world - George Weasley Onde histórias criam vida. Descubra agora