Capítulo 1

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Nascida do fogo, esse é o significado de seu nome

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Nascida do fogo, esse é o significado de seu nome. O que quando se sabe dos fatos, é até irônico. Polly Gray a matriarca da familia Shelby, a salvou de um incêndio no orfanato de Birmingham, adotando a garota, que foi a unica sobrevivente do fatídico dia. Kendra Gray sempre pedia por mais detalhes e repostas daquele dia, mas Polly nunca lhe dava os detalhes que a filha tanto pedia, alegando que seria melhor esquecer. O que significa que vindo de Polly Gray, que aquele incêndio não foi um acidente, e Kendra sabia disso.

Ela sempre tenta achar pistas que a levem a ter respostas daquele dia. E sempre que a garota chega perto de algo, Polly sempre descobre, e quando a reconhecem ficam com medo das ameaças da matriarca, em falar qualquer mínima coisa sobre esse dia. Deixando Kendra frustrada mais uma vez.

A garota tinha apenas cinco anos quando acabou parando na família Gray-Shelby, e mesmo não lembrando de muito, somente do que Polly e os meninos a contam. Tommy foi o primeiro a comemorar a sua chegada, e a fazer se sentir acolhida. Nos anos que se passaram, eles eram como irmãos para a pequena Kendra, com exceção de Tommy. Aos 12 anos, ela percebeu que não gostava dele como irmão, e sim como algo a mais, porém não sabia se ele a correspondia da mesma forma.

Eram inseparáveis, cantavam tudo um ao outro,  bom nem tudo, já que aos quinze anos, Tommy descobriu por seu irmão John, que Kendra gostava dele. Então, para não a ver triste,  ele não contava sobre as mulheres que ele pegava em suas noites de libertinagem. Neste mesmo ano, Kendra teve o seu tão esperado primeiro beijo.

Birmingham, 1913.

Já passava das 22:00 horas, quando Thomas e Kendra estavam conversando no quarto do jovem. Quando ele puxou o tão temido assunto, pelo garota a sua frente.

- John me contou uma coisa, a alguns dias. - ele fala olhando atentamente em seus olhos, ele estava sentado em sua frente na cama, com seu pijama de sempre. E o cabelo molhado, pois acabará de tomar um banho.

- É? E o que ele contou? - falou tentando não mostrar nervosismo, mas ela sabia que era impossível perto dele. Ela ver um sorriso surgir em seus lábios, então se pergunta "como não ficar nervosa?"

- Ele disse que tem sentimentos por mim, romanticamente falando. - Ele a olha esperando que fale algo, mas ela desvia o olhar. - Tampinha, sabe que tem que esquecer essa ideia. Você é uma garota incrível, mas eu já sou um homem, e você tem que aproveitar a adolescência. E... - ficou receoso para falar a última frase, e ela percebeu.

- E? Eu sei que não podemos ter nada, mas eu não mando nos meus sentimentos, Tommy. E não se preocupe, eu não fico criando esperanças em questão de nós dois.

Sem nem notar os movimentos rápidos do homem ao seu lado, ela semte seus lábios serem tocados pelo dele. Ela não sabia o que fazer, havia visto muitos beijos, nas ruas ou até em casa dos garotos e suas namoradas, mas ainda não nunca havia dado um beijo na vida.
Mas, aos poucos a garota pegou o jeito, pelo menos era o que estava achando. E a sensação de beija-lo, sentir seu gosto, era absurdamente incrível, ela sentia um frio bom na barriga, e queria que aquele momento durasse para sempre. Mas, quando o ar se fez ausente entre os dois, pararam o beijo. Ela o olho bem nos seu olhos azuis, azuis tão intensos e felizes, que era impossível sair do transe que eles me causavam.

O Abismo Entre Nós - Peaky Blinders Onde histórias criam vida. Descubra agora