Part 3- As aparências iludem

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5/09/2015


Acordei, pensei logo que iria ser um dia cansativo e fui tomar um bom banho.

Vesti me, tomei o pequeno-almoço e como estava a ficar atrasada, peguei na minha mala e no telemóvel e sai a correr.

Mal entrei na escola e Dave já estava à minha espera.

-Então como foi o encontro?

- Não há nada pra contar Dave, ela não apareceu.

- Pois eu já sabia.

- Como assim já sabias?

-Já a conheço, se não foi á escola, também não Vai ao Starbucks mesmo que seja ela a combinar.

- Dave?

-sim?

-o que sabes sobre ela?

- Só sei os que as pessoas contam.

-e o que é que as pessoas contam?

- Constança, não vás por ai.

- Porquê? Dave, por favor conta-me.


E toca para entrar. Mais uma Dave escapa à pergunta. Porque será que ele não me quer contar? Eu sei que ele sabe algo. Tenho a impressão que ele não sabe só o que as pessoas contam. Ele sabe algo mais. A maneira dele quando eu falo nela. É estranho. Tenho mesmo de descobrir o que se passa.

De repente sinto uma mão a tocar-me no ombro. Era Atena. Eu estava com um bocado de receio.

-Constança, porquê não atendes-te ontem o telefone?

- Porque não foste ao Starbucks ontem como combinado?

- Tive de ir a um sítio.

- Que sitio?

-ok. Eu tenho de ir para a aula mas no intervalo eu explico-te tudo prometo. Encontramo-nos no refeitório?

-ok. Lá estarei. Não faltes.

E fomos cada uma para seu lado. Entrei na sala, novamente atrasada. Sorte era a professora ser compreensível. Desta vez sentei-me a atras de uma rapariga ligeiramente mais baixa que eu. Mas não adiantava porque eu só conseguia pensar no que Atena tinha pra me dizer.

A aula passou e não me concentrei nada, como combinado fui ter com Atena ao refeitório onde Ela já estava á minha espera.

-Vamos sentar? Perguntou

-Vamos.

Sentámo-nos e fiquei á espera que ela falasse.

-Desculpa não ter aparecido ontem.

Finalmente ia ouvir o porquê de ela ser "diferente". Por mais que eu estivesse curiosa, eu também estava um pouco nervosa.

-Então? Disse nervosa.

-sabes Constança, ao contrário da tua, a minha vida é complicada. Eu quando era pequena o meu pai batia na minha mãe.

-sério? E tu?

- eu tinha dois anos não podia fazer nada.

Ela olha para mim e diz:

-espero que me possas perdoar.

-perdoar o quê?

- depois do que te vou contar... tu vais passar a odiar-me.

Depois daquela palavra "odiar" eu fiquei assustada. E disse:

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