Christian

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Eu sou irmã de um criminoso, é claro que ele trata de colocar toda a segurança atrás de mim para me proteger e não acontecer o que aconteceu com a mamãe.

Não é tão fácil e nossa vida é sempre corrida, com os trabalhos do dia a dia meu irmão fez questão de colocar um dos seus braços direitos como meu segurança pessoal, o Christian.

Nós nos aproximamos muito com o tempo além de segurança ele era uma boa companhia. Mas depois de um tempo ele não era só mais um amigo pra mim, já estava completamente apaixonada por ele, enquanto ele só me olhava como a irmã indefesa do seu melhor amigo.

Tudo que tínhamos feito foi nos beijar numa boate uma vez, mas ele estava tão bêbado que não deve nem se lembrar. Enquanto eu sinto borboletas na barriga toda vez que me lembro disso.

Faltavam apenas vinte minutos para saírem na próxima missão e eu resolvo falar com ele, o medo de nunca mais vê-lo por acontecer o pior me faz ficar ansiosa. Então achei que se falasse mais rápido os meus sentimentos, talvez fosse melhor.

Não aguentava guardar mais isso dentro de mim, não podia mais ficar ao lado dele sem poder beija-lo ou ao menos abraça-lo. Meu coração se acelerava tanto que faltava sair da caixa torácica e pular pela boca de ansiedade. Tinha concentimento de que como ele me conhecia seria mais fácil conversar com ele e resolver isso.

Porém estava completamente errada.

- Você precisa entender que nós não temos absolutamente nada S/n! Eu sou só o seu amigo, seu segurança. Será que não perceber todas as vezes que eu chego com mulheres aqui?

A cada palavra dita por Christian era como se meu coração estivesse no meio de um tiro ao alvo, cujo o jogador acertava em cheio.

- É claro, eu não passo de uma garota indefesa pra você, não é? - Disse sem me importar com as lágrimas desesperadas que caiam desesperadamente. - Quer saber... Eu espero que vá a essa missão e que dê tudo errado, seus suicidas do caralho! - Christian agora se encontrava assustado, eu nunca tinha gritado com ele e não era do meu feitio xingar. Mas eu só queria por toda aquela dor de amar alguém e não ser correspondido para fora.

- Vai ser uma missão como todas as outras, não precisa ser tão pessimista assim. Ele bravejou. - E eu não tenho culpa de você gostar de mim, não podemos controlar o que há no nosso coração, não tenho culpa de você está assim histérica ou de você querer ficar grudada a mim o tempo todo. EU NÃO TENHO CULPA, S/N!

De repente Christian veio pra cima de mim e tudo que fiz foi fechar os olhos, tendo medo dele pela primeira vez. Ele estava certo, ele não tinha culpa dos meus sentimentos tolos por ele, é claro que eu não chegava aos pés das mulheres que ele costumava dormir toda a noite.

- Tem razão. - Suspirei, engoli o choro e enxuguei o rosto molhado. - Faça o que quiser porque eu não sou nada na sua vida.

Subi as escadas correndo e bati a porta do quarto, ele precisava ser tão insensível assim?

Claramente eu não tinha impacto algum na vida dele, em meio as drogas, amigos e mulheres eu era apenas a irmã mais nova do Nano que ele precisava vigiar diariamente.

É claro que não o obrigaria a gostar de mim, mas é tão ruim não ser correspondida. Todos os meninos que gostei na vida me trocaram, porque com Christian seria diferente?

|... |

Christian chegou cansado da missão, tomou um banho relaxante e vestiu um short. Ao verificar novamente o leve corte no braço pensou na briga de minutos atrás com a irmã do seu patrão/amigo.

Não podia negar que gostava da garota, ela era tímida, engraçada, bonita e tinha um estilo único. Mas ele não queria perder aquela vida, onde ele era livre para pegar quem tinha vontade de pegar. Para Christian amar era a palavra mais forte que existia na terra.

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