📌Segunda, 06:15 AM
Acordei com o despertador tocando, sempre tão pontual. Odiava acordar cedo, ainda mais sabendo que as aulas iriam retornar após um longo verão. Ter que voltar a essa rotina me deixava ainda mais desmotivada, odeio o fato de ter que ir à escola, pelo simples fato de me olharem estranho.
Aos 8 anos de idade fui diagnosticada com Surdez Congênita, uma perda de audição ainda no começo da gestação, é um problema genético, já que o meu avô sofre do mesmo que eu. Sendo assim, eu tenho que usar um Aparelho Auditivo, caso contrário, não tenho a capacidade de captar muito bem sons e palavras, se eu estiver distante.
Isso acaba me afetando de certa forma, claro que na maioria das vezes posso esconder o aparelho com os meus fios de cabelos, mas não posso fugir das piadas pelos corredores da escola. Eu tento ao máximo não me chatear ou me deixar abalar com tais comentários, e as vezes funciona muito bem.
- Hora de levantar, deixa de coisa. Você não pode deixar que as pessoas façam piadas com você. Você é forte e consegue enfrentar tudo isso! - Falei baixinho comigo mesma.
Levantei da cama em um sobressalto. Segui até o banheiro para tomar um banho e despertar do resto de sono que ainda me consumia. Após o banho quente, coloquei o meu uniforme da escola. Ele era ridículo, mas era obrigatório. Ajeitei meus cabelos, dessa vez optei por uma trança, deixando ele preso.
- Perfeito! — Ajeitei o meu aparelho auditivo na orelha, ele não me incomodava, era confortável e eu já estava acostumada com ele, afinal de contas, uso desde os 8 anos de idade.
Sai do meu quarto com a mochila nas costas e não podia deixar de pegar a coisa mais importante da minha vida: O meu diário.
Ele me acompanhava a qualquer lugar que eu fosse, seja longe ou perto, estava sempre ao meu lado. Guardei ele na mochila e seguir para a sala das refeições, encontrando os meus pais já postos à mesa.
- Bom dia família! Pronunciei empolgada, o café da manhã era a minha refeição preferida.
- Bom dia meu docinho, dormiu bem? - O meu pai perguntou, ele estava sempre tão animado ao amanhecer, já a minha mãe, ela era mais fechada.
- Dormi muito bem pai, obrigada por perguntar, E o senhor? - Sentei a mesa me servindo com uma xícara de café.
Como um anjo - Gargalhamos.
A minha mãe parecia perdida em seus próprios pensamentos, estava imersa, olhando para longe. Poderia dizer que ela nem estava presente na mesa.
Mãe, tudo bem? - Perguntei tirando ela de seu transe
- Tudo ótimo, querida, só estava pensando em algumas coisas.
- Problemas?
-Coisas sem importância, não se preocupe
Sorriu.-Animada para o retorno à escola?
- Um pouco, confesso que estou com um pouco de insegurança... pessoas novas e...
- Não se preocupe filha, vai ocorrer tudo bem e se por acaso não ocorrer, me chama que eu resolvo tudo - O meu pai fechou os punhos dando socos no ar.
- Opa, sem violência nesta casa! - Mamãe
pronunciou, acabamos caindo na risada - Acho melhor irmos, se não, vamos chegar atrasados.Eles sempre me deixavam na escola e iam para o trabalho. Eu amava passar mais tempo com os meus pais, eles são as pessoas mais importantes da minha vida. Sempre tão presentes e compreensivos. Pegamos nossas coisas e fomos para o carro. O meu pai deu partida, seguindo o nosso destino.

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imagine~ Elite
Fanfictioncada capítulo uma emoção diferente, com imagines longos e legais, se vcs gostam de Elite fiquem aq e vejam minha "história". Sn: seu nome S/s:seu sobrenome início:01/03/22 termino:31/03/22