Capítulo 3

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Angel

O dia seguinte foi uma correria. Era fechamento de semana, com hóspedes chegando e outros saindo por completar os setes dias do pacote e precisei ficar praticamente o tempo todo na recepção.

Falei com Diogo logo pela manhã, enquanto ele tomava café da manhã, mas depois só consegui vê-lo de longe, já que ficou a maior parte da manhã em uma das espreguiçadeiras ao redor da piscina, dando-me uma visão privilegiada do seu corpo sob o sol.

Precisei me concentrar, mesmo amando aquela paisagem na minha frente.

No período da tarde, depois de almoçar rapidamente na cozinha, Cirilo me avisou que estava saindo de buggy com nosso hóspede especial e sorri, sabendo que Diogo estaria em boas mãos.

Os dois voltaram perto das seis da tarde e pela fisionomia de Maldonado tudo correu bem.

― Esse lugar é maravilhoso. Nunca cansarei de falar ― parou ao lado do balcão da recepção, apoiando o cotovelo.

― Se divertiu então. O Cirilo te tratou bem? ― debrucei-me ao seu lado, cansada.

― Ele é muito bom. Mas senti sua falta ― seu olhar encontrou o meu e a intensidade daquele gesto fez com que perdesse o ar e o rumo da conversa.

― É... ― gaguejei. ― Fiquei muito enrolada.

― Espero que amanhã esteja mais tranquila.

― Vou estar ― sorrimos.

― Estou indo, então. Preciso de um banho antes do jantar ― espreguiçou e pude babar por aquele corpo todo trabalhado na perfeição.

― Ok! Estarei por aqui. Quem sabe não jantamos juntos ― pisquei.

― Será um prazer ― Diogo sorriu, caminhando para seu quarto e eu fiquei ali, paralisada.

― Terra chamando! ― Cirilo se aproximou, fazendo graça. ― Vai ter que disfarçar mais, patroa. Está dando na cara.

― Me respeite, garoto! Quando eu te dei essa intimidade? ― joguei uma caneta nele. ― Ele conseguiu relaxar? ― mudei de assunto.

― Com certeza! O seu Diogo é muito legal. Levei-o para as praias do norte, ele se encantou com tudo.

― Que bom. Faz um favor para mim. Fique aqui até o Paulo chegar. Estou arrebentada, o dia foi cheio ― fiz um coque no meu cabelo.

― Claro! Vai lá, dona Angel. A recepção ficará em ótimas mãos.

Balancei a cabeça, gargalhando da sua autoestima elevada.

― Sei disso. Só avise a ele que as entradas e saídas já estão cadastradas.

― Pode deixar. Vai descansar, patroa.

― Eu vou. E obrigado. Depois que o Paulo chegar vai para casa também ― ordenei.

― Sim, senhora!

Despedi-me de Cirilo e também de alguns hóspedes que estavam na sala de estar, ao lado da recepção e fui para meu quarto. É claro que antes parei em frente ao quarto de Diogo, mas a janela estava fechada, por isso o que me restou foi um banho e também um cochilo antes de comer.

Porém mais uma vez não tive a sorte de vê-lo durante o jantar. Fiquei preocupada e depois de desejar boa noite à tia Lourdes passei no seu quarto e bati, não obtendo resposta. Deduzi que poderia estar dormindo, já que ninguém tinha o visto depois da volta do passeio.

O que me restou foi me preparar para dormir. Só que enquanto me atualizava das novidades no celular, escutei gritos vindo do seu quarto.

Sem pensar duas vezes corri até lá, abrindo a janela com tudo.

Os Segredos De Diogo Maldonado DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora