Capítulo 4

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Angel

Andei quase saltitando até a recepção depois de me despedir de Diogo.

Ele lembrava da nossa noite. Era comigo que estava seus pensamentos e desejos. Não foi um sonho e aquilo não poderia ter me deixado mais feliz, principalmente por ele querer conversar, estar comigo novamente.

― Bom dia, filha! Já de pé?

Tia Lourdes me cumprimentou, tirando-me dos meus pensamentos e fiquei na dúvida se contava ou não sobre nossa noite, mas devido as circunstâncias e a temperatura que subiu demais, achei melhor não.

Julguem-me! Vocês contariam?

― Sim. Preciso adiantar algumas coisas. A tarde vou fazer um passeio com o Diogo.

― Você falou com ele?

― Falei, ontem antes de dormir ― não era totalmente uma mentira. Se bem que falar, falar, foi o que menos fizemos.

― Que bom. Estava tão preocupada com ele.

― Ele está bem ― dei a volta no balcão, beijando seu rosto.

― Ótimo! Vou aproveitar que chegou mais cedo para ajudar a Soledade na cozinha. Trago alguma coisa pra você?

― Por favor, tia. Estou morrendo de fome.

― Vou caprichar então. Até já, querida.

― Até ― suspirei, já pegando no batente.

Adiantei todas as saídas de hóspedes daquele dia, pedidos para fornecedores e assinaturas, além de deixar Cirilo avisado do passeio, pedindo que desse uma mão para tia Lourdes na minha ausência. E por falar nele, perto das dez o vi conversando com Diogo no balcão enquanto eu voltava da parte externa da pousada.

― Eu não posso fazer o que o senhor está me pedindo...

― O que está acontecendo aqui? ― dei a volta no balcão, sorrindo de uma possível discussão entre Cirilo e Diogo.

― O seu Diogo quer passar o cartão, mas eu estava explicando que a patroa proibiu que cobrássemos dele.

Maldonado me encarou, estreitando os olhos.

― Não tenho medo de cara feia, viu! E o Cirilo está certo. Você está no quarto de hóspedes especiais. Nem cadastro ele tem no sistema.

― Posso mudar de suíte então.

― Pode, mas não vai ficar ao lado da minha ― dei de ombros, empurrando Cirilo dali.

― Você é danada, Angelique. ― balançou a cabeça, sorrindo.

― Nunca disse que não era. Assunto resolvido? Preciso terminar as coisas para sairmos.

― Eu não vou esquecer esse assunto.

― Discutiremos mais tarde. Agora vá se arrumar ― tirei seu braço tatuado de cima do balcão.

― Você demora?

― Não! Cerca de meia hora. Já pedi para reservarem tudo. Se quiser já pode ir organizando o jipe com o Cirilo. Deixo você dirigir. Sou uma ótima copiloto também ― pisquei travessa.

― Tenho que concordar. A cada dia que te conheço percebo o quão é perfeita em tudo que faz.

Aquelas palavras me deixaram de pernas bambas, principalmente por conta do seu olhar quente que subia e descia pelo meu corpo.

Ele saiu sorrindo da recepção e em meia hora estava pronta o esperando ao lado do jipe.

― Pronto? ― perguntei assim que se aproximou, não deixando de babar no seu peitoral definido coberto por uma camiseta branca, acompanhando uma bermuda de malha fina, agarrada em suas coxas. Aquele homem era a própria personificação do pecado.

Os Segredos De Diogo Maldonado DEGUSTAÇÃO Onde histórias criam vida. Descubra agora