Capítulo 11

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"Por vezes, o que precisamos é de alguém que nos pegue na mão e nos diga baixinho que vai ficar tudo bem. Nunca será o suficiente, nem nunca será uma garantia, mas dá-nos a tranquilidade e a confiança necessaria para que, pelo menos, estejamos mais perto de o conseguir"

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Anaya Kamil

Anaya Kamil

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Eram 6h da manhã quando levantei-me

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Eram 6h da manhã quando levantei-me. Praticamente arrastava o meu corpo, fui andando até a cozinha e coloquei a chaleira a aquecer.

Independentemente da estação do ano ou da temperatura, eu só conseguia beber chá quente. Também gostava de café com leite, achava tão intrigante àquela mistura do doce com o amargo que chegava a ser sublime. Mas o hábito do chá já trago comigo desde que me conheço por gente.

Quando a chaleira apitou, coloquei na chávena e preparei duas torradas, fiquei encostada na bancada da cozinha a olhar para a chávena nas minhas mãos.

Não gostava de como me sentia, não gostava de criar laços afectivos exatamente por isso, estar sem saber como está alguém que amamos deixa-nos impotente. Mas como o irmão dela já havia dito que ela estava com alguém amigo da família, deixou-me um pouco mais tranquila.

Terminei o meu café da manhã, fui para o quarto pentear o cabelo, queria fazer um totiço perfeito na nuca deixando alguns fios soltos mas estava com o cabelo horrível, então tinha de os lavar. Fui pro banho derrotada pelo meu cabelo.

Não era propriamente o exemplo de mulher vaidosa, quero dizer, nunca tive problemas com a minha auto estima.

Sabia que era bonita, admirava os meus traços, a minha aparência, já tive até alguns convites para tornar-me modelo na época da faculdade (ainda tinha um peso considerado "padrão ou ideal"), gostava de estar bem vestida, já que tinha outros factores que constituiam uma barreira para algumas pessoas, como o facto de ser negra e refugiada.

ANAYAOnde histórias criam vida. Descubra agora