Capítulo 53 (Parte 2)

336 65 58
                                    

"Sustentar nossa história e amar a nós mesmos através desse processo é a coisa mais corajosa que faremos."





Capítulo não revisado. Pode conter erros.



CONTINUAÇÃO....


Você quer lutar? — fala demasiado próximo a minha cara. — Então vamos lutar preta imunda! — rosna. Já não conseguia prestar atenção nas suas feições, pois meu filho se remexer na minha barriga, me sinto assoberbada, apavorada... não era hora, ele não podia nascer, não agora quando estou prestes a morrer.

— Por favor... Manin... você... não... precisa fazer isso! — suplico entre gemidos.

— Não! Você quer lutar, me de uma boa luta , e eu vejo se deixo essa coisa aqui... — fala entre pausas, apontando com a faca na minha barriga. — Viver... — Me sinto tão ridícula por não conseguir me defender agora, e percebo que estou chorando. — Shiiiiii, não precisa chorar querida Anaya... — fala com voz doce próximo ao meu ouvido, minha ânsia sobe fazendo eu apertar os olhos com força, sinto ele recolher minhas lágrimas com a lâmina da faca, abro os olhos mais assustada com o que vejo... ele leva a faca até a boca, entro em pânico e tomo consciência de que Alexandre dessa vez, podia não chegar a tempo de me salvar.

Acredito que caso eu controle os meus pulmões num total de dez a quinze segundos consiga acalmar o meu sistema nervoso, e assim possa pensar numa forma de me defender desse monstro, é o que faço de seguida, o meu coração bate descontroladamente mas acerto um chute nas virilhas dele o fazendo se contorcer de dor e levantar.

Aproveitando a sua distração, subo o restante dos degraus, as minhas pernas continuavam a se negar em obedecer-me, mas a essa altura eu me arrastaria se fosse necessário. Consigo alcançar a porta do meu quarto, meu desgosto foi tal quando ao tentar trancar, ele derruba a porta aplicando a força do próprio corpo, me fazendo ofegar com a segunda queda, bato forte com a nuca no chão. Deus! Me ajude Senhor... volto a suplicar.

Manin me agarra pelo cabelo, me arrasta até ao tapete do meu quarto, ignorando os meus gritos e o rasto de sangue que saía da minha cabeça.

— O que você quer... — antes que eu concluísse a minha pergunta, vejo ele tirar o cinto e abrir as calças, se deita em cima de mim.

— NÃO. — grito tão alto, mais alto que os meus pulmões permitem ao perceber o que ele ia fazer.

— Calada! — range, num movimento ágil arranca o avental do meu corpo e abre o meu vestido fazendo os botões saltarem todos. A minha mente em negação, conduz os meus olhos a se fixarem em cada botão saltando ao bater no chão. Quando saí daquele torpor, ele estava apertando com força um de meus seios. Ele era maior e mais forte que eu, sempre estaria em vantagem, fecho os olhos percebendo que era o fim, as minhas costas pareciam estar presas ao chão, tinha chegado a um ponto de que a dor que sentia já não me incomodava e sim o facto de imaginar que poderia morrer sem ver meu filho nascer, vou com mão na nuca, sinto molhar com sangue...

Devia lutar...

Queria lutar...

Era o meu fim. Nesse instante ele era o monstro dos meus piores pesadelos. Volto a soltar um grito sufocado por sua mão ao sentir arrancar o meu sutiã enquanto a outra aperta forte no interior das minhas coxas, mordo a sua mão com força. — Eu ia morrer, mas não ia facilitar a sua demanda. — Manin dá um soco no meu rosto e eu fico momentaneamente desacordada, quando volto em mim, ele está a posicionar-se para consumar o estupro.

    — NÃAAAAOOO!! — Grito, e tusso um pouco de sangue no tapete. Ele desce a mão até quase o centro da minha intimidade, balanço o meu corpo fugindo aquele toque que pareciam lâminas a me estraçalhar, volto a gritar alto até não mais ouvir minha voz... ele passa a língua pelos lábios, prende os meus dois braços.

ANAYAOnde histórias criam vida. Descubra agora