ANNA-BETH FORBES.

°•Twenty-nine•°

(PODEM

SOLTAR

!!!!!!!!!!)

     Depois de apresentar minha matéria completa sobre a sociedade anônima da universidade, Joe ficou incrivelmente animado. E como prometido, eu teria uma vaga garantida no próximo semestre para um "estágio" em uma das melhores empresas jornalísticas do país. 

- Foi incrível, as pessoas foram incríveis, foi...- Sorrio.- como se eu fosse uma adolescente normal de novo.

      Elijah me encara com um sorriso fraco no rosto enquanto me observava comer. Ele tinha me chamado para tomarmos café da manhã juntos e depois conversarmos sobre algo que ele disse ser de extrema importância.

- Eu estou falando demais, não é? Perdão, vou me controlar.

- Gosto que me conte sobre o que lhe deixa feliz, se quiser dividir comigo, fale. Gosto da sua voz também, ela é doce e ácida, mas meiga.- Responde e eu sorrio.

- Se não lhe conhecesse, diria que está com segundas intenções para cima de mim Sr. Mikaelson. 

     Elijah sorri e segura minha mão docemente. Um clarão passa por minha visão e eu solto sua mão rapidamente. Irritada, eu levanto e saio do café.

- Droga.- O ouço murmurar.

     Apesar de assustada por ouvir Elijah praguejar. A irritação falou mais alto.

- Anna-Beth!- Me chama mas não dou ouvido e continuo andando.- Espere.

- Me deixa Elijah!- Digo sem olhar para trás e continuo andando.

- Me escute.- Pede segurando meu braço e deixando nossos rostos próximos.

- Ouvir o que? Foi por isso que queria me ver? Pra dizer que iria embora?!- Cuspo as palavras em seu rosto irritada.- Dizer que tudo o que eu falei, tudo o que eu senti, você iria jogar fora como se fosse um nada?

- Não era para conversarmos aqui, não devia descobrir assim.

- Você não entende? Seja lá qual fosse a forma, eu reagiria do mesmo jeito, seu idiota!

- Você se ouviu lá dentro?- Pergunta acariciando meu rosto. Elijah sorri fraco e continua.- Você pode ter uma vida normal agora. Consegue controlar as visões, não tem mais bruxas atrás de você. Você falou com tanta animação, a alegria de ter ido para aquele lugar com seus amigos... você quer isso, sempre quis.- Tiro sua mão de meu rosto.

- Você não é ninguém pra saber o que eu quero. Qual o problema de eu sair com amigos? Isso significa que eu não posso ficar com você?! Qual o seu problema?!

- O meu problema, é justamente que você não terá essa, ou qualquer outra vida se continuar comigo! Estou vivo a um milênio, e em todo esse tempo, encontrei o amor apenas quatro vezes, e em todas as três passadas, elas morreram.- A vontade de chorar me preenchia. Aquilo era cruel e doía.- Não vou deixar que aconteça o mesmo com a quarta.- Elijah tira um envelope de dentro do bolso e põe em minha mão.- Abra quando chegar no dormitório.- Aponta para o envelope. Elijah beija minha testa e se afasta saindo.

     Respiro fundo e vou direto para o dormitório. Onde engulo o choro, mas deito no colo de Miranda.

...

Querida Anna-Beth

     Sei que está com raiva, irritada e provavelmente não gostaria de olhar pra mim durante algumas décadas. Lhe peço perdão por isso. Mas infelizmente não posso dizer que me arrependo, estando longe você viverá então estou mais tranquilo.

     Se eu falasse sobre o que vou, agora em sua frente, você provavelmente me mandaria para lugares nenhum pouco elegantes, ou apenas me daria uma surra.

     Quando te conheci, sua vida de era rodeada de amigos, você tinha um relacionamento ótimo com seus pais e ainda tem, mas não havia tantos perigos como agora. Minha aproximação com você, acionou sua vidência, seu poder puro, podia ser sentido por todas as bruxas que estivessem em uma raio de 80.000 Km, mas felizmente Niklaus e eu conseguimos afasta-las.

     Apesar de ama-la, e você não sabe o quanto eu amo. Eu sei que desde que aparecei em sua vida, ela desandou. Você pensou estar com demência, descobriu ser vidente, foi sequestrada e quase morta por Niklaus, perseguida por bruxas, teve sua mãe quase morta, sua irmã sequestrada e quase morta por meu pai, e você própria foi quase morta.

     Sei que disse que estava segura, mas a realidade é que minha família e eu temos muitos inimigos. Você nunca estará segura perto de mim. Então é por ama-la tanto, que eu me afastarei. 

Com amor...

Elijah M.

     Enquanto lia a carta, as teimosas lágrimas escorriam por meu rosto. Apesar da raiva, eu entendia que era pra me proteger, mas eu não me importava. Peguei o celular e liguei pra única pessoa que saberia me dizer onde ele estaria.

- Klaus?...

...

     Elijah ainda não havia saído de New Haven, ele estava em seu apartamento, e foi pra lá que eu fui.

     Chegando no prédio, subi passando pela recepção e sorrindo para o porteiro que já me conhecia.

     Bati em sua porta e assim que Elijah atendeu, entrei no apartamento sem me importar se ele me convidaria. Ao notar a mala em cima de sua cama me virei pra ele.

- Já está indo embora?- Pergunto apertando a alça da bolsa, eu estava nervosa.

- Não pensei que fosse querer me ver.

- Eu não queria.- Digo e solto a bolsa no sofá.- Meu semestre acabou, e... eu estava planejando viajar.- Elijah franze o cenho e me olha esperando eu terminar.- Quero que vá comigo. Se vamos acabar com isso, então merece um final correto, certo?

     Elijah fica calado apenas me encarando, enquanto eu tiro a conclusão de que eu sou uma idiota. Só faltava eu pedir pra ele não ir, e me ajoelhar pedindo pra ficar - o que não ia acontecer nem mesmo com o milênio de idade dele eu ia me prestar a isso.

- É... olha...

- E quando vamos?

- O que?

- Você me convidou certo?- Pergunta se aproximando.- Quando vamos?- Acaricia meu rosto.- Ou já se arrependeu e me quer bem longe?- Nego com a cabeça e sorrio fraco.- Quando você quer ir?

- Logo.- Murmuro quando ele cola nossas testas.

- Então iremos o mais breve possível.- Responde e eu sorrio fraco assentindo.