Rosa Diaz - Brooklyn 99

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Rosa arqueia uma sobrancelha assim que ouve um suspiro de frustração sair de sua garganta, seus olhos olhando através de sua mesa para ver o que deixou você com tanta raiva.

Ela imediatamente percebe como seus olhos agora são arrastados para a tela do seu telefone, em vez da papelada em que você trabalhou a manhã toda, sua confusão só aumentando a cada segundo.

— E aí?

Você quase pula quando ela fala, levantando os olhos do seu telefone para enviar-lhe um olhar rápido antes de voltar a digitar algo. — Nada. Apenas um cara que está agindo como um idiota.

Ela abaixa a caneta, cruzando os braços sobre a mesa para olhar para você com mais atenção. — E por que você está falando com esse idiota?

Você pode ouvir a voz dela ficar mais irritada, seus lábios dando um sorriso tímido enquanto você olha para ela. — Eu.. ok, não ria, mas.. eu fiquei meio desesperada e.. bem, eu entrei em um aplicativo de namoro.

— Você está certa. Você está desesperada.— Você sente suas bochechas corarem de puro constrangimento, mal percebendo os olhos dela piscando em direção ao seu telefone. — Me dê isso.

— O que? — Você sente o aperto no telefone apertando quando ela o alcança, um sino tocando dentro de sua cabeça. — Não! Por que?

— Porque se você está desesperada o suficiente para entrar em um aplicativo de namoro, não é inteligente o suficiente para ver quem é idiota ou não. — Ela lhe dá um longo olhar, ainda esperando que você dê seu telefone. — Agora dê.

Você olha entre ela e seu telefone algumas vezes, a hesitação se instalando em sua cabeça. Não demora muito para você soltar um suspiro, ligando seu aplicativo de namoro logo antes de entregar seu telefone para Rosa. Ela não deixa escapar nem um único indício de expressão quando o pega, já movendo os dedos na tela.

— Não. Baixo demais. Muito alto. —  Ela solta palavras enquanto continua deslizando para a esquerda repetidamente, seu rosto esquentando ainda mais agora. — Muito inteligente. Muito estúpido. Muito gato.

— Muito gato? — Você arqueia uma sobrancelha, interrompendo-a no meio de sua sessão de "deslizar para a esquerda". — Vamos lá, não há nada como "muito gato".

— Sim, há. Confie em mim, eles são todos idiotas. — Ela desliga seu telefone e o devolve para você, seus olhos olhando nos seus com o olhar mais sério que você já viu. — Por que você está tão disposta a sair com caras e garotas assim quando você poderia sair comigo?

Sua respiração de repente fica presa em sua garganta, a sensação das pontas dos dedos dela tocando sua palma por um segundo fazendo a sua formigar. — Eu... hum... o quê?

— Você me ouviu.

— Você... quer ir a um encontro? — Você tem dificuldades para falar corretamente, suas palavras saem repetidamente como se você acabasse de gaguejar; um simples limpar sua garganta consegue lhe dar algum controle de volta por um tempo. —... Comigo?

— Esqueça. — Ela pega a caneta e olha para o papel, seu cabelo preto escondendo um pouco o olhar de vergonha em seus olhos, mas você percebe. — Foi estúpido perguntar-

— Eu adoraria. — Ela pisca algumas vezes ao ouvir sua resposta, olhando para você para ver você sorrindo descontroladamente. — O que você tem em mente? — Seus lábios se estendem em um largo sorriso.

— Algo que eu aposto que nós duas vamos amar.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora