Sandy

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S/N.

Eu odeio ser adolescente, tudo de ruim acontece quando se é adolescente. Você se apaixona pela pessoa errada, e quando você percebe, ela está namorando um cara totalmente sem graça só para continuar com uma imagem que ela criou dela mesma de "garota perfeita". O quê é um saco, já que você vai ter que fingir que não sente nada por ela mesmo que cada vez que você a vê, sente vontade de a beijar.

Por isso eu odeio ser adolescente, isso e muito mais, claro.

— Hey, S/n! – Sandy está vindo em minha direção, Júnior está com ela. Porra, por que eu continuo querendo a beijar? É uma sensação um pouco desconfortável Sandy estar na minha frente e eu não poder beija-la.

— Oi, Sandy. – Júnior olha para mim parecendo confuso.

— Acordou cedo demais hoje, é? Você está com uma cara... – Ele diz, então tento sorrir, o que não dá muito certo, então simplesmente paro de tentar.

— Tá tudo bem, eu só.. não estou no clima pra nada hoje. – Um sorriso se abre no rosto dela.

— Nem pra ir lá em casa? Eu quero conversar com você a um tempo. – Espera, o quê?

— Sobre? – Pergunto confusa, o que faz Júnior rir.

— Por isso mesmo que você vai ir, não é? – Júnior fala, me fazendo dar um tapa em seu braço. – Ai S/n! Sua mão é pequena mas seu tapa dói, porra.

— Vocês dois parecem duas crianças. – Sandy diz num tom divertido.

— Mas foi ela que começou. – Júnior fala apontando para mim, Sandy se aproxima e deixa um beijo em meu rosto. E eu me esforço o máximo pra não corar, seria a minha morte.

— Até mais tarde, S/a. – Sandy pisca para mim e se afasta com Júnior.

— Puta que pariu, é hoje que eu vou morrer. – Sussurro com a mão no local onde seus lábios estavam a pouco tempo.

quebra de tempo

Toco a campainha, e Sandy não demora para aparecer. Ela me puxa para dentro de sua casa e me leva até seu quarto, por que ela trancou a porta?

— Pra ninguém nos atrapalhar. – Ela se senta em minha frente, e me encara fixamente com aqueles olhos castanhos brilhantes. Sua mão sobe até encontrar meu rosto, ela tira alguns fios de cabelo que estavam atrapalhando minha visão.

— Eu estou começando a achar que não vamos conversar. – Falo com a voz rouca, eu acho que estou suando. E se ela percebeu meu nervosismo?

Sua mão para em meu pescoço, com seu polegar se movendo sobre minha pele, Sandy ainda me olhava, mas dessa vez seu olhar estava focado em meus lábios.

— S/n, você.. me beijaria? – Que porra de pergunta é essa? Claro que eu beijaria.

— Claro. – Porra! Acho que soei desesperada demais.

— Quero que faça uma coisa, okay? – Aceno com a cabeça, concordando. – Quero que você feche seus olhos.

Faço o que ela me pediu, e logo a única coisa que vejo é a escuridão.

Sinto seu polegar pressionar de leve meu pescoço, o que faz minha respiração pesar.

Sinto ela se aproximar, e seu hálito entrar em contato com meu rosto. Logo lábios macios estão em contato com os meus, mesmo sendo só um selinho já é o suficiente para mim suspirar.

Sandy se distancia de mim novamente, e eu abro meus olhos. Sua bochecha estava corada, e ela respirava pesadamente.

— Okay, não precisa ficar assim. Isso foi.. interessante. – Ela sorri e me abraça. – Mas, e o seu namorado?

— Foda-se ele. – Ela diz enquanto seu rosto está em meu pescoço, me causando uma sensação estranha, mas boa.

— É, foda-se ele.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora