Reconciliação

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Mais uma manhã começava na casa dos Rojas, desta vez, o clima dentro de casa era de apreensão, o motivo? o desaparecimento da melhor amiga da primogênita dos Rojas e prima de seu namorado, Camilo Madrigal, Mirabel Madrigal, juntamente a sua avó, Alma Madrigal.

P.O.V. S/n

Todos já haviam acordado, eram por volta de 07:20 da manhã, embora fosse cedo e todos estivessem ao redor da mesa, ninguém conseguia comer direito, apenas olhavam para o café com uma expressão estranha no rosto, não era pela aparência da comida, parecia deliciosa, mas a preocupação que estavam sentindo os impedia de ter fome, mas ao mesmo tempo, não queriam "fazer desfeita" para minha mãe.

Todos já haviam acordado, eram por volta de 07:20 da manhã, embora fosse cedo e todos estivessem ao redor da mesa, ninguém conseguia comer direito, apenas olhavam para o café com uma expressão estranha no rosto, não era pela aparência da comida, p...

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 Entendendo a situação em que se encontravam os Madrigal, minha mamá gentilmente falou:

-Por favor, não se sintam obrigados a comer, apenas coloquem um pedaço de pão ou bebam 1 único gole de café, não quero que fiquem mal... - Os olhava de maneira compreensiva.

Pepa suspira e olha para seus filhos e marido, logo voltando o seu olhar para a sogra do Camilo.

-Realmente sinto muito, mas precisamos ir procurar minha mamá e a Mirabel, talvez possamos tomar café uma outra hora? - Fala se levantando, sendo acompanhada por todos presentes.

-Claro minha querida - Fala minha abuela, colocando sua mãe no braço da minha sogra- temos assuntos mais importantes para resolver do que um café da manhã juntos.

Pepa sorri, e juntos, fomos para as ruínas da casita. No caminho, fui de mãos dadas com Camilo, que ainda estava meio deprimido, mas parece fazendo um pequeno carinho no seu rosto, sua expressão havia mudado para melhor.

-Não se preocupa mi amor, vai ficar tudo bem- beijo sua bochecha.

-Obrigado- Falou baixinho, os suficiente para apenas eu escutar.

P.O.V. Mirabel

Não sei o que deu em mim, eu apenas corri para longe da casita, da minha família... da minha abuela. E aqui estou eu, fora de Encanto, me lamentando  e chorando à beira de um rio, onde eu errei com a minha família?. Escuto passos atrás de mim, mas não movo um músculo.

-Mirabel...?

Eu reconheço essa voz... é da minha abuela. 

-Eu nunca quis nos machucar... - Fungo - ...eu só queria ser alguém diferente... melhor..

Continuo na mesma posição, abraçando meus joelhos. Ela senta ao meu lado.

-Sabe... eu nunca fui capaz de voltar aqui... - Abuela dá um longo suspiro -.. foi neste rio, que foi nos dado o milagre...- Levanto a cabeça e a encaro. Ela continua.

-Eu achei que iriamos ter uma vida diferente, e pensei que eu iria ser uma mulher diferente... - Abuela olhava para o rio de maneira triste.

-Como assim?...

-Eu e seu abuelo nos conhecemos em um festival. já como tinha muitas pessoas ao redor, eu subi em um poste para ver melhor, e aparentemente, Pedro teve a mesma ideia. No momento que nossos olhares se encontraram foi tão... mágico - Sorri enquanto lembrava dos momentos.

-Passamos o festival inteiro conversando e nos conhecendo melhor, e poucos meses depois, nos casamos, foi tudo maravilhoso e quando soube que eu estava grávida, foi o momento mais feliz das nossas vidas... - O sorriso da abuela desapareceu de repente. - Mas na noite em que os meus filhos nasceram, o vilarejo onde Pedro e eu morávamos, foi atacada e queimada, os poucos que restaram fugiram junto comigo e com seu abuelo, com a esperança de encontrar um lugar melhor... e... - Parecia ter dificuldade de mencionar o que aconteceu. Enxugo e limpo o meu rosto com as mãos e pergunto receosa:

-O que aconteceu na noite em que fugiram?...- Abuela limpa uma única lágrima que escorreu de seus olhos e com a voz falha continuou.

-Fomos seguidos pelos homens que haviam destruído nosso vilarejo e neste mesmo rio, durante uma confusão de pessoas correndo desesperadas, Pedro beijou eu e nossos filhos pela última vez, se despedindo.... - Abuela já estava chorando, coloco minha mão no seu ombro.

-Não precisa contin- Ela me interrompe.

-Não, você precisa saber como ganhamos o nosso milagre, Mirabel... - Mesmo relutante e com dificuldade de falar por causa do choro, abuela limpa seu rosto e continua - ...e exatamente no meio do rio, Pedro me deu às costas e seguiu na direção daqueles homens para nos proteger, e sem piedade e hesitação, assassinaram meu marido diante dos meus olhos...

- E naquele momento, a vela que eu segurava para iluminar o caminho, se tornou mágica, e com essa mesma magia, levantou montanhas e um lugar seguro, nos separando para sempre de qualquer mal que venha de fora...

-E no momento que coloquei a vela no chão, a casita se formou, nos dando um lugar para morar... - Abuela apenas olhava para o chão, triste. Me levanto e fico de frente para ela.

-Abuela... eu finalmente entendi... - Estendo a mão para ela e a ajudo a levantar. Caminhamos até o meio do rio- Você perdeu sua casa...perdeu tudo, você sofreu tanto sozinha durante todos esses anos, para que isso não voltasse a acontecer...-Nesse ponto, nós duas estávamos com os olhos marejados- Nós fomos salvos, por causa de você, nós recebemos um milagre, por causa de você, nós somos uma família por causa de você, e nada que se quebrar será impossível para nos consertarmos juntas - Sorrio olhando para minha abuela.

-Eu pedi ajuda para o meu Pedro... - Ela coloca as mãos no meu rosto- Mirabel... ele me mandou você.

Nos abraçamos, e naquele momento, várias borboletas amarelas voaram ao nosso redor e logo depois, foram na mesma direção em que o sol estava nascendo, foi uma visão extremamente bonita. Ainda agarradas uma na outra pelos braços, saímos do rio. Abuela segura minhas mãos.

-Mirabel, e-eu... eu sinto muito pelo o que eu disse... eu lhe devo muito mais do que apenas um pedido de desculpas - A olho com carinho.

-Sim, mas você vai se redimir se ajudar a nossa família a se reerguer e ser menos rígidas com a gente- Falo sorrindo juntamente com minha abuela. Escutamos alguém gritando no meio da mata, juntamente com o som de um trote de cavalo.

- ELA NÂO FEZ NADA! - Bruno aparece montado em um cavalo, que parecia não querer obedece-lo- EU DEI À ELA UMA VISÃO - Bruno caí no chão ao tentar soltar o pé da rédea do cavalo- FUI EU, EU FALEI "VAI" E ELA "PFFFT" - Faz um efeito sonoro com a boca, e se aproxima de nós- ELA SO QUERIA AJUDAR. Eu não me importo com o que pensam de mim, mas se vocês são teimosos ao pont- Abuela corre e abraça seu filho.

-Brunito...- Abuela fala, enquanto abraça forte meu tio.

-Eu acho que eu perdi algo importante... 

-venham - Abuela beija a bochecha do Bruno, pega ele pela mão e todos subimos no cavalo do tio Bruno. Só Deus sabe como e onde ele arranjou esse cavalo.

-Para onde vamos? - Tio Bruno pergunta.

-Casa, vamos para casa tio Bruno.

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Olha quem resolveu aparecer ne?KKKKK. Bom, este capítulo foi bem longo e não focou na relação do Camilo com a S/n (pretendo trocar o S/n por apenas ____, talvez fique melhor e mais "atualizado"), mas o próximo capítulo será, possivelmente será bem mais curte que esse, mas espero que não tenha problema.

|Não revisado|

Espero que tenham gostado do capítulo "Reconciliação".

Obrigada por lerem "Família Madrigal |Camilo x Leitora|".

Contagem de palavras:1217.



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⏰ Última atualização: Mar 06, 2022 ⏰

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