Capítulo 5

705 68 10
                                    

Rafaella

Enfim cheguei, duas horas depois que o previsto.
Isso porque minha mãe nunca me ouve, eu sempre
leio os jornais e sei exatamente o horário que o
trânsito está infernal. Mas pra eles não é uma
opção considerar o trabalho árduo dos
jornalistas, é mais fácil acreditar na própria
capacidade de conseguir algo, mesmo tudo ao
redor indicando que não vai dá certo.

Nossa, o que será que essa garota está fazendo no
banheiro, será que comeu alguma coisa
estragada? Por céus! que demora, passei 4 horas
dentro de um carro, quando na verdade deveria
ter passado somente 2, bebi água demais pra ficar
esse tempo todo sem ir ao banheiro.

- Olá, tudo bem?

- Oi, estou bem, e espero que você também esteja.

- Quê?

- Seu intestino está regular?

- Não consigo te entender, princesa.

- Eu não sou princesa, e não falei nada que a sua
mente sem muitos atributos não consiga
compreender.

- Nossa, ta bravinha ein. O que foi, a foda não foi
boa?

- Foda? O que é isso? É alguma gíria de pessoas
com O.I baixo?

- Olha princesa, se a sua intenção é me tirar do
sério, não vai conseguir, porque diferente de você
eu tive uma boa foda hoje, então, seja bem vinda,
sua cama é aquela ali.

- Não sei do que você está falando, mas, a que
horas o diretor passou aqui e definiu os lugares de
ambas?

- Como assim?

- Você é de outro país? Porque não é possível não
compreender uma palavra do que digo.

- Olha aqui garota, é melhor falar direito comigo,
seus pais não te deram educação?

Ela falou encurtando a distância entre nós,
consegui sentir sua respiração de tão próximo que
ficamos, e pude constatar que ela estava irritada,
mas não compreendo o motivo.

- Você está invadindo o meu espaço pessoal,
poderia ficar a um metro de distância? É o
suficiente para manter-mos uma conversação.

- Tem sorte de ser tão bonita, aliás, uma delícia por
sinal. Tem namorado?

- Eu não namoro, eu vim estudar e somente isso.

-Ótimo, adoro uma foda casual.

- Como é o seu nome mesmo?

- Ah, me desculpe. Sou Gizelly.
- Eu sou Rafaella kalimann, mas qual seu
sobrenome?

- Bom, eu não tenho. Pode me chamar de Gi se
quiser. Vou deixar você se acomodar melhor, vou
dá uma volta no campus, nos vemos a noite
princesa.

- Já falei que não sou princesa, você já sabe meu
nome.

- Tudo bem, Rafaella Kalimann. Até a noite!

Poderiam ao menos se esforçarem pra conseguir
uma colega de quarto com o intelecto parecido
com o meu, eu sei que é difícil encontrar pessoas
como eu, mas não deve ser impossível.

Mas eu questiono o diretor depois, vou esvaziar a
bexiga primeiro e depois pesquisar na internet o
que seria uma, foda casual, já que ela falou que
adorava.

As aulas se iniciam amanhà, então tenho tempo
para arrumar minhas coisas e para explicar a
minha colega de quarto os meus horários e fazê-la
organizar o lado dela também, que bagunça. Não
convivo em ambientes desorganizados e não vou
admitir isso. Não admito sujeira também, mesmo
que não seja de propósito, ela tem que tomar mais
cuidado com seus cremes, o vaso sanitário estava
cheio de algum tipo de creme branco, tinha um
pouco na parede a frente também, não consigo
compreender como alguém é tão desastrada.

A Colega de Quarto - G!P (ADAPTAÇÃO GIRAFA) Onde histórias criam vida. Descubra agora